Sustentabilidade na Saúde – preocupações, princípios e desafios

O que é o ODS 3 - ações práticas - sustentabilidade

O que significa Sustentabilidade na Saúde?

A Sustentabilidade na Saúde vai além da mera oferta de serviços médicos e hospitalares. Significa adotar uma visão holística e abrangente que considera os aspectos ambiental, social, econômico e ético para garantir a saúde e o bem-estar da população de forma justa, equitativa e duradoura.

Tipos de Sustentabilidade: Uma Visão Abrangente com 15 tipos

Em outras palavras, garantir o acesso universal à saúde de qualidade, promovendo a prevenção de doenças e o bem-estar da população. Principalmente, o desenvolvimento de tecnologias para a saúde mais eficientes e sustentáveis.

A pandemia destacou a complexa relação entre saúde e economia, bem como a vulnerabilidade dos sistemas de saúde. Com o mundo se recuperando da pandemia de COVID-19, os países enfrentam desafios significativos e lacunas no fornecimento de acesso a serviços de saúde essenciais. Em suma, estamos diante de crises em escalada, mudanças climáticas e reduções substanciais no financiamento. Assim, a Organização Mundial da Saúde, líderes globais e parceiros-chave, incluindo parlamentos, estão colaborando para fomentar uma visão inovadora que prioriza a sustentabilidade na saúde e o bem-estar das pessoas nas agendas nacionais e internacionais, em um contexto global cada vez mais instável.

ODS 3: Saúde e Bem-estar para todos até 2030 – meta possível?

ODS 3: Saúde e Bem-estar para todos até 2030 – meta possível? (abre em outra janela)

Cenário preocupante para a Sustentabilidade na Saúde

A saúde, direito fundamental do ser humano, enfrenta desafios em todo o mundo, com desigualdades persistentes no acesso a serviços de qualidade, no combate a doenças e na promoção do bem-estar individual, bem como coletivo. No Brasil, o cenário apresenta avanços e retrocessos, exigindo assim ações urgentes e permanentes para garantir a saúde para todos.

No BrasilCenário preocupante

Segundo o IBGE, em 2019, 57,7 milhões de pessoas (27,3% da população) não tinham plano de saúde, e apenas 17,3 milhões (8,3%) tinham plano privado.

Em 2023, o cenário da saúde suplementar no Brasil apresenta as seguintes estatísticas:

População sem plano de saúde: 62,3 milhões de pessoas, o que representa 29,2% da população brasileira. Comparação com 2019: Aumento de 4,6 milhões de pessoas sem plano de saúde em relação a 2019.

População com plano de saúde: 15,1 milhões de pessoas, o que representa 7,1% da população brasileira. Comparação com 2019: Redução de 2,2 milhões de pessoas com plano de saúde em relação a 2019.

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Desigualdades econômicas – ODS 10 – importância

ODS 10 – Redução das Desigualdades – O que é, metas e desafios (Abre numa nova aba do navegador)

Em 2020, as principais causas de morte no Brasil foram doenças do coração (26,6%), tumores (21,6%) e acidentes de trânsito (10,3%). Além disso, taxa de mortalidade precoce (entre 30 e 69 anos) é de 152,1 mortes por 100 mil habitantes, superior à média global (136,3 mortes por 100 mil habitantes).

Doenças crônicas como diabetes, hipertensão e doenças cardíacas são um grande problema de saúde pública no Brasil, respondendo por 72% das mortes no país.

Em 2020, 5,8 milhões de pessoas no Brasil viviam em situação de insegurança alimentar grave, ou seja, sem acesso regular e suficiente a alimentos.

Estima-se que 23 milhões de brasileiros sofreram de transtornos mentais em 2020, sendo a depressão o transtorno mais prevalente.

No Mundo – Cenário ainda preocupante, apesar dos esforços

Segundo a OMS, em 2019, 5 bilhões de pessoas no mundo não tinham acesso a serviços básicos de saúde, como consultas médicas, medicamentos e exames.

Em 2023, a situação global do acesso à saúde apresenta os seguintes números: Quantidade: 1,5 bilhão de pessoas, o que representa 19% da população mundial. Comparação com 2019: Redução de 3,5 bilhões de pessoas sem acesso à saúde em relação a 2019.

Doenças transmissíveis como HIV/AIDS, tuberculose e malária ainda representam um grande desafio para a saúde pública global, principalmente em países em desenvolvimento.

As doenças não transmissíveis (DNTs), como doenças cardíacas, AVC, diabetes e câncer, são a principal causa de morte no mundo, respondendo por 71% das mortes em 2020.

A resistência a antibióticos é um problema crescente que ameaça a saúde pública global, podendo levar a milhões de mortes nas próximas décadas.

As mudanças climáticas impactam a sustentabilidade na saúde pública e privada de diversas maneiras. Por exemplo: aumentando a incidência de doenças transmitidas por vetores, eventos climáticos extremos e outros problemas de saúde.

sustentabilidade ambiental (abre em outra janela)

Perspectivas positivas para a Sustentabilidade na Saúde

A medicina e a saúde pública têm se beneficiado de avanços tecnológicos e científicos que abrem novas possibilidades para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças.

A expectativa de vida vem aumentando gradativamente em todo o mundo, graças a diversos fatores como o acesso à saúde, a melhora das condições de vida, bem como os avanços na medicina.

A conscientização sobre a importância da saúde e a adoção de hábitos saudáveis têm crescido em todo o mundo, contribuindo para a prevenção de doenças e a promoção do bem-estar.

Governos e organizações internacionais estão investindo cada vez mais em saúde, buscando fortalecer os sistemas de saúde e garantir o acesso universal à saúde de qualidade.

Princípios da Sustentabilidade na Saúde

  • Promoção da Saúde: Prevenção de doenças e promoção de hábitos saudáveis através de ações educativas, políticas públicas e investimentos em infraestrutura social.
  • Proteção Ambiental: Minimização dos impactos negativos das atividades do setor da saúde no meio ambiente, com foco na gestão eficiente de resíduos, na utilização racional de recursos naturais e na adoção de práticas sustentáveis.
  • Eficiência: Uso racional dos recursos disponíveis, otimizando os processos de gestão, a alocação de recursos e a prestação de serviços de saúde.
  • Participação da Sociedade Civil: Envolvimento ativo da comunidade na definição de políticas públicas, na gestão dos serviços de saúde e na fiscalização da qualidade dos serviços prestados.
  • Governança Eficaz: Implementação de políticas públicas eficazes para a saúde, com foco na sustentabilidade, na transparência, na accountability e na participação social.

Para superar os desafios e construir um futuro mais saudável para todos

Precisamos continuar trabalhando para garantir o acesso universal à saúde de qualidade, independentemente de renda, classe social, raça, gênero, orientação sexual ou qualquer outro fator. Por isso é necessário promover a saúde e prevenir doenças através de ações de educação (com conscientização) em saúde, promoção de hábitos saudáveis e investimentos em infraestrutura social.

Sustentabilidade Social, o que é, importância e como promovê-la (Abre numa nova aba do navegador)

Além disso, podemos investir em infraestrutura, recursos humanos e novas tecnologias para garantir serviços de saúde de qualidade e eficientes. Também em pesquisa e desenvolvimento para buscar novas soluções para os problemas de saúde pública.

Principalmente, fortalecer a cooperação internacional para compartilhar conhecimentos, experiências e recursos na área da saúde.

Cidadão consciente
Cidadão consciente

Ideias Consistentes para a Sustentabilidade na Saúde

A sustentabilidade na saúde é um tema complexo que exige soluções abrangentes e inovadoras. Para alcançar esse objetivo, é fundamental implementar medidas que considerem os aspectos ambiental, social, econômico e ético do sistema de saúde.

1. Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças

  • Investir em ações de promoção da saúde: Educação em saúde, alimentação saudável, prática de atividade física, combate ao tabagismo e ao consumo excessivo de álcool, prevenção de doenças crônicas e campanhas de conscientização sobre temas de saúde pública.
  • Fortalecer a atenção primária à saúde: Ampliar a cobertura da atenção primária, investir na formação e qualificação dos profissionais de saúde, garantir o acesso a medicamentos e exames básicos e promover a integralidade do cuidado.

Incentivar a pesquisa e desenvolvimento em áreas como medicina preventiva e personalizada.

2. Eficiência na Gestão dos Recursos

Precisamos implementar sistemas de gestão eficientes e assim otimizar a gestão de recursos humanos, materiais, financeiros e tecnológicos para reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços de saúde.

Além disso, adotar tecnologias inovadoras. Por exemplo: a telemedicina, os prontuários eletrônicos, a inteligência artificial, bem como outras tecnologias podem otimizar processos, reduzir custos e melhorar a qualidade da assistência.

Principalmente, combater o desperdício de recursos. Por exemplo: reduzir o desperdício de medicamentos, de insumos médicos, de energia e de água, otimizando a utilização dos recursos disponíveis.

3. Acesso Universal à Saúde de Qualidade

  • Expandir a cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS): Garantir o acesso universal à saúde de qualidade, sem distinção de classe social, gênero, raça, etnia, orientação sexual, religião ou qualquer outro fator.
  • Investir na infraestrutura do SUS: Ampliar e modernizar a infraestrutura do SUS, incluindo hospitais, clínicas, unidades básicas de saúde e outros equipamentos de saúde.
  • Qualificar os profissionais de saúde: Investir na formação, especialização e atualização dos profissionais de saúde para garantir a qualidade da assistência.

4. Governança Eficaz e Transparência para a Sustentabilidade na Saúde

Precisamos desenvolver políticas públicas eficazes para promover a sustentabilidade na saúde, baseadas em evidências científicas e que considerem as necessidades da população, com foco na sustentabilidade do sistema de saúde.

Promover a transparência na gestão dos recursos públicos destinados à saúde, com mecanismos de controle social e combate à corrupção.

Principalmente, promover a participação da sociedade civil na definição de políticas públicas, na gestão dos serviços de saúde e na fiscalização da qualidade dos serviços prestados.

5. Sustentabilidade Ambiental para a Sustentabilidade na Saúde

Precisamos adotar práticas ecologicamente corretas e assim reduzir o impacto ambiental das atividades do setor da saúde através da gestão eficiente de resíduos, da utilização racional de recursos naturais e da adoção de tecnologias ambientalmente sustentáveis.

Promover a educação ambiental: Conscientizar os profissionais de saúde, pacientes e comunidade em geral sobre a importância da sustentabilidade ambiental para a sustentabilidade no setor da saúde.

Investir em pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras: Buscar soluções inovadoras para reduzir o impacto ambiental das atividades do setor da saúde, como o desenvolvimento de produtos biodegradáveis e a utilização de fontes de energia renováveis.

Para alcançar a sustentabilidade na saúde, é necessário um esforço conjunto de governos, profissionais de saúde, sociedade civil, empresas e indivíduos. Cada um tem um papel crucial a desempenhar na construção de um sistema de saúde mais sustentável, justo e equitativo para todos.

Lembre-se: A saúde é um direito fundamental do ser humano e a sustentabilidade do sistema de saúde é essencial para garantir o bem-estar individual e coletivo da população.

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