Quem é Txai Suruí?
Txai Suruí é uma jovem ativista indígena brasileira que vem ganhando destaque internacional na luta pela defesa da Amazônia, pelos direitos dos povos originários e pela justiça climática. Ela pertence ao povo Paiter Suruí, que vive no estado de Rondônia, na região Norte do Brasil.
Mais do que representar sua comunidade, Txai se tornou uma referência mundial quando o assunto é meio ambiente e protagonismo indígena. Neste artigo, vamos conhecer sua trajetória, entender os projetos que ela lidera, descobrir o que ela defende nos espaços globais e como sua visão inspira uma nova geração de jovens indígenas e não indígenas.
Prepare-se para descobrir como a voz de uma jovem da floresta se transformou em símbolo de resistência e proteção da natureza. Segundo dados do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), os territórios indígenas são as áreas mais preservadas da floresta, mesmo sob ameaça constante de exploração ilegal. Esse dado reforça a importância de ouvir lideranças como Txai Suruí.
Origem e formação de Txai: tradição e conhecimento caminhando lado a lado
Txai nasceu em 1997 no estado de Rondônia, na Terra Indígena Sete de Setembro. Desde pequena, aprendeu com sua família os valores, as histórias e os costumes de seu povo. Seu pai, o conhecido líder indígena Almir Suruí, também é ativista e atua na defesa da floresta há décadas. Ou seja, essa convivência influenciou muito a trajetória de Txai.
Mesmo com forte ligação com a cultura tradicional, ela também buscou formação acadêmica. Estudou Direito e passou a usar os conhecimentos legais como uma ferramenta para defender os direitos indígenas. Essa união entre saberes ancestrais e formação técnica transformou Txai em uma liderança respeitada tanto em espaços indígenas quanto em fóruns internacionais.
A jovem também começou a participar de eventos sobre meio ambiente ainda muito nova. Essa experiência fez com que sua voz ganhasse força e alcance global. Em pouco tempo, ela se tornou um dos principais nomes da juventude indígena no cenário climático internacional.
Você já parou para pensar como a juventude indígena pode transformar as discussões ambientais com uma visão única e ancestral?
O papel de Txai Suruí como ativista climática e porta-voz indígena
Txai acredita que defender a floresta é defender a vida. Para ela, os povos indígenas cuidam da natureza não por obrigação, mas porque essa relação é parte da identidade deles. Por isso, ela costuma dizer que os verdadeiros guardiões da Amazônia são os povos originários que vivem nela.
Em 2021, Txai participou da COP 26, a Conferência do Clima da ONU, realizada em Glasgow, na Escócia. Lá, Txai Suruí foi a única representante indígena brasileira a discursar na abertura oficial do evento. Sua fala chamou atenção do mundo inteiro. Ela destacou que a crise climática não é algo distante, mas uma realidade presente que já está matando pessoas e destruindo vidas nas florestas brasileiras.
Ela também alertou que os jovens precisam ser ouvidos, e não somente convidados para preencher espaços. Com coragem e firmeza, Txai defendeu que as soluções climáticas precisam considerar os saberes indígenas, a proteção dos territórios, bem como o fim da violência contra as comunidades tradicionais.
Você sabe quais projetos e organizações ela ajuda a liderar dentro e fora do Brasil?
Iniciativas e projetos liderados por Txai Suruí na proteção da Amazônia
Além de atuar como porta-voz do seu povo, Txai também trabalha em projetos concretos. Um dos principais é o Instituto Mapinguari, criado por ela para unir juventude indígena e não indígena em ações de defesa ambiental e valorização cultural. O instituto desenvolve atividades de educação, comunicação e fortalecimento de lideranças jovens.
Outro espaço de atuação é a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), onde Txai participa de debates sobre políticas públicas, proteção dos territórios e combate às mudanças climáticas. Em suas falas, ela sempre reforça que preservar a floresta é uma forma de proteger a própria existência humana.
Ela também já colaborou com organizações internacionais como a ONU e a Anistia Internacional. Em todas essas frentes, Txai mostra que sua luta é pela vida, pela cultura de seu povo e pela justiça ambiental, que respeite tanto o planeta quanto as pessoas que o habitam.
Você já ouviu falar em justiça climática com perspectiva indígena? Vamos entender o que isso significa para Txai Suruí.
A justiça climática sob a visão dos povos indígenas
Para Txai Suruí, a justiça climática não é apenas sobre reduzir emissões de gases ou trocar combustíveis fósseis por energia solar. Em suma, ela acredita que justiça climática também envolve devolver às populações tradicionais o direito de decidir sobre seus próprios territórios e modos de vida.
Ela explica que a floresta não precisa ser “salva” por quem vive fora dela. Na verdade, os povos indígenas já a protegem há séculos. O que precisa mudar é o modelo de desenvolvimento baseado na exploração descontrolada da natureza, que ignora os saberes tradicionais e coloca em risco todo o ecossistema amazônico.
Essa perspectiva é muito importante porque traz uma visão mais completa da crise climática. Além das soluções tecnológicas e científicas, é preciso considerar os aspectos sociais, culturais e espirituais que envolvem a relação entre ser humano e meio ambiente.
E como ela compartilha tudo isso com o mundo? Vamos ver agora como a comunicação é uma ferramenta essencial em seu ativismo.
Como Txai usa a comunicação para ampliar sua luta
Txai sabe que falar é uma forma poderosa de resistência. Por isso, ela utiliza diferentes canais para espalhar sua mensagem. Participa de entrevistas, escreve artigos, grava vídeos e usa as redes sociais para denunciar injustiças, contar histórias e, assim, inspirar outras pessoas.
Ela também acredita na importância de falar com diferentes públicos. Por isso, já participou tanto de rodas de conversa em aldeias quanto de painéis em universidades e conferências internacionais. Sua capacidade de adaptação e seu conhecimento sobre diversos temas fazem com que sua mensagem chegue a lugares variados.
Um dos maiores objetivos de Txai é construir pontes entre mundos diferentes. Ela busca mostrar que as causas indígenas não dizem respeito somente aos povos originários, mas a toda a sociedade. Afinal, a destruição da Amazônia afeta diretamente o equilíbrio do clima do planeta.
Agora que você já conhece sua história, será que podemos nos inspirar em Txai para começar a mudar a realidade ao nosso redor?
O exemplo de Txai Suruí e a força da juventude indígena no Brasil
Txai representa uma nova geração de lideranças indígenas que combinam tradição, conhecimento acadêmico e voz ativa nas decisões globais. Sua trajetória prova que é possível preservar as raízes culturais e, ao mesmo tempo, dialogar com o mundo moderno.
Mais do que uma ativista, Txai Suruí é um símbolo de resistência e de esperança. Sua presença em eventos internacionais mostra que os povos indígenas não querem ser somente lembrados, mas incluídos nas soluções. Ela defende que os jovens, especialmente os indígenas, tenham voz e espaço para liderar transformações verdadeiras.
Esse protagonismo da juventude indígena é essencial para garantir que o futuro seja mais justo, equilibrado e sustentável. Por isso, conhecer e valorizar trajetórias como a de Txai é um passo importante para quem deseja aprender mais sobre meio ambiente, cultura e cidadania.
Será que você também pode começar a agir pelo planeta, assim como ela?
Resumo – perguntas e respostas sobre Txai Suruí
Txai Suruí é uma jovem ativista indígena brasileira do povo Paiter Suruí, que atua na defesa da Amazônia e principalmente dos direitos dos povos originários.
Ela discursou na abertura da COP 26 e chamou atenção global ao denunciar a crise climática e exigir respeito aos direitos indígenas.
Ela criou o Instituto Mapinguari e participa de outras organizações, como por exemplo a COIAB, para promover educação ambiental e fortalecer jovens lideranças.
Ela defende que proteger a natureza também é proteger a cultura, os territórios, assim como a vida dos povos tradicionais que vivem da e na floresta.
Ela usa redes sociais, entrevistas, eventos e textos para espalhar suas ideias e assim ampliar o alcance do ativismo indígena e climático.