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Vanessa Nakate – A Voz da Justiça Climática na África e no Mundo

Vanessa Nakate de Uganda, defendendo questões relativas às mudanças climáticas
Vanessa Nakate de Uganda, defendendo questões relativas às mudanças climáticas
Vanessa Nakate de Uganda, defendendo questões relativas às mudanças climáticas

Quem é Vanessa Nakate?

Vanessa Nakate nasceu em 15 de novembro de 1996, em Kampala, capital de Uganda, um país da África. Ela cresceu vendo os efeitos da crise climática em sua comunidade, como secas, enchentes e perda de plantações. Isso a deixou muito preocupada com o futuro do seu país e do planeta.

Em 2019, inspirada por Greta Thunberg, ela começou a protestar sozinha, em frente ao Parlamento de Uganda. Com cartazes simples, ela solicitava ações contra o aquecimento global. Com o tempo, outras pessoas passaram a se juntar a ela. Então, seu movimento cresceu.


Vanessa criou o grupo Rise Up Climate Movement. O objetivo: dar mais visibilidade aos ativistas africanos, que muitas vezes se tornaram esquecidos nas discussões globais sobre o clima. Ela também participou e participa de eventos internacionais, como a Cúpula do Clima da ONU, onde já discursou para líderes do mundo inteiro.

Em 2020, uma foto dela foi cortada de uma reportagem ao lado de outros jovens ativistas europeus. Isso gerou críticas e fez o mundo discutir o racismo ambiental — quando vozes negras e do Sul Global são ignoradas nos debates sobre sustentabilidade.

Vanessa também escreveu um livro chamado “A Bigger Picture”, onde conta sua história e fala sobre como a crise climática afeta principalmente os países mais pobres. Ela defende justiça climática, ou seja, que todos sejam tratados justamente na luta contra os problemas ambientais.

A Infância de Vanessa Nakate – Uma Base para o Ativismo

As informações sobre a infância exata de Vanessa Nakate, especificamente os seus primeiros anos de vida, são menos publicadas e detalhadas do que as de seu ativismo posterior. No entanto, é possível inferir e mencionar alguns pontos-chave que moldaram sua trajetória, sem inventar detalhes.

1. Nascida e Criada em Uganda

Vanessa Nakate cresceu em um contexto africano, em um país que, como muitos outros no Sul Global, já enfrentava e continua a enfrentar os impactos diretos das mudanças climáticas, mesmo contribuindo minimamente para elas. Sua vivência em Uganda, observando as realidades de sua comunidade e os desafios ambientais, é uma base fundamental para sua compreensão e paixão pela justiça climática.

2. Crescendo com os Impactos Climáticos

Embora não haja relatos específicos sobre sua infância muito precoce, é sabido que Vanessa começou a se conscientizar sobre as mudanças climáticas por volta de 2018. Isso implica que, durante sua infância e adolescência, ela observou e vivenciou os efeitos do clima em sua região. Eventos como secas prolongadas, inundações, padrões climáticos imprevisíveis e seus impactos na agricultura e na vida das pessoas provavelmente fizeram parte de sua experiência de crescimento. De fato, essa observação direta das consequências ambientais em sua própria comunidade é o que a motivou a agir.

3. Educação como Fundamento

Sabemos que Vanessa buscou educação superior. Ela estudou na Universidade Makerere, em Uganda, onde se formou em Administração de Empresas. Embora essa fase não seja a infância, a valorização da educação e o acesso a ela durante seus anos de formação são elementos que contribuíram para sua capacidade de analisar problemas complexos, se comunicar eficazmente e organizar movimentos, características essenciais de seu ativismo.

4. O Despertar da Consciência Climática:

O que se sabe com certeza sobre sua “infância” (no sentido de seus anos formativos antes do ativismo público) é que ela chegou à sua consciência climática mais profunda em dezembro de 2018. Esse foi o ponto em que ela sentiu a necessidade urgente de agir. Antes disso, ela era uma jovem ugandense comum, que se preocupava com o futuro e, de alguma forma, sentiu o peso da crise climática em sua própria realidade.

O Início do Ativismo e a Inspiração para a Ação

Vanessa Nakate começou seu ativismo em dezembro de 2018, motivada pela crescente preocupação com as temperaturas extremas e os impactos das mudanças climáticas em seu próprio país. Inspirada pela ativista sueca Greta Thunberg, ela decidiu iniciar sua própria greve climática, tornando-se a primeira jovem militante climática de Uganda. Em janeiro de 2019, ela iniciou um protesto solitário em frente ao Parlamento de Uganda, em Kampala, exigindo ação imediata contra a crise climática. Por vários meses, ela foi a única manifestante no local, demonstrando uma notável persistência e dedicação.

Vanessa Nakate – Elevando as Vozes Africanas no Debate Climático

Uma das contribuições mais significativas de Vanessa Nakate para o movimento climático global é sua insistência em amplificar as vozes das comunidades africanas, que estão na linha de frente dos impactos da crise climática, mas muitas vezes são sub-representadas ou ignoradas nas discussões internacionais. Ela frequentemente destaca que a África, embora seja responsável por uma pequena parcela das emissões globais de gases de efeito estufa, sofre desproporcionalmente com secas, inundações, insegurança alimentar e outros fenômenos extremos.

Nakate fundou o Youth for Future Africa e o Rise Up Movement, movimentos de jovens que promovem a ação climática em toda a África. Através dessas plataformas, ela busca não somente conscientizar, mas também capacitar jovens africanos a se tornarem agentes de mudança em suas próprias comunidades.

O Incidente de Davos e a Luta por Reconhecimento

Vanessa Nakate ganhou destaque internacional em janeiro de 2020, durante o Fórum Econômico Mundial  em Davos, Suíça. Após participar de uma coletiva de imprensa com outras ativistas climáticas brancas (incluindo Greta Thunberg), ela foi cortada de uma fotografia divulgada pela Associated Press. O incidente gerou uma enorme indignação e principalmente um debate global sobre a invisibilidade e o apagamento de ativistas de cor e de vozes do Sul Global no movimento climático.

Nakate se manifestou publicamente sobre o ocorrido, afirmando: “Vocês não apagaram somente uma foto. Vocês apagaram um continente. Mas estou mais forte do que nunca.” Esse episódio se tornou um catalisador para a discussão sobre o racismo ambiental e principalmente a necessidade de inclusão social e equidade na representação do ativismo climático. A Associated Press reconheceu posteriormente o erro e se desculpou, mas o impacto da declaração de Nakate reverberou, elevando sua plataforma e a tornando um símbolo da luta contra o apagamento de vozes marginalizadas.

Discursos Impactantes e Reconhecimento Global

A partir de então, a influência de Vanessa Nakate cresceu exponencialmente. Por isso, ela passou a discursar em diversos fóruns internacionais de alto nível, por exemplo:

  • Conferências das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COPs): Onde ela confronta líderes mundiais e apela por ações climáticas concretas e justas.
  • Fórum Econômico Mundial: Continuando a usar sua plataforma para desafiar o status quo.
  • Parlamentos e universidades em todo o mundo: Compartilhando sua perspectiva única e inspirando uma nova geração de ativistas.

Em seus discursos, Nakate utiliza frequentemente o mantra “Não podemos comer carvão, não podemos beber petróleo, não podemos respirar gás”, enfatizando assim a necessidade urgente de desinvestir em combustíveis fósseis e de investir em energias renováveis para garantir a sobrevivência das comunidades mais vulneráveis.

Em 2022, Vanessa Nakate virou Embaixadora da Boa Vontade do UNICEF, um reconhecimento de seu compromisso com os direitos das crianças e a justiça climática. Ela também esteve na lista das “100 Mulheres” da BBC em 2020 e por fim na lista Time100 Next da revista TIME em 2021.

Publicações e Projetos de Vanessa Nakate

Além de seu ativismo presencial e digital, Vanessa Nakate é autora do livro “A Bigger Picture: My Fight to Bring a New African Voice to the Climate Crisis” (2021), onde ela compartilha sua jornada e a importância de uma perspectiva africana na crise climática.

Ela também está ativamente envolvida em projetos práticos, como o “Vash Green Schools Project” de sua organização Rise Up Movement, que busca instalar painéis solares e fornos ecológicos em escolas rurais de Uganda, visando reduzir a dependência da lenha e promover a educação ambiental.

Em conclusão: Vanessa Nakate é um exemplo notável de como a voz de uma jovem ativista, principalmente vinda de uma região frequentemente marginalizada, pode desafiar narrativas existentes, exigir justiça e impulsionar ações significativas na luta contra as mudanças climáticas. Sua militância não se limita a protestos, mas engloba a conscientização, a defesa de políticas justas e o investimento em soluções locais, solidificando seu legado como uma líder visionária e uma inspiração global.


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