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Você sabia que o Brasil foi considerado o 4° maior poluidor do mundo?

Poluição
Estudo considerou pela primeira vez o desmatamento ao contabilizar a liberação de CO2 e o Brasil ficou entre os 5 maiores emissores de CO2

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

As queimadas estão prejudicando o país mundo afora

Você Sabia? Uma nova pesquisa sobre o acumulado de emissões de CO2 (gás carbônico) no mundo, colocou o Brasil entre os maiores poluidores. Por quê? O estudo, considerou pela primeira vez o desmatamento ao contabilizar a liberação de CO2. Por isso, o Brasil apareceu em quarto lugar no ranking de emissões que considera o período de 1850 a 2021.

Emissões de co2 no mundo
Posição somada desde 2050

O Brasil subiu no ranking dos maiores emissores de CO2

Entre as maiores emissões de CO2 no mundo, a China, é apontada como o segundo país maior emissor de gases do efeito estufa no acumulado histórico, atrás dos Estados Unidos. O levantamento foi feito pelo think tank internacional Carbon Brief.

Já emitimos no mundo:

2,500,000,000+

De toneladas de CO2 na atmosfera no mundo, conforme o estudo.

No Brasil:

112,900,000,000+

Emissões do Brasil desde 1850 pós crescimento do agronegócio e seus desmatamentos.

A Queima de combustível fóssil, as mudanças no uso do solo, a produção de cimento e desmatamento de 1850 a 2021. Anteriormente o cálculo não incluía a poluição provocada pela destruição de florestas e queimadas.

Por isso, os ambientalistas alegam que as pesquisas que não consideram emissões decorrentes de desmatamento, negligenciam as peculiaridades da poluição brasileira.

Desmatamento Amazônia 2
Desmatamento Amazônia 2

Segundo Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima (organização que calcula anualmente as emissões no Brasil), em entrevista à BBC News Brasil:

“Se você pegar os últimos 30 anos, 73% do das emissões do planeta estão na área de energia. Se você pegar os últimos 30 anos no Brasil, 55% das emissões são por desmatamento. Se você incluir emissões decorrentes da pecuária brasileira, a gente bate na casa dos 80%”, disse Astrini.

A tabela abaixo (ano 2021) prova o argumento.

Aceleração do desmatamento no Brasil

A discussão sobre responsabilidades no controle das mudanças climáticas vai ser tema principal na reunião da COP26 (conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas), que acontece do dia 31 de outubro a 12 de novembro em Glasglow, na Escócia. No encontro, líderes de mais de 100 países vão negociar novos compromissos para, assim, garantir a meta do Acordo de Paris de manter o aquecimento global em 1,5°C.

Fugir da responsabilidade

No COP 26, o Brasil pretendia usar como argumento que: os países desenvolvidos poluem muito mais e que, portanto, devem compensar nações em desenvolvimento pela proteção de suas florestas.

Enfim, esse seria um bom argumento se o atual governo não tivesse feito vista grossa para o que podemos chamar de maior desmatamento da nossa história em um curto intervalo de tempo.

A expectativa é que o Brasil seja um dos países mais pressionados, por causa do grande crescimento do desmatamento, bem como das queimadas da Amazônia e na Mata Atlântica nos três primeiros anos do governo Bolsonaro.

Queimadas e emissões de Co2
Queimadas na Amazônia

Nessa queda de braço entre países ricos e em desenvolvimento, a responsabilidade de cada país pelo aquecimento do planeta será medida pelo seu volume atual e, principalmente, histórico de emissões.

O atual governo se defende com o intuito de ser um recebedor de recursos dos países ricos

Conforme acordos anteriores, o Brasil tem o compromisso de reduzir em 37% as emissões de CO2 até 2025 e em 43% até 2030 e, assim, alcançar a neutralidade de carbono em 2050 – bem como, depois disso, fazer reflorestamento para absorção de CO2 da atmosfera.

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, contra argumentou, dizendo que o Brasil não é grande poluidor, ao criticar e justificar as pesquisas que indicam o desmatamento da Amazônia e da Mata Atlântica.

Palavras de Paulo Guedes (Ministro da fazenda do governo Bolsonaro):

“Não é possível que o Brasil seja tratado como vilão da poluição internacional. Quando pegamos fluxos de poluição, o Brasil tem 1,7%, a Europa tem 15%, os Estados Unidos têm 15%, a China tem 30%. Como pode o país que menos polui ser o mais agredido internacionalmente? Em conclusão, acusou outros de estarem agindo politicamente. Mas, os números mostraram que a defesa do ministro não condiz com a realidade

Em conclusão, para os verdadeiros defensores do meio ambiente, o levantamento que aponta o Brasil como quarto maior nas emissões de CO2 do mundo, estabelece uma enorme responsabilidade, ou seja, o próximo governo de Lula terá que apresentar propostas em relação às mudanças climáticas e corrigir os impactantes danos do governo anterior.

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