Você já encontrou algum remédio vencido esquecido em casa? Ou jogou fora aquele comprimido que não usou mais? Pois saiba que esse tipo de descarte pode causar sérios problemas ao meio ambiente. Por isso, existe a logística reversa de medicamentos. Ela se responsabiliza por recolher esses produtos vencidos ou sem uso e dar a eles um destino correto.
Neste post, vamos entender como esse processo funciona, por que ele é tão importante e onde você pode descartar seus medicamentos de forma segura.
De acordo com a Anvisa, o Brasil descarta mais de 10 mil toneladas de medicamentos por ano. Boa parte ainda vai parar no lixo comum ou no esgoto, o que contamina o solo, a água e até os alimentos.
Fique por dentro: Logística Reversa no Brasil – O que é, benefícios e desafios
O que é a Logística Reversa de Medicamentos
A logística reversa de medicamentos é o sistema que recolhe remédios vencidos ou que não serão mais utilizados por consumidores. Ela garante que esses produtos não sejam descartados de maneira incorreta.
Isso inclui comprimidos, xaropes, pomadas, ampolas, embalagens e bulas. Todos esses itens precisam de tratamento especial, pois contêm substâncias químicas que podem ser perigosas.
O objetivo é evitar que os resíduos farmacêuticos cheguem ao meio ambiente, onde podem contaminar plantas, animais e pessoas.
Além disso, essa logística ajuda a prevenir acidentes domésticos, como ingestão acidental por crianças e animais.
Como funciona a logística reversa de medicamentos
Tudo começa quando o consumidor separa os medicamentos vencidos ou que não vai usar mais. Depois disso, ele deve levar esses produtos até um ponto de coleta autorizado.
Geralmente, esses pontos estão em farmácias e drogarias que participam do sistema de logística reversa. Algumas redes também oferecem coletores para medicamentos usados.
Após a coleta, os remédios são armazenados de forma segura. Em seguida, transportados por empresas especializadas até locais onde recebem o tratamento correto. O destino final costuma ser a incineração, feita com controle ambiental.
Dessa forma, evita-se que substâncias perigosas entrem em contato com a natureza ou com a saúde humana.
Quais medicamentos podemos descartar?
É possível descartar vários tipos de medicamentos nesse sistema. Principalmente
- Comprimidos vencidos
- Xaropes abertos e vencidos
- Pomadas fora da validade
- Antibióticos não usados
- Cartelas abertas e incompletas
- Embalagens, bulas e frascos vazios
Por outro lado, agulhas, seringas e materiais cortantes não fazem parte da logística reversa de medicamentos. Eles precisam de outro tipo de descarte.
Por isso, é importante ler as orientações dos pontos de coleta e separar corretamente o que pode ser entregue.
Onde descartar medicamentos vencidos no Brasil?
Atualmente, muitas farmácias participam do programa de logística reversa de medicamentos. Drogasil, Droga Raia, Drogaria São Paulo e Pague Menos são alguns exemplos de redes que oferecem coletores.
Além disso, algumas cidades possuem pontos de coleta em unidades de saúde, escolas e centros de atendimento ao cidadão.
Importante lembrar que hospitais, clínicas e farmácias também tem obrigação de fazer a destinação correta dos medicamentos que usam no dia a dia.
Em 2020, o Governo Federal publicou um decreto que tornou obrigatória a implementação da logística reversa de medicamentos em todo o território nacional.
Importância da logística reversa de medicamentos
A logística reversa de medicamentos protege a saúde das pessoas e evita que o meio ambiente seja contaminado. Quando jogados no lixo ou no vaso sanitário, os remédios entram em contato com o solo e a água. Isso pode prejudicar animais, plantas e até o abastecimento de água potável.
Além disso, o descarte incorreto de medicamentos aumenta o risco de intoxicações, principalmente em casas com crianças e idosos.
Esse tipo de logística também fortalece a responsabilidade compartilhada. Ou seja, todos têm um papel: fabricantes, farmácias, governo e consumidores.
Por fim, ela ajuda a evitar o desperdício. Muitos medicamentos podem ser recolhidos e descartados de forma segura, sem colocar ninguém em risco.
Desafios da logística reversa de medicamentos
Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta alguns desafios. Um deles é a falta de informação. Muitas pessoas não sabem que existem pontos de coleta ou desconhecem os riscos do descarte incorreto. Além disso, ainda há poucas farmácias com coletores em algumas regiões do país. Isso dificulta a participação da população.
Outro problema é o baixo número de campanhas educativas. Sem orientação, as pessoas continuam descartando os remédios no lixo comum ou no esgoto. Mesmo assim, é possível mudar esse cenário com mais divulgação, apoio do governo e participação ativa da sociedade.
Resumo – Perguntas e Respostas
É o processo que recolhe e dá o destino correto a remédios vencidos ou sem uso.
Porque eles contaminam o solo, a água e representam risco à saúde de pessoas e animais.
Em farmácias e drogarias que possuem coletores, ou em pontos de coleta instalados por programas municipais.
Comprimidos, xaropes, pomadas, frascos, cartelas e bulas. Materiais cortantes devem ser descartados em outro sistema.
Quem é responsável pela logística reversa de medicamentos?
Fabricantes, distribuidores, importadores, farmácias e consumidores, afinal, todos têm responsabilidades no processo.
