Logística reversa de embalagens – como funciona e importância

Dayana Xavier
Graduada em Geografia, graduada em Ciências Contábeis, pós-graduada em Administração Pública, Gerências de Cidades e Gestão do Agronegócio
Logística reversa de embalagens

Todos os dias usamos embalagens. Seja para alimentos, bebidas, cosméticos ou produtos de limpeza, elas estão por toda parte. Mas você já se perguntou o que acontece com essas embalagens depois que elas são jogadas fora? É exatamente aí que entra a logística reversa de embalagens. Esse processo garante que as embalagens descartadas voltem para a indústria ou ganhem um destino ambientalmente correto.

Neste artigo, vamos entender o que é essa logística, como ela funciona, por que ela é tão importante para o planeta e como o Brasil já está colocando isso em prática.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mais de 30% do lixo urbano no Brasil é composto por embalagens. Por isso, dar um destino certo para esses resíduos é essencial para diminuir a poluição.

Fique por dentro: Logística Reversa no Brasil – O que é, benefícios e desafios


O que é a Logística Reversa de Embalagens

A logística reversa de embalagens se tornou um sistema que permite que as embalagens usadas retornem para o ciclo produtivo ou recicladas da forma correta.

Diferente do lixo comum, as embalagens não devem ser simplesmente descartadas. Elas podem e devem ser reaproveitadas. Assim, evitamos que acabem em aterros, rios ou nas ruas das cidades.

Esse processo faz parte da economia circular. Ou seja, ele transforma o que seria lixo em novos produtos, reduzindo o uso de recursos naturais e o impacto ambiental.

Além disso, a logística reversa de embalagens é uma obrigação prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos.


Como funciona a logística reversa de embalagens

Tudo começa quando o consumidor separa corretamente a embalagem após o uso. Em seguida, ele leva esse material até um ponto de coleta seletiva, um ecoponto ou entrega para um catador.

Depois disso, as cooperativas ou empresas fazem a triagem e a separação dos materiais por tipo: plástico, papel, vidro, metal ou papelão.

A partir daí, esses materiais seguem para indústrias recicladoras, onde serão transformados em matéria-prima para a produção de novos produtos.

Por fim, os produtos reciclados voltam para o mercado e reiniciam o ciclo. Dessa forma, o processo se repete, gerando menos lixo e mais sustentabilidade.

Esse caminho é simples, mas depende da colaboração de todos. Sem a separação correta, a logística reversa de embalagens perde sua força e eficácia.


Exemplos práticos no Brasil

Muitas empresas e projetos já colocam em prática a logística reversa de embalagens. E o melhor é que qualquer pessoa pode participar desses programas. Por exemplo:

  • A Nestlé, por exemplo, criou o projeto “Recicla Nosso Mundo”, que instala pontos de coleta em mercados e escolas para receber embalagens usadas de seus produtos.
  • A Unilever também participa do programa “Sou Resíduo Zero”. Nele, a empresa recolhe embalagens plásticas em diversos pontos do país e as envia para reciclagem.
  • Outra iniciativa é a do Carrefour, que mantém ecopontos em suas lojas para receber embalagens de clientes. Esses materiais vão para cooperativas de reciclagem.
  • Além disso, cooperativas como a Coopercaps, em São Paulo, recolhem embalagens nas casas das pessoas e trabalham na separação e venda dos materiais para a indústria recicladora.

Esses exemplos mostram que a logística reversa já está presente em muitos lugares. Basta cada um fazer a sua parte.


Quais embalagens participam desse processo

A maioria das embalagens pode ser inserida no sistema de logística reversa. No entanto, é fundamental que estejam limpas e secas para garantir a reciclagem. Por exemplo:

  • Garrafas PET
  • Latas de alumínio
  • Embalagens de papelão
  • Caixas longa vida (tetrapak)
  • Potes de vidro
  • Sacos plásticos
  • Embalagens de produtos de limpeza
  • Tubos de creme dental

Portanto, antes de jogar fora, vale a pena separar e levar até um ponto de coleta. Essa atitude faz toda a diferença.


Importância da logística reversa de embalagens

Esse tipo de logística ajuda a reduzir o lixo nos aterros sanitários, diminui a poluição nas cidades e evita a contaminação de rios e solos.

Além disso, ela reduz a necessidade de extrair novas matérias-primas da natureza. Quando reciclamos embalagens, economizamos energia, água e recursos naturais.

Outro ponto positivo é que a logística reversa de embalagens ajuda a gerar empregos. Muitas famílias vivem da coleta e separação desses materiais.

Por fim, ela também ajuda as empresas a se tornarem mais responsáveis com o meio ambiente. Isso fortalece a imagem das marcas e incentiva práticas mais sustentáveis.


Desafios da logística reversa de embalagens

  • Apesar dos avanços, ainda existem muitos desafios. Um dos principais é o baixo índice de reciclagem no Brasil. Muitas embalagens ainda tem descarte de forma errada.
  • Outro problema é a falta de informação. Muitas pessoas não sabem como separar os materiais ou onde entregar as embalagens recicláveis.
  • Também faltam incentivos para ampliar os pontos de coleta e fortalecer as cooperativas. Sem apoio, esses grupos enfrentam dificuldades para crescer.
  • Mesmo assim, é possível melhorar com pequenas ações. Separar o lixo em casa, apoiar projetos de reciclagem e consumir com responsabilidade já são passos importantes.

Resumo – Perguntas e Respostas

O que é logística reversa de embalagens?

É o processo que garante o retorno das embalagens usadas para reciclagem ou reaproveitamento.

Quais embalagens podem ser recicladas?

Plásticos, papéis, metais, vidros e embalagens longa vida, desde que estejam limpos e secos.

Como posso participar da logística reversa de embalagens?

Separando corretamente os resíduos em casa e levando para pontos de coleta ou cooperativas.

Por que esse processo é importante para o meio ambiente?

Porque reduz o lixo, evita a poluição e economiza recursos naturais como água, energia e petróleo.

As empresas são obrigadas a recolher suas embalagens?

Sim. Pela lei brasileira, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem garantir o destino correto das embalagens pós-consumo.

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