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Desigualdade Social – Fatores econômicos – a Má Distribuição de Renda

Agenda 2030 - Objetivo ODS 1 Erradicação da Pobreza
Não foi porque o presidente era bonzinho! O bolsa família nasceu para atender o acordo de distribuição de renda da RIO 92, no Brasil.

Tempo estimado de leitura: 8 minutos

Má distribuição de renda no Brasil e no mundo

A desigualdade social é um problema que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, não é diferente. Apesar de ser um país com grandes recursos naturais e potencial econômico, a má distribuição de renda é uma realidade que persiste.

Definição

Má distribuição de renda: quando uma pequena parcela da população concentra uma grande parte da riqueza, isso cria uma grande diferença entre os ricos e os pobres

O Problema da Concentração de Riqueza

Existem diversos fatores econômicos que contribuem para essa desigualdade. Um dos principais é a concentração de riqueza nas mãos de poucos. Ou seja, grandes empresas, grupos e indivíduos de alta renda possuem mais recursos e poder de influência, o que acaba perpetuando a desigualdade.

62 super ricos do mundo têm mesma riqueza que soma de metade da população mundial. Ou seja, a economia mundial trabalha para 1% que lucram e acumulam riqueza

A riqueza dos 62 super ricos aumentou 44% desde 2010, enquanto a riqueza dos 3,5 bilhões mais pobres caiu 41%, afirmou a Oxfam em um relatório divulgado antes da reunião anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Falta de acesso a oportunidades

Além disso, a falta de acesso a oportunidades também é um fator determinante. Muitas pessoas não têm acesso à educação de qualidade, saúde e empregos bem remunerados. Isso cria um ciclo vicioso de pobreza, no qual as pessoas não conseguem sair da situação de vulnerabilidade.

A má distribuição de renda também é agravada pela corrupção e pela sonegação de impostos. Quando os recursos públicos não são utilizados de forma correta e transparente, quem mais sofre são os mais pobres, que ficam sem acesso aos serviços básicos.

Para combater a desigualdade social, é necessário implementar políticas públicas que visem a redistribuição de renda. Investimentos em educação, saúde e programas sociais são fundamentais para promover a inclusão social e diminuir as disparidades.

Exemplos de má distribuição de renda

A má distribuição de renda pode aumentar a desigualdade social e ser observada em diferentes níveis, desde as diferenças de renda entre indivíduos até as diferenças de desenvolvimento entre países.

Exemplos interessantes de má distribuição de renda:

  • No Brasil, o 1% mais rico da população concentra mais de 27% da riqueza nacional. Isso significa que uma pequena parcela da população possui mais riqueza do que metade da população brasileira.
  • Nos Estados Unidos, o 1% mais rico da população concentra mais de 32% da riqueza nacional.
  • Na China, o 1% mais rico da população concentra mais de 38% da riqueza nacional.

Consequências da má distribuição de renda

A má distribuição de renda pode ter consequências negativas para a sociedade, como:

  • Aumento da pobreza: a má distribuição de renda pode levar ao aumento da pobreza, pois os pobres têm menos recursos para atender às suas necessidades básicas.
  • Aumento da desigualdade social: a má distribuição de renda pode aumentar a desigualdade social, pois cria uma grande diferença entre os ricos e os pobres.
  • Aumento da criminalidade: a má distribuição de renda pode aumentar a desigualdade social e a criminalidade, pois as pessoas pobres podem recorrer à violência para sobreviver.
distribuição de renda desigualdade social

Soluções para a má distribuição de renda

Existem uma série de soluções que podem ser adotadas para reduzir a má distribuição de renda. Essas soluções incluem:

  • Adoção de políticas públicas para promover a igualdade de oportunidades: essas políticas podem incluir investimentos em educação, saúde, habitação e outros serviços públicos essenciais.
  • Redução da concentração de renda: isso pode ser feito por meio de tributação progressiva, investimentos em capital humano e outras medidas.
  • Combate à discriminação: isso pode ser feito por meio de leis e políticas que promovam a igualdade de direitos e oportunidades.

Início da distribuição de renda no Brasil: é por que o governo é bonzinho?

Em 2003, o valor fixado para distribuição de renda no Brasil, como mínimo para a sobrevivência, foi de R$ 89,00 mensais por pessoa (ou seja, cerca de 3 reais por dia). Pouquíssimo né! Sim, uma vez que esse valor representa quase 1/4 do mínimo internacional para países pobres.

Erradicação da pobreza no ODS 1 (Abre numa nova aba do navegador)

Erradicacao-da-Pobreza_Brasil_ODS1
Famílias sem pai que lutam para sobreviver

Então: foi o parâmetro fixado que norteou os pagamentos do Bolsa Família (criado em 2003) e no caso foi aplicado para cumprir a meta proposta na RIO 92.

O bolsa família é muito baixo

Não foi porque o presidente era bonzinho! O bolsa família nasceu para atender o acordo da RIO 92. Aliás, se fosse o caso de que havia uma intenção realmente séria do governo, o valor seria maior. Por isso, ainda estamos muito longe da meta mundial pretendida, citada acima, que é de US$ 8,00 (cerca de 40 reais ao dia).

Como e por que a erradicação da pobreza no ODS 1 está relacionada com outros objetivos de desenvolvimento sustentável? (Abre numa nova aba do navegador)

Foi então que a Fundação Getúlio Vargas fez outra classificação na época. A FGV calculou que a pobreza extrema no Brasil seria contada para pessoas que viviam com menos de R$ 246,00 ao mês (R$ 8,20 ao dia). Ainda baixa! Agora observe que alarmante!

Baseado no valor fixado pela FGV, no ano de 2019, 12,8% dos brasileiros estavam vivendo com menos que isso. Ou seja, cerca de 27 milhões de pessoas.

Entretanto: você lembra como era a pobreza no Brasil antes das mudanças sociais? Não lembra? Muitas pessoas morriam de fome e o número de brasileiros que vivia na extrema pobreza era altíssimo.

Então:

A distribuição de renda fez diminuir a pobreza e melhorou a economia brasileira?

Sim. Todos os dados econômicos também melhoraram após o início da distribuição de renda no Brasil. Mesmo sendo o valor distribuído extremamente baixo se comparado ao necessário, como citado acima.

Bem, foi um primeiro passo modesto, mas que alterou a vida de muitos brasileiros! Resultado: até 2018 os números da pobreza estavam diminuindo. Voltaram a crescer após o catastrófico governo do presidente Jair Bolsonaro.

Então, a esperança é que com mais uma mandato do presidente Luiz Inácio da Silva a distribuição de renda e a desigualdade social diminua um pouco a pobreza do povo brasileiro.

Esse fato veio nos mostrar que a distribuição de renda não é um gasto, mas um investimento que retorna aos cofres públicos. Isso nos leva a entender que: a ideia da ONU em relação a que haja uma distribuição de renda é então uma solução econômica, embora ainda seja duvidoso que é uma solução sustentável. Mas ainda muitas crenças sustentam a ideia do capitalismo que concentra a renda nas mãos de poucos.

A Erradicação da pobreza no Brasil e na América Latina é uma utopia?

Os resultados em países que aplicaram a ideia de distribuição de renda nas últimas décadas é a prova de que podemos viver de forma sustentável e: Podemos sim erradicar a pobreza no mundo!

Qual é o progresso atual em direção à erradicação da pobreza no ODS 1? (Abre numa nova aba do navegador)

Em conclusão: A eliminação da pobreza, através da distribuição de renda é então uma boa solução. Ao mesmo tempo ela movimenta e impulsiona a economia. Neste caso, erradicar a pobreza no Brasil não é impossível. Essa crença que sustenta o capitalismo deveria ou poderia ser repensada pelos que ainda a sustentam.

Veja: o Brasil, nas últimas décadas, foi um dos países que, em função da sua política social fez diminuir o número de pessoas vivendo na pobreza extrema. Interessante! Entenda porquê: Desde o início deste século, com a estabilização da economia (inflação baixa), muitos brasileiros passaram a ter acesso uma renda melhor e a consumir (mais alimentos e roupas, por exemplo).

Claro, como todo argumento positivo tem seu lado negativo. Quanto mais pessoas consumindo mais aumentam a extração de recursos naturais para atender um mercado que cresce proporcionalmente. Realmente será um problema equalizar essa questão.

Como os países estão trabalhando para alcançar a erradicação da pobreza no ODS 1? (Abre numa nova aba do navegador)

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