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ODS 2: Fome Zero e Agricultura Sustentável, o que é, metas e desafios

Agenda 2030 -Erradicação da fome no mundo
Erradicar a fome e investir na agricultura sustentável é o foco do ODS 2 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Entenda porquê:

Tempo estimado de leitura: 18 minutos

O que é o ODS 2, Fome zero e Agricultura Sustentável da ONU?

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 2 da Agenda 2030 da ONU, também conhecido como ODS 2: Fome Zero e Agricultura Sustentável, enfrenta muitos desafios no Brasil e no mundo. Faz parte dos 17 objetivos da Agenda 2030 da ONU. No ODS 2 a realidade mostra a necessidade de revermos todo nosso sistema de produção e distribuição de alimentos. Claro, precisamos erradicar, ou ao menos diminuir a fome de milhões de pessoas no mundo.

Você sabia? Cerca de um terço dos alimentos produzidos globalmente são perdidos ou desperdiçados ao longo da cadeia alimentar.

Desperdício de Alimentos – O que fazer para reduzir? (abre em outra janela para você ler depois)

ODS 2 erradicar a fome
ODS 2 – Fome e Agricultura Sustentável

Importância do ODS 2Fome Zero e Agricultura Sustentável

Imagine um mundo sem fome, onde todos têm acesso a alimentos nutritivos e suficientes durante todo o ano. Essa é a visão do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2), e alcançar essa meta é crucial para construir um futuro mais justo e sustentável para todos nós.

Por que isso é tão importante?

Carto leitor, hoje, milhões de pessoas ainda sofrem com fome e desnutrição, especialmente crianças. Isso impacta sua saúde, seu desenvolvimento e seu futuro. O ODS 2 visa eliminar esse problema e garantir que todos tenham acesso à alimentação que precisam para prosperar.

Veja bem, a forma como produzimos alimentos está prejudicando o meio ambiente. Então, o ODS 2 é importante porque promove sistemas agrícolas sustentáveis que protegem os recursos naturais e combatem as mudanças climáticas.

A fome e a desnutrição prendem as pessoas na pobreza. Ao garantir o acesso à alimentação, o ODS 2 ajuda as pessoas a escapar da pobreza e investir em uma vida melhor.

A fome e a insegurança alimentar podem levar a conflitos e instabilidade. Alcançar o ODS 2 contribui para um mundo mais pacífico e próspero para todos.

Perguntas intrigantes sobre a questão da fome no mundo

O ODS 2 é importante para conseguirmos responder algumas perguntas intrigantes. Por exemplo:

  • Que estratégias educacionais e tecnológicas podem incentivar o consumo consciente e a valorização dos alimentos?
  • Como podemos implementar soluções inovadoras para reduzir o desperdício de alimentos em todas as etapas, desde a produção até o consumo? De que forma a conscientização da população, bem como a mudança de hábitos alimentares podem contribuir para esse objetivo?
  • Com a mudança climática afetando o rendimento das culturas e a distribuição de recursos, como podemos garantir a segurança alimentar para uma população global em constante crescimento, especialmente nas regiões mais vulneráveis? Que inovações tecnológicas e sociais podem nos ajudar a alcançar a fome zero em um mundo em transformação?

Para responder essas questões, O ODS 2 se divide em dois objetivos principais:

  • A Segurança Alimentar e Nutricional para todos: Isso significa que todas as pessoas, em especial as crianças, tenham acesso garantido a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante o ano todo.
  • Sistemas Agrícolas Sustentáveis: Busca promover práticas agrícolas que sejam resilientes (capazes de se adaptar a mudanças) e sustentáveis (que não prejudiquem o meio ambiente para as gerações futuras).

Erradicação da Fome e Agricultura Sustentável - ODS 2 - Crianca-Brasil_Fome
Vamos mudar essa carinha? Vem comigo! Foto de Tanjir Ahmed Chowdhury no Unsplash

O que é Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)?

Em princípio, a segurança alimentar e nutricional pode ser definida como o direito de todos os indivíduos de ter acesso aos alimentos e nutrição adequados, em quantidade e qualidade suficientes, independentemente de sua localização geográfica.

A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é um dos principais temas relacionados à sustentabilidade, tanto para o Brasil quanto para o mundo. Afinal, você sabia que garantir que todas as pessoas tenham acesso a uma alimentação saudável e nutritiva é fundamental para promover a saúde, o bem-estar e a igualdade social?

Quando um país falha com a segurança alimentar e nutricional da sua população, então dizemos que existe fome e desnutrição. Ou seja, ao menos uma parcela de seus habitantes sofre com insegurança alimentar e nutricional.

Segundo o relatório da ONU The State of Food Security and Nutrition in the World de 2022, em 2021 cerca de 828 milhões de pessoas sofreram com o problema em todo o mundo.

O que é Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)?

Leia também: O que é Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)? (abre em outra janela)

Metas do ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentávelda Agenda 2030 da ONU

Meta 2.1 do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – acabar com a fome

Até 2030, acabar com a fome e garantir o acesso de todas as pessoas, em particular os pobres e pessoas em situações vulneráveis, incluindo crianças, a alimentos seguros, nutritivos e suficientes durante todo o ano.

Principais indicadores da meta 2.1:

A prevalência de subalimentação, o índice de Insegurança alimentar grave (HHI), a variabilidade da oferta de alimentos. Além disso, a razão média de gastos com alimentos em relação à renda disponível, o número de crianças com menos de 5 anos com baixo peso, bem como as perdas e desperdícios de alimentos.

Meta 2.2 do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – desnutrição

Até 2030, acabar com todas as formas de desnutrição, em particular atingindo as metas relativas ao crescimento e desenvolvimento de crianças menores de 5 anos (retardo de crescimento e emagrecimento) e a deficiência de micronutrientes, e abordar as necessidades nutricionais durante todo o ciclo de vida, em particular de mulheres grávidas e lactantes, crianças em idade escolar e idosos.

Principais indicadores da meta 2.2

Prevalência de retardo de crescimento em crianças menores de 5 anos, prevalência de emagrecimento em crianças menores de 5 anos. Além disso, a prevalência de anemia entre mulheres em idade fértil.

Dinheiro para erradicar a fome
Vamos abrir a mão? Foto de Annie Spratt no Unsplash

Meta 2.3 do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – agricultura familiar

Até 2030, dobrar a produtividade agrícola e a renda dos pequenos produtores familiares, em particular as mulheres, agricultores indígenas, familiares e pastorais, e garantir o acesso seguro e equitativo à terra, outros recursos naturais e insumos agrícolas, conhecimento, serviços financeiros, mercados e oportunidades de agregação de valor e emprego não agrícola, de acordo com os contextos nacionais.

Principais indicadores da meta 2.3:

O índice de produtividade agrícola (IPA) de pequenos produtores, a renda agrícola média dos pequenos produtores, a porcentagem de pequenos produtores familiares com acesso à terra, bem como a porcentagem de pequenos produtores familiares com acesso a crédito.

Meta 2.4 do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – Produção de alimentos

Até 2030, assegurar sistemas de produção de alimentos sustentáveis e resilientes que aumentem a produtividade e a produção, ajudem a manter os ecossistemas e aumentem a capacidade de adaptação às mudanças climáticas, à variabilidade climática e à seca, e que melhorem progressivamente a qualidade da terra e do solo.

Principais indicadores da meta 2.4:

A razão entre a área agrícola sob manejo sustentável e a área agrícola total, o nível de produtividade agrícola, o índice de biodiversidade funcional nos agroecossistemas, o índice de saúde do solo, bem como a emissão de gases de efeito estufa da agricultura.

Meta 2.5 da Agenda 2030 da ONU – biodiversidade

Até 2020, manter a biodiversidade agrícola e genética de plantas, animais e microrganismos usados na alimentação e agricultura, inclusive através de bancos de sementes e plantas bem administrados e diversificados em nível nacional, regional e local, de acordo com as condições adversas e as necessidades nacionais e internacionais.

Principais indicadores da meta 2.5:

O índice de Área Protegida para Espécies Selvagens Relacionadas à Agricultura e a diversidade genética das plantas cultivadas.

Meta 2.a do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – infraestrutura rural

É crucial aumentar os investimentos em infraestrutura rural, pesquisa agrícola e desenvolvimento tecnológico para promover a agricultura sustentável globalmente, especialmente nos países em desenvolvimento. Isso pode ser alcançado, entre outros meios, através da cooperação internacional, garantindo acesso à terra, tecnologia e mercados.

Meta 2.b do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – volatilidade de preços dos alimentos

Corrigir e prevenir a volatilidade extrema dos preços dos alimentos e promover sistemas sustentáveis de alimentos e agricultura.

Meta 2.c do ODS 2 da Agenda 2030 da ONU – investimentos em agricultura sustentável

Duplicar o investimento público e privado em agricultura sustentável nas infraestruturas rurais, na pesquisa agrícola, no desenvolvimento tecnológico e na extensão para o desenvolvimento das capacidades produtivas dos países em desenvolvimento, especialmente os menos avançados.

Agricultura Sustentável para Erradicação da Fome
Vamos cuidar do nosso planeta e da nossa agricultura? Foto de Nikola Jovanovic no Unsplash

Realidade e desafios do ODS 2 no BrasilFome Zero e Agricultura Sustentável

Realidade de acabar com a fome no Brasil

Em 2023, Os indicadores do ODS 2 detectaram que o número de pessoas em situação de fome no Brasil caiu para 8,7 milhões, representando uma redução de 62,5% em relação a 2003. A taxa de prevalência de desnutrição crônica em crianças menores de 5 anos caiu de 7,6% em 2003 para 3,1% em 2023. Enfim, mais pessoas têm acesso a alimentos nutritivos e suficientes devido ao crescimento da renda, à expansão de programas sociais e à melhora na produção agrícola.

Desafio de acabar com a fome no Brasil ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável

A pobreza e a desigualdade são as principais causas da fome no Brasil. Ou seja, 8,7 milhões de brasileiros, o equivalente a 4,1% da população, não têm o que comer.

Insegurança alimentar: 70,3 milhões de pessoas (33,4%) da população brasileira enfrentam insegurança alimentar moderada ou grave, enfim, têm dificuldade para se alimentar. Ou seja, a desigualdade no acesso à alimentação é gritante. Por exemplo: no Norte do país, 13,8% da população vivem em situação de insegurança alimentar grave, enquanto no Nordeste esse número sobe para 21,2%.

Desnutrição: A prevalência da anemia entre mulheres em idade fértil caiu de 33,2% em 2001 para 22,2% em 2019. A prevalência da deficiência de ferro entre crianças menores de 5 anos caiu de 17,5% em 2001 para 5,6% em 2019. Além disso, prevalência da deficiência de vitamina A em crianças menores de 5 anos caiu de 14,3% em 2001 para 1,2% em 2019.

Erradicação da fome ods 2
Objetivo 2 da Agenda 2030 – Fome Zero e Agricultura Sustentável – ODS 2

Realidade da agricultura – ODS 2 no Brasil

A adoção de sistemas de manejo sustentável da terra vem crescendo no Brasil. No entanto, ainda é necessário um esforço maior para alcançarmos a meta de 40% de área agrícola com sistemas sustentáveis até 2030. A biodiversidade agrícola vem diminuindo, contudo, cada vez mais iniciativas surgem para recuperar e conservar a diversidade genética das culturas agrícolas. No Brasil, a saúde do solo também é um desafio no ODS 2, com perda de carbono orgânico e erosão hídrica em muitas áreas.

A expansão desenfreada da fronteira agrícola para a produção de commodities como soja e carne bovina tem levado ao desmatamento, à perda de habitat natural e à fragmentação de populações de espécies selvagens. O uso intensivo de agrotóxicos na produção agrícola pode contaminar o solo e a água, afetar a polinização e a reprodução de diversas espécies, e contribuir para a perda de biodiversidade.

As mudanças climáticas podem impactar negativamente a distribuição e a abundância de espécies selvagens, além de aumentar o risco de extinção de algumas espécies.

Agricultura familiar

O Brasil possui cerca de 5 milhões de pequenos produtores familiares, que são responsáveis por apenas 23% da produção agrícola nacional. A produtividade da agricultura familiar no Brasil é 50% menor que a da agricultura dos grandes produtores do agronegócio. Além disso, a renda média dos pequenos produtores familiares no Brasil é 56% menor que a renda média nacional.

Cerca de 20% dos pequenos produtores familiares no Brasil não possuem título definitivo de suas terras. Apenas 40% dos pequenos produtores familiares no Brasil têm acesso a crédito formal. Ou seja, os pequenos produtores familiares no Brasil enfrentam dificuldades para acessar mercados lucrativos e obter preços justos por seus produtos.

O que é Agroecologia? Benefícios, desafios e importância

O que é Agroecologia? Benefícios, desafios e importância (abre em outra janela)

Influência do agronegócio

O agronegócio brasileiro é um dos setores mais importantes da economia nacional porque responde por cerca de 25% do PIB e por 38% das exportações do país. No entanto, o seu crescimento acelerado nas últimas décadas tem gerado impactos e desafios socioambientais, que são desconsiderados em relação ao ODS 2 no Brasil, que visa promover a agricultura sustentável.

O problema do agronegócio brasileiro é a alta concentração de terras, com um pequeno número de grandes proprietários controlando a maior parte da área agrícola do Brasil. Em suma, essa concentração contribui para o aumento da desigualdade social no campo. Ou seja, com muitos pequenos agricultores e trabalhadores rurais enfrentando dificuldades para acessar terra, crédito e outros recursos.

Quais as vantagens e desvantagens do agronegócio no Brasil? (abre em outra janela)

Desafios da Agricultura do ODS 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável no Brasil

A falta de acesso à terra é um dos principais desafios do ODS 2 enfrentados pelos pequenos produtores familiares no Brasil, principalmente mulheres, povos indígenas e migrantes. Além disso, a água potável é um recurso vital para a produção agrícola, mas o acesso à água potável é um desafio para muitos pequenos produtores familiares.

Por um lado, o acesso a serviços financeiros é essencial para que os pequenos produtores familiares possam investir em suas propriedades e aumentar sua produtividade. Por outro lado, a falta de acesso a mercados é um desafio do ODS 2 para que eles possam vender seus produtos a preços justos.

Principalmente, a falta de acesso a conhecimento e assistência técnica é um desafio para que os pequenos produtores familiares possam adotar novas tecnologias e práticas agrícolas mais eficientes.

Categoria Problemas na Agricultura

Necessidade de investimentos

Muitos agricultores não têm conhecimento suficiente sobre os benefícios da agricultura sustentável e as práticas que podem ser adotadas. A adoção de práticas agrícolas sustentáveis pode exigir investimentos em novas tecnologias, insumos e assistência técnica. Isso tem se tornado um desafio para muitos agricultores, especialmente os pequenos produtores familiares.

Por isso, são necessárias políticas públicas para enfrentar os desafios do ODS 2, que incentivem a adoção da agricultura sustentável no Brasil. Esse é um desafio para a transição para sistemas de produção de alimentos mais sustentáveis. Além disso, as mudanças climáticas podem representar um risco para a agricultura sustentável. Afinal, ela aumenta a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos, como secas e inundações.

A aplicação indiscriminada de agrotóxicos na agricultura moderna no Brasil contribui para a erosão genética das espécies e dificulta o avanço das metas do ODS 2. Essa prática seletiva elimina variedades menos resistentes a pragas e doenças, diminuindo a diversidade genética e tornando as culturas mais suscetíveis a novos desafios.

Além disso, a busca por alta produtividade e uniformidade nas plantações leva à padronização das variedades cultivadas, reduzindo a diversidade genética presente nos campos. Essa monocultura genética torna os sistemas agrícolas mais vulneráveis a pragas, doenças e mudanças climáticas.

Manter a biodiversidade

A expansão desenfreada da fronteira agrícola para a produção de commodities como soja e carne bovina tem levado ao desmatamento, à perda de habitat natural e à fragmentação de populações de espécies selvagens. O uso intensivo de agrotóxicos na produção agrícola pode contaminar o solo e a água, afetar a polinização e a reprodução de diversas espécies, e contribuir para a perda de biodiversidade.

O que é a Biodiversidade? Para entender e ajudar a proteger!

O que é a Biodiversidade? Para entender e ajudar a proteger! (abre em outra janela)

As mudanças climáticas podem impactar negativamente a distribuição e a abundância de espécies selvagens, além de aumentar o risco de extinção de algumas espécies.

Causas da volatilidade dos preços dos alimentos

As flutuações na produção agrícola devido a eventos climáticos, pragas e doenças, além de mudanças na demanda por alimentos impulsionadas pelo crescimento populacional, urbanização e alterações nos padrões de consumo. Além disso, a participação de especuladores nos mercados de commodities agrícolas pode amplificar as flutuações de preços e desestabilizar os mercados. Por isso, a falta de informações precisas sobre produção, estoques e demanda global levam a decisões de investimento equivocadas e contribuir para a volatilidade dos preços. Bem como, as políticas agrícolas protecionistas, como subsídios e barreiras comerciais, podem distorcer os preços dos alimentos e aumentar a volatilidade.

Por que investir na agricultura sustentável no Brasil?

A agricultura sustentável pode aumentar a produtividade agrícola, garantindo mais alimentos para uma população crescente. Com a adoção de práticas agrícolas sustentáveis pode contribuir para a segurança alimentar, reduzindo a fome e a desnutrição.

Além disso, a agricultura sustentável promove a preservação dos recursos naturais, como solo, água e biodiversidade. Por isso, a agricultura sustentável pode ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e se adaptar a elas.

Enfim, a agricultura sustentável pode gerar renda e impulsionar o desenvolvimento rural, especialmente nos países em desenvolvimento.

Referências de pesquisa

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