MOVIMENTO EU SOU ECO

ECOANDO A SUSTENTABILIDADE

ECOPÉDIA

Enciclopédia da Sustentabilidade

Convenção sobre Diversidade Biológica – O que é e seus objetivos

Convenção Biológica da Biodiversidade
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) – O que é? O Brasil é um dos países signatários e tem um papel importante na sua implementação.

Tempo estimado de leitura: 9 minutos

Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB)

O que é?

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) é um tratado internacional multilateral que visa a proteção e o uso sustentável da biodiversidade em cada país signatário. Adotada em 1992 na Rio-92, entrou em vigor em 1993 e conta com 196 Partes (países signatários).

Objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica – Eco 92

A CDB possui três objetivos principais:

Conservação da diversidade biológica: proteger a variedade de vida em todos os níveis, desde genes até ecossistemas.

Uso sustentável dos componentes da biodiversidade: garantir que os recursos naturais sejam utilizados de forma a não comprometer sua disponibilidade para as futuras gerações.

Repartição justa e equitativa dos benefícios oriundos do uso dos recursos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados: assegurar assim que os países e comunidades que detêm a biodiversidade recebam uma compensação justa pelo seu uso.

O Impacto da ECO 92 no Combate às Mudanças Climáticas

O Impacto da ECO 92 no Combate às Mudanças Climáticas

Princípios da Convenção sobre Diversidade Biológica – Eco 92

A CDB se baseia em diversos princípios, como:

Soberania nacional sobre os recursos biológicos: cada país tem o direito de explorar seus próprios recursos.

Responsabilidade pela conservação da biodiversidade: cada país é responsável por proteger sua biodiversidade.

Precaução: em caso de risco de dano à biodiversidade, medidas de precaução devem ser tomadas.

Acesso à informação e participação pública: os países devem garantir o acesso à informação sobre a biodiversidade, bem como a participação do público na tomada de decisões.

Estrutura

A CDB possui diversos órgãos e mecanismos para sua implementação, como:

Conferência das Partes (COP): órgão supremo da CDB, composto por representantes de todos os países signatários.

Subsidiária Órgão Científico, Técnico e Tecnológico (SBSTTA): fornece assessoria científica e técnica à COP.

Secretariado da CDB: administra a CDB e fornece apoio às Partes.

Resultados da Convenção sobre Diversidade Biológica

A CDB teve um papel importante na promoção da conservação da biodiversidade e do uso sustentável dos recursos naturais. Algumas das principais conquistas da CDB incluem, por exemplo:

  • Aumento da área de terras protegidas em todo o mundo.

  • Desenvolvimento de planos nacionais de biodiversidade.

  • Aumento da consciência sobre a importância da biodiversidade.

Desafios

Apesar dos progressos, ainda há muitos desafios para a CDB, como por exemplo:

  • Perda contínua da biodiversidade.
  • Exploração insustentável dos recursos naturais.

A CDB e o Brasil:

O Brasil é um dos países signatários da CDB e tem um papel importante na sua implementação. O país possui uma rica biodiversidade, bem como é um dos líderes mundiais na conservação ambiental.

A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB): Uma análise aprofundada

Reconhecimento histórico e abrangência

A CDB marca assim um marco no direito internacional ao reconhecer a conservação da biodiversidade como “uma preocupação comum da humanidade” e um componente essencial do desenvolvimento. Por isso, abrange todos os ecossistemas, espécies e recursos genéticos, conectando os esforços de conservação tradicionais com as metas econômicas de uso sustentável dos recursos biológicos.

Princípios inovadores

A Convenção estabelece princípios para a repartição justa e equitativa dos benefícios da utilização dos recursos genéticos, principalmente para fins comerciais. Além disso, também se debruça sobre o campo em rápida expansão da biotecnologia através do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, que trata do desenvolvimento e transferência de tecnologia, da partilha de benefícios e de questões de biossegurança.

É importante destacar que a CDB é juridicamente vinculante, o que significa que os países que a assinam (“Partes”) são obrigados a aplicar suas disposições. Isso representa, portanto, um compromisso significativo com a proteção da biodiversidade em nível global.

Mudança de paradigma

A Convenção lembra aos tomadores de decisão que os recursos naturais não são infinitos e propõe uma filosofia de uso sustentável. Ao passo que os esforços de conservação anteriores se concentravam na proteção de espécies e habitats específicos, a CDB reconhece que os ecossistemas, espécies e genes devem ser utilizados para o benefício da humanidade. No entanto, essa utilização deve ser feita de forma e ritmo que não levem à diminuição da biodiversidade a longo prazo.

Consequências e implicações

A CDB tem implicações de longo alcance para diversos setores, como:

Conservação da natureza: A CDB impulsiona a criação de áreas protegidas, a gestão sustentável de recursos naturais, bem como a recuperação de habitats degradados.

Desenvolvimento sustentável: A Convenção promove a integração da biodiversidade em políticas e práticas de desenvolvimento em diferentes setores, como por exemplo: a agricultura, a pesca, o turismo e a indústria.

Pesquisa e desenvolvimento: A CDB incentiva a pesquisa científica sobre a biodiversidade e o desenvolvimento de tecnologias para sua utilização sustentável.

Biotecnologia: O Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança garante que a biotecnologia seja utilizada de forma segura e responsável, com base no princípio da precaução.

Justiça social e equidade: A CDB reconhece os direitos dos povos indígenas e comunidades locais sobre seus recursos genéticos e conhecimentos tradicionais, e promove a repartição justa e equitativa dos benefícios da biodiversidade.

A CDB em ação:

Desde sua adoção em 1992, a CDB tem guiado os esforços internacionais para proteger a biodiversidade. Por isso, as Partes da Convenção se reúnem periodicamente na Conferência das Partes (COP) para avaliar os progressos, definir metas e prioridades e tomar decisões sobre sua implementação.

Desafios e perspectivas:

Apesar dos progressos alcançados, ainda há muitos desafios a serem superados, como por exemplo: a perda contínua de biodiversidade, as mudanças climáticas, a poluição e a exploração insustentável dos recursos naturais. A implementação eficaz da CDB e seus protocolos é fundamental para garantir a conservação da biodiversidade e o uso sustentável dos recursos naturais para as gerações presentes e futuras.

O que é uma COP? Você sabe o que é uma conferência das partes?

O que é uma COP? Você sabe o que é uma conferência das partes?

A Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB):

Composição e papel fundamental

A COP, composta por representantes de todos os países e organizações de integração econômica regional que ratificaram a CDB, é o principal órgão decisório da Convenção. Assume um papel fundamental na promoção da implementação eficaz da CDB, bem como na orientação dos esforços internacionais para a proteção da biodiversidade.

O que é uma COP? Você sabe o que é uma conferência das partes?

Funções e responsabilidades

As principais funções da COP incluem:

Análise do progresso: A COP avalia periodicamente os progressos realizados na implementação da CDB, com base em relatórios nacionais e outras fontes de informação.

Definição de prioridades: A COP identifica as prioridades para a ação futura, com base nas avaliações de progresso e nas necessidades emergentes.

Planos de trabalho: A COP elabora planos de trabalho para orientar as ações dos países e das partes interessadas na implementação da CDB.

Emendas à Convenção: A COP pode propor e aprovar emendas à Convenção, adaptando-a às novas realidades e desafios.

Órgãos consultivos: A COP pode criar órgãos consultivos de especialistas para fornecer assessoria científica e técnica sobre temas específicos.

Avaliação de relatórios: A COP examina os relatórios nacionais sobre a implementação da CDB, avaliando o cumprimento das obrigações pelos países-membros.

Colaboração internacional: A COP promove a colaboração com outras organizações e acordos internacionais para alcançar os objetivos da CDB.

Funcionamento e periodicidade

As reuniões da COP são realizadas a cada dois anos, em local pré-determinado. Tomadas por consenso, sempre que possível, ou por maioria qualificada de votos. A primeira COP foi realizada em 1994 e, desde então, a COP se reuniu 15 vezes, a última em Montreal, Canadá, em dezembro de 2022.

Desafios e perspectivas

A COP enfrenta diversos desafios, como:

Garantir a implementação eficaz da CDB: A COP precisa incentivar os países a cumprirem suas obrigações e metas de conservação da biodiversidade.

Mobilizar recursos financeiros: A COP precisa mobilizar recursos financeiros suficientes para financiar a implementação da CDB.

Promover a cooperação internacional: A COP precisa fortalecer a cooperação internacional para enfrentar os desafios globais que afetam a biodiversidade.

Envolver a sociedade civil: A COP precisa aumentar a participação da sociedade civil na tomada de decisões e na implementação da CDB.

Conclusão:

A COP é um instrumento fundamental para a governança global da biodiversidade. Através de seu papel de liderança, a COP pode promover a ação concertada e eficaz para assim proteger a biodiversidade e garantir o seu uso sustentável para as gerações presentes e futuras.

PDF da Convenção sobre Diversidade Biológica

Desenvolvido por EmbedPress

Referências de pesquisa

Continue o raciocínio

Deixe sua impressão

Seja um Eco - Compartilhe e ajude o planeta!

Respostas

Relacionados

Traduzir »
logo 123 ecos