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Orientar ou Educar para a Sustentabilidade? Qual a diferença?

Orientar e treinar
Deveríamos mobilizar a criatividade, os ideais e os nossos valores e dos jovens para orientar e treinar para a sustentabilidade.

Tempo estimado de leitura: 6 minutos

Orientar e educar para a sustentabilidade são a mesma coisa?

Orientar, conscientizar e treinar para a sustentabilidade é um conceito “óbvio”. Mas, poucos países o aplicam com eficiência. Além disso, muitos confundem orientar (conscientizar) com educar. Educar é diferente, é dizer como algo deve ser feito, enquanto orientar é indicar a direção, nortear.

Neste post vamos mostrar que esses conceitos podem ser trabalhados sob um novo ponto de vista. Afinal, eles não são a mesma coisa.

Ou seja:

Posso educar uma ação (educação) ou orientar a ação (orientação). Entender isso traz uma nova perspectiva para toda e qualquer atitude a ser tomada nas nossas escolas.

Diferença entre orientar e educar

Orientar e educar são conceitos distintos, especialmente quando se trata de sustentabilidade. Vamos esclarecer a diferença entre eles:

  • Orientar: Orientar é fornecer uma nova direção, guiar ou apenas indicar um caminho a ser seguido. No contexto da sustentabilidade, a orientação pode ser oferecida por meio de informações, diretrizes, dicas e práticas recomendadas para promover ações sustentáveis.
    Ou seja, quando uma criança tira suas próprias conclusões sobre os problemas ambientais, ela passa a direcionar suas ações com base em sua própria consciência, e não na nossa.
  • Educar: Educar, por outro lado, envolve a transmissão de conhecimento e compreensão mais aprofundados sobre o tema da sustentabilidade. Quando educamos uma ação, afirmamos uma “verdade” que não vem dando certo. Se ditamos regras, apenas transferimos os mesmos erros que cometemos em relação à natureza, que aliás vem causando muitos problemas climáticos.

A saída pode ser a orientação sustentável, que busca desenvolver a conscientização sobre os desafios ambientais, sociais e econômicos enfrentados pela humanidade e explorar as soluções possíveis.

Isso significa incluir a incorporação de conceitos de sustentabilidade em currículos escolares, realizar campanhas de conscientização sobre questões ambientais ou o oferecer treinamentos mais aprofundados sobre práticas sustentáveis em setores específicos da sociedade.

Orientar e educar para a sustentabilidade precisam dar as mãos

Orientar (conscientizar) e educar para a sustentabilidade se complementam, mas têm abordagens distintas. Ou seja, a orientação pode ser uma forma inicial de introduzir práticas sustentáveis de forma prática e acessível, enquanto a educação oferece uma compreensão mais profunda dos princípios e desafios da sustentabilidade. Esta nova visão permite que as pessoas tomem decisões mais informadas, bem como proativas em relação ao tema.

Educação de Qualidade – ODS 4 da ONU: faltou o conceito da conscientização? (Abre numa nova aba do navegador)

Então, claro que ambos os enfoques são importantes para a promoção da sustentabilidade, pois contribuem para a conscientização e também para a ação em direção a um futuro mais sustentável e equilibrado para as gerações presentes e futuras.

Orientar e treinar para a sustentabilidade
Orientar e treinar para a sustentabilidade

Como estão fazendo os países que estão conseguindo mais resultados?

Os 4 países eleitos pela ONU como os mais sustentáveis do mundo, que são Dinamarca, Suécia, Finlândia e França, abandonaram as suas crenças. Eles passaram a orientar as ações das pessoas para a sustentabilidade em vez de apenas educá-los, ditar regras e multá-las. Por isso estão sendo premiados por seus resultados.

Veja bem, a maioria dos países ainda acredita que a solução é criar mais leis, aplicar mais multas e fiscalizar. Então, a pergunta é: isso está funcionando?

Já foi mais que constatado que não. Tanto que alguns países já estão mudando a forma de trabalhar com a sustentabilidade.

E o Brasil? Bom, por aqui muito se investe na questão da “sustentabilidade”. Temos legislações completas, recheadas de normas e multas para punir os responsáveis. Gastamos milhões com sistemas de fiscalizações e mesmo assim os problemas ambientais aumentam a cada ano.

Além disso, as escolas brasileiras, por exemplo, estão, em sua maioria, apenas transferindo crenças ditadas por planos apenas focados em educar, e não orientar.

O que fazer então?

Precisamos de escolas mais orientadoras e menos educadoras

Chegou o momento de repensar tudo o que foi conquistado até agora. Principalmente analisar o que faltou e onde podemos trabalhar para melhorar nossas ações.

Por isso, orientar, conscientizar e treinar para a sustentabilidade é a peça que está pouco mencionada na Agenda 2030 da ONU e que estabelece a educação de qualidade como uma meta para 2030.

Precisamos nos perguntar: por que não está funcionando e como pode funcionar?

Como podemos orientar nossos estudantes?

Orientar e treinar para sustentabilidade ambiental, muito mais do que apenas educar, precisa ser um projeto global que visa trazer uma nova geração de cidadãos. E esta nova geração, então, pode:

  • Oferecer treinamento e orientação aos seus filhos. Assim, as crianças podem receber de seus professores e de seus pais uma abordagem crítica de como o mundo funciona;
  • Permitir que sejam capazes de construir uma leitura política própria dos acontecimentos, e não simplesmente receber uma transmissão de nossas crenças;
  • Possibilitar que sejam ouvidos e assim possam expressar a criatividade, a imaginação e, tanto quanto, ser ativos e participativos;
  • Estar dispostos a construírem novos modelos de vida; e
  • Estar prontos para reavaliar suas formas de pensar e agir. Em suma, que não tenham vergonha de se expor trazendo novos pontos de vista.

Claro que as escolas são fundamentais nesse processo. Elas são o caminho a ser trilhado, desde que se tornem mais conceituais e orientadoras, e menos educadoras.

Não podemos construir o futuro para nossa juventude, mas podemos construir nossa juventude para o futuro.

Franklin D Roosevelt

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