ODS 6: Água Potável e Saneamento – um direito de todos

ODS 6 - Água potável e saneamento

O que é o ODS 6 (Água Potável e Saneamento)?

O ODS 6, que também é conhecido como Água limpa e saneamento, é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Estude neste artigo, as metas, desafios e progressos do ODS 6 no Brasil e no mundo.

Desafios ODS 6

As metas do ODS 6 – ONU

Meta 6.a – ONU – ODS 6:

Até 2030, ampliar a cooperação internacional e o apoio à capacitação para os países em desenvolvimento em atividades e programas relacionados à água e saneamento. Incluindo: a coleta de água, a dessalinização, a eficiência no uso da água, o tratamento de efluentes, a reciclagem, bem como as tecnologias de reuso.

Meta 6.b – ONUODS 6

Uma das metas é apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais, para melhorar a gestão da água e do saneamento.

Meta 6.c – ONU:

Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todos os níveis.

Meta 6.1ONU:

Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todos é uma das metas importantes da ONU para o ODS 6.

Meta 6.2 – ONU:

Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessidades das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade.

Meta 6.3 – ONU:

ONU: Até 2030, melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando despejo e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo à metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e reutilização segura globalmente.

Meta 6.4 – ONU:

Até 2030, aumentar substancialmente a eficiência do uso da água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que sofrem com a escassez de água.

Meta 6.5- ONU:

Até 2030, implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça, conforme apropriado.

Meta 6.6 – ONU:

Até 2020, proteger e restaurar ecossistemas relacionados com a água, incluindo montanhas, florestas, zonas úmidas, rios, aquíferos e lagos.

As metas relativas à gestão dos recursos hídricos do ODS 6

Algumas questões importantes também são previstas no ODS 6 no que se refere à possibilidade de trabalho cooperado para a gestão dos recursos hídricos. Isso prevê como meta, por exemplo, a implementação da gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis, inclusive via cooperação transfronteiriça.

Também se torna essencial, quando se pensa na gestão sobre os recursos hídricos do ODS 6, a previsão para o desenvolvimento de políticas públicas, metas e acordos multinacionais para que haja a proteção e, quando necessária, a restauração, dos ecossistemas relacionados com a água, o que inclui, por exemplo, as montanhas, as florestas, as zonas úmidas, os rios, os aquíferos e lagos.

ODS 6, Água Potável e Saneamento, um direito de todos

Por mais que pareça algo extremamente usual, ter água potável disponível e saneamento básico, como prevê as metas do ODS 6, é um direito que ainda está longe de ser universalizado. Por isso, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da agenda 2030 da ONU, trazem essa questão fundamental, para que a vida das pessoas possa ser respeitada e plena, sem riscos extremos à saúde devido à ausência desses dois itens vitais.

Pensando nisso, este objetivo é claro ao dizer que não há situação ideal no meio termo. É importante que todos tenham assegurada a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento.

Comparação entre Dados Globais e do Brasil em Relação ao ODS 6

O ODS 6, “Água potável e saneamento”, é crucial para a saúde humana, o desenvolvimento social e a proteção ambiental. Avaliação dó progresso do ODS 6 no Brasil em ralação ao mundo.

Dados sobre acesso à Água Potável no mundo e no Brasil:

ODS 6 no Mundo – Acesso à Água Potável – Em 2020, 2,2 bilhões de pessoas ainda não tinham acesso à água potável segura, segundo a ONU. Isso representa cerca de 3% da população mundial.

ODS 6 no Brasil a Saneamento Básico: Em 2021, 34,2 milhões de brasileiros não tinham acesso à água potável tratada, de acordo com o IBGE. Isso representa cerca de 16% da população rural.

Acesso ao Saneamento Básico:

ODS 6 no Mundo – Acesso a Saneamento Básico: Em 2020, 3,6 bilhões de pessoas ainda não tinham acesso a instalações de saneamento básico adequadas, segundo a ONU. Isso representa cerca de 45% da população mundial.

ODS 6 no Brasil a Saneamento Básico: Em 2021, 39,1 milhões de brasileiros não tinham acesso à coleta de esgoto, de acordo com o IBGE. Isso representa cerca de 19% da população rural.

Progressos e Desafios do ODS 6 no mundo e no Brasil

ODS 6 no Mundo progressos e desafios: Houve progressos significativos no acesso à água potável e ao saneamento básico nas últimas décadas. Porém, ainda há um longo caminho a percorrer. O aumento da população, as mudanças climáticas e a urbanização pressionam ainda mais os recursos hídricos. Por isso, é necessário investir em infraestrutura, gestão de recursos hídricos e educação ambiental para alcançar o ODS 6.

ODS 6 no Brasil – Progressos e desafios:

O Brasil fez progressos importantes no acesso à água potável e ao saneamento básico em relação ao ODS 6 nos últimos anos, mas ainda há desafios consideráveis. Além disso, a aprovação do Novo Marco Legal do Saneamento em 2020 é um passo importante para universalizar o acesso à água potável e ao saneamento básico até 2033. Afinal, é necessário fortalecer a governança, aumentar investimentos e garantir a participação da sociedade civil para enfrentar os desafios e alcançar as metas do ODS 6.

Em conclusão progressos e desafios do ODS 6

Tanto no cenário global quanto no Brasil, a falta de acesso à água potável e ao saneamento básico é mais frequente em áreas rurais, comunidades de baixa renda e populações marginalizadas.

Além disso, a falta de investimentos em infraestrutura, como sistemas de tratamento de água e esgoto, é um dos principais desafios para alcançar o ODS 6.

Outro desafio do ODS 6 de extrema importância e é o combate da poluição por agrotóxicos, por esgoto e outros resíduos, que representam séria ameaça à qualidade da água potável.

Aciam de tudo, a intensificação da seca e outros eventos climáticos extremos podem dificultar o acesso à água potável e impactar negativamente os sistemas de saneamento nos objetivos do ODS 6.

Progressos do ODS 6 – Água Potável e Saneamento

O Brasil já fez progressos significativos no acesso à água potável e ao saneamento básico, ODS 6. Entre 2004 e 2018, o número de pessoas com acesso à água potável tratada aumentou de 78,2% para 89,7%, enquanto o acesso à coleta de esgoto passou de 54,3% para 81,6%.

Já no cenário global, o número de pessoas com acesso à água potável segura gerenciada aumentou de 61% para 71% entre 2000 e 2015. Um grande progresso do Brasil em relação ao ODS 6.

Importância do ODS 6

O ODS 6, também conhecido como “Água limpa e saneamento”, é fundamental por diversas razões que impactam diretamente a vida humana e a saúde do planeta:

O acesso à água potável e saneamento básico (ODS6) é essencial para prevenir doenças infecciosas, como diarreia, cólera e hepatite A. Essas doenças se propagam pela falta de higiene e saneamento inadequado, afetando principalmente crianças e comunidades vulneráveis.

Além disso, a falta de água potável e saneamento básico (ODS 6) compromete a produtividade das pessoas, já que afeta sua saúde e bem-estar. Além disso, limita o desenvolvimento econômico, pois impacta o turismo, a agricultura e a indústria.

Se duvidas que o acesso à água potável e saneamento básico (ODS 6) é um direito humano fundamental e proporciona dignidade e melhora a qualidade de vida da população. Afinal, pessoas com acesso a esses serviços básicos podem dedicar seu tempo a atividades produtivas e de lazer.

Portanto, o saneamento inadequado contamina rios, lagos e oceanos com esgoto e resíduos, prejudicando a vida aquática e a saúde dos ecossistemas. Principalmente, a conservação da água potável evita a sobrecarga dos recursos hídricos e protege os mananciais.

Além do mais, mudanças climáticas tornam o ciclo da água mais imprevisível, podendo causar secas e inundações. Por isso, garantir o acesso universal à água potável e saneamento básico do ODS 6 torna as comunidades mais resilientes a esses eventos climáticos extremos.

Em resumo, o ODS 6 é crucial para alcançar um mundo saudável, próspero e sustentável. Sem água potável e saneamento básico para todos, o desenvolvimento humano, a igualdade social e a proteção do meio ambiente ficam comprometidos.

Análise do ODS 6 – Água potável e saneamento no Brasil

No Brasil, em relação ao ODS 6, as questões ligadas à distribuição de água potável e de saneamento são historicamente complexas. Afinal, há uma diferença muito grande na situação em que se encontra esse direito em cada lugar do país.

Alguns cenários, como o semiárido da região Nordeste, tem sido um desafio há muito tempo para que as pessoas tenham acesso à água. Porém, algumas ações desenvolvidas no Brasil para avançar no ODS 6, nas últimas décadas, foram fundamentais para começar a mudar essa realidade.

A utilização de tecnologias alternativas no Brasil, como as cisternas, para o aproveitamento das águas pluviais, que são irregulares, demonstraram ser um grande acerto para possibilitar o acesso de milhões de pessoas à água potável e consequentemente a alguns serviços de saneamento.

Melhorias em Indicadores Específicos do ODS 6 no Brasil:

Acesso à água potável tratada: O Brasil avançou de 83,5% em 2014 para 92,5% em 2020 no acesso a água potável do ODS 6. Prém ainda está abaixo da média global do ODS 6 que é de 92,7%.

Coleta de esgoto: O Brasil teve um aumento de 81,1% em 2014 para 85,4% em 2020 na coleta de esgoto do ODS6, mas ainda está longe da média global de 71,8%.

Tratamento de esgoto: O Brasil avançou de 51,9% em 2014 para 55,7% em 2020 no tratamento de esgoto do ODS 6, mas ainda está abaixo da média global de 62,8%.

ODS 6 - Como a ação humana tem reduzido os recursos hídricos?

Como a ação humana tem reduzido os recursos hídricos?

Perspectivas – Água Potável e Saneamento – no mundo e no Brasil

O Brasil tem o objetivo de alcançar o ODS 6 e o acesso universal à água potável e ao saneamento básico até 2033. O Novo Marco Legal de Saneamento Básico, aprovado em 2020, é um importante instrumento para alcançar progressos no ODS 6.

A ONU estima que, para alcançar o ODS 6 até 2030, será necessário investir US$ 114 bilhões por ano em infraestrutura de água potável e saneamento básico.

Relações do ODS 6 com outros ODS

O ODS 6 no Brasil e no mundo, se relaciona diretamente com as questões ambientais, que são muito importantes para que tenhamos um mundo sustentável. Afinal, só é possível fazer com que todos tenham acesso à água potável e ao saneamento se houver a possibilidade de que as fontes sejam preservadas, e o tratamento de efluentes e resíduos seja eficaz.

Portanto, o ODS 6 é complementado e complementa muito do que está previsto no ODS 11, que fala sobre comunidades e cidades sustentáveis. Além disso, no ODS 13, em que se destaca a ação contra a mudança global do clima. Também no ODS 14 e do ODS 15, que tratam da vida terrestre e na água.

ODS 6 no Brasil e no mundo, hoje e no futuro

Como é possível ver no site do monitoramento do ODS 6 da Plataforma da Agenda 2030, a escassez de água afeta cerca de 40% da população mundial. E este é um número que, segundo os especialistas, deverá subir ainda mais, principalmente devido ao aquecimento global e da gestão inadequada dos recursos naturais.

Por isso, esse ODS prevê a necessidade e a possibilidade de trilhar um novo caminho que nos leve à realização da distribuição da água. E isso deve ocorrer por meio da cooperação internacional, da proteção às nascentes, aos rios e às bacias. Também há a previsão de que haja o compartilhamento eficiente de tecnologias de tratamento de água.

Afinal, como todos sabemos, a água está no centro do desenvolvimento sustentável e das suas três dimensões: a ambiental, a econômica e a social. Os recursos hídricos, bem como os serviços a eles associados, sustentam os esforços de erradicação da pobreza, do crescimento econômico e da sustentabilidade ambiental.

Há algo que tem que ficar claro sempre, em qualquer discussão sobre o futuro do planeta: o acesso à água e ao saneamento importa para todos os aspectos da dignidade humana, da segurança alimentar e energética à saúde humana e ambiental.

ODS 6 - Água potável e Saneamento
Água potável e Saneamento – ODS 6


Resumo com perguntas e respostas

O que é o ODS 6?

O ODS 6 é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, focado em garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.

Quais são os principais objetivos do ODS 6?

Garantir o acesso universal e equitativo à água potável, segura e acessível para todos.
Assegurar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos e acabar com a defecação a céu aberto.

Melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando assim despejos e minimizando a liberação de produtos químicos e materiais perigosos.

Aumentar substancialmente o uso eficiente da água em todos os setores e assegurar retiradas e suprimentos sustentáveis de água doce.

Implementar a gestão integrada dos recursos hídricos em todos os níveis.

Por que o ODS 6 é importante?

O acesso à água potável e ao saneamento é essencial para a saúde humana e o bem-estar.

A gestão sustentável da água é vital para reduzir a pobreza, promover o crescimento econômico e principalmente preservar os ecossistemas.

Água limpa e saneamento adequado são fundamentais para prevenir doenças, bem como melhorar a qualidade de vida.

Quais são os desafios na implementação do ODS 6?

Escassez de água e degradação dos recursos hídricos devido ao crescimento populacional, urbanização e mudanças climáticas.

Infraestrutura inadequada e falta de investimentos em sistemas de água e saneamento.

Desigualdade no acesso a serviços de água e saneamento, principalmente em áreas rurais e comunidades marginalizadas.


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