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Revolução Industrial: consequências e impactos ambientais

Revolução industrial
Revolução Industrial, uma visão profunda, através de críticas, análise das vantagens e desvantagens, consequências e impactos ambientais

Tempo estimado de leitura: 13 minutos


O que é a Revolução Industrial?


A Revolução Industrial e suas causas, é conhecida como um período com fases de grandes transformações tecnológicas, sociais, de crescimento econômico, mas, com grandes impactos e consequências ambientais. Tudo isso começou na Grã-Bretanha no final do século XVIII e se espalhou para outros países da Europa e América do Norte no século XIX. Vamos conhecer a história da Revolução Industrial, as vantagens e desvantagens da industrialização, bem como as críticas sobre as consequências desse processo.

Por que é importante você estudar a revolução industrial?

Veja bem, devido aos interesses humanos, ao aumento populacional, ao abastecimento de necessidades, crescimento econômico e os desenvolvimentos tecnológicos, nós humanos, “evoluímos”. Essa “evolução” trouxe o crescimento industrial para atender as necessidades que acreditamos precisar.

Foi bom? Veja bem, a Revolução Industrial transformou completamente os paradigmas de produção, bem como o consumo nas sociedades modernas. Mas, em virtude disso, atualmente geramos excesso de CO2 (gás carbônico) e diversos outros tipos de gases. Como resultado, temos muitos efeitos que estão interligados.

Por isso, entender a Revolução Industrial é crucial para compreender as raízes históricas dos muitos problemas que enfrentamos hoje.

Então, vamos lá?

As principais características da Revolução Industrial:

A invenção de máquinas, como a máquina a vapor, a máquina de fiar e o tear hidráulico, substituiu o trabalho manual e possibilitou a produção em massa de bens. A indústria têxtil e a indústria siderúrgica foram as primeiras a serem mecanizadas, impulsionando o crescimento econômico.

Foto que retrata a Revolução Industrial
Obras de arte originais de Look and Learn n° 620 (1974).

O crescimento das fábricas atraiu trabalhadores do campo para as cidades (êxodo rural), que cresceram rapidamente e enfrentaram problemas como a falta de moradia e saneamento básico. Por isso, os trabalhadores (classe trabalhadora) se organizaram em sindicatos para lutar por melhores condições de trabalho.

A Revolução Industrial gerou grande riqueza para alguns, mas também aumentou a pobreza e a desigualdade social no mundo.


Fases da Revolução Industrial – história

A Primeira fase da Revolução Industrial: A Mecanização da Produção e o Início da Era Moderna

A Primeira Fase da Revolução Industrial, que se estendeu de 1760 a 1840, foi um período de transformações socioeconômicas sem precedentes, com a Grã-Bretanha como palco principal.

Descobertas na primeira fase da revolução industrial

Mecanização da Indústria Têxtil:

A invenção da máquina a vapor por James Watt em 1769 forneceu uma nova fonte de energia para as fábricas, substituindo a força humana e animal.

máquina de fiar de James Hargreaves (1764) e a Jenny de James Hargreaves (1770) multiplicaram a produção de fios.

O tear hidráulico de Edmund Cartwright (1785) automatizou a tecelagem.

Desenvolvimento da Indústria Siderúrgica:

A invenção do processo Bessemer em 1856 possibilitou a produção em massa de aço, um material mais resistente e versátil que o ferro.

A construção de pontes, ferrovias e navios de aço impulsionou a infraestrutura e o comércio.

Outras Inovações:

A invenção da máquina de costura por Elias Howe em 1846 revolucionou a indústria de vestuário.

O desenvolvimento da máquina de impressão por Johannes Gutenberg (século XV) democratizou o acesso à informação.


Segunda Fase da Revolução Industrial (1870-1914) – Estados unidos e Europa

Segunda fase da Revolução Industrial (1870-1914): Iniciou-se na Europa continental e nos Estados Unidos e caracterizou-se pelo desenvolvimento da indústria química, da indústria elétrica e da indústria automobilística. Foi uma fase de crescimento econômico.

Descobertas importantes da segunda fase da revolução industrial

A invenção da lâmpada incandescente por Thomas Edison em 1879 e a criação de sistemas de geração e distribuição de energia elétrica iluminaram as cidades, impulsionaram a indústria e possibilitaram o desenvolvimento de novos aparelhos eletrodomésticos.

A descoberta e invenção do motor a gasolina por Karl Benz em 1885 e a produção em massa de automóveis por Henry Ford a partir de 1908 revolucionaram o transporte, permitindo a locomoção individual e impulsionando a indústria automobilística.

A invenção do motor a diesel por Rudolf Diesel em 1892 possibilitou a criação de caminhões, ônibus e outros veículos pesados que impulsionaram o transporte de cargas e a logística.

Novas Indústrias na segunda fase da Revolução industrial:

A descoberta de novos processos químicos e a produção em massa de produtos químicos, como fertilizantes, medicamentos e corantes, impulsionaram a agricultura, a medicina e a indústria têxtil.

A invenção de diversos aparelhos eletrodomésticos, como a geladeira, o aspirador de pó e a máquina de lavar roupa, facilitou as tarefas domésticas e elevou o padrão de vida.

Outras Inovações da segunda fase da Revolução industrial

Desenvolvimento da radiografia: A invenção da radiografia por Wilhelm Röntgen em 1895 possibilitou diagnósticos médicos mais precisos e revolucionou a medicina.

Desenvolvimento da produção em massa: A invenção da linha de montagem por Henry Ford possibilitou a produção em massa de bens de consumo, reduzindo custos, aumentando a produtividade bem como proporcionou crescimento econômico em todo o mundo.

A invenção do telefone por Alexander Graham Bell em 1876 revolucionou a comunicação, permitindo a comunicação instantânea à distância.

Graham Bell telefone revolução industrial
Graham Bell telefone revolução industrial


Terceira Fase da Revolução Industrial (1960-presente)

A Terceira Fase da Revolução Industrial, também conhecida como Revolução da Informação, iniciou-se nos Estados Unidos e no Japão na década de 1960 e se estende até os dias atuais. Essa fase é caracterizada por um desenvolvimento acelerado de tecnologias que transformaram a forma como vivemos, trabalhamos e nos comunicamos.

Principais descobertas da terceira fase da Revolução Industrial

A invenção do transistor em 1947 e o desenvolvimento de microprocessadores possibilitaram a criação de computadores cada vez menores, mais potentes e acessíveis. Além disso, a criação da internet na década de 1960 e sua popularização a partir da década de 1990, revolucionou a comunicação e o acesso à informação. Agora, a inteligência artificial, em constante evolução, está transformando diversos setores da sociedade, como saúde, educação, transporte e segurança.

A invenção do robô industrial na década de 1960 automatizou diversas tarefas nas fábricas, aumentando a produtividade e a eficiência. Além disso, a robótica médica está revolucionando a medicina, permitindo cirurgias mais precisas e menos invasivas. A robótica espacial, por exemplo, possibilitou a exploração espacial e a realização de missões complexas em outros planetas.

Robótica década de 60
Robótica década de 60


Quarta Fase Revolução Industrial (indústria 4.0) – daqui para frente

A Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é um conceito que se refere à convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas que estão mudando a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com o mundo.

Principais tecnologias que caracterizam a Quarta Fase Revolução Industrial

A Inteligência Artificial (IA) permite que máquinas aprendam e tomem decisões autonomamente.

A Internet das Coisas (IoT) conecta objetos físicos à internet, permitindo que eles transmitam e recebam dados.

O Big Data refere-se à grande quantidade de dados que são gerados a partir da IoT e de outras fontes.

A impressão 3D é uma tecnologia que permite a criação de objetos tridimensionais a partir de modelos digitais.

Quando iniciou a informática e a inteligência artificial? A invenção do transistor em 1947 e o desenvolvimento de microprocessadores possibilitaram a criação de computadores cada vez menores, mais potentes e acessíveis. Além disso, a criação da internet na década de 1960 e sua popularização a partir da década de 1990, revolucionou a comunicação e o acesso à informação. Agora, a inteligência artificial, em constante evolução, está transformando diversos setores da sociedade, como saúde, educação, transporte e segurança. Quando iniciou a robótica? A invenção do robô industrial na década de 1960 automatizou diversas tarefas nas fábricas, aumentando a produtividade e a eficiência. Além disso, a robótica médica está revolucionando a medicina, permitindo cirurgias mais precisas e menos invasivas. A robótica espacial, por exemplo, possibilitou a exploração espacial e a realização de missões complexas em outros planetas. Quando iniciou a Biotecnologia? A engenharia genética permite a manipulação de genes para criar novos medicamentos, melhorar a agricultura e desenvolver novos produtos. Assim, a biotecnologia médica está revolucionando a medicina, possibilitando o desenvolvimento de novos tratamentos para doenças como o câncer e doenças neurodegenerativas. Já a biotecnologia industrial está sendo utilizada para criar novos produtos e processos mais sustentáveis.
Impressão 3D

Então, não temos como negar os avanços da indústria e da tecnologia, bem como precisamos admitir que estamos indo rápido demais. Agora teremos que repensar o crescimento econômico e os impactos dessa fome de avançar sem limites.

As Causas da Revolução Industrial

A Revolução Industrial, foi impulsionada por uma teia complexa de causas que se desenvolveram ao longo do tempo, principalmente entre os séculos XVIII e XIX. Por exemplo:

1. Causas Econômicas da Revolução Industrial

expansão do comércio internacional e o desenvolvimento do mercantilismo nas potências europeias geraram um acúmulo de capital significativo. Esse capital excedente buscava novas formas de investimento rentável, impulsionando o surgimento de indústrias.

Além disso, a descoberta e o aperfeiçoamento de novas fontes de energia, como o carvão mineral e a máquina a vapor, revolucionaram a produção industrial. Essas fontes de energia permitiam operar máquinas com maior potência e eficiência, impulsionando a mecanização da produção.

Principalmente, o crescimento populacional nas cidades, impulsionado pelo êxodo rural, criou um mercado consumidor em expansão para os produtos industrializados. Isso incentivava a produção em larga escala e a busca por novas tecnologias para atender à demanda crescente.

2. Causas Sociais da Revolução Industrial

burguesia, classe social composta por comerciantes, banqueiros e donos de fábricas, ascendeu como força econômica e social durante a Revolução Industrial. Essa classe buscava novas oportunidades de lucro e poder, investindo na industrialização e na expansão do comércio.

O sistema feudal, que dominava a organização social da época, foi gradativamente substituído pelo sistema capitalista. Nas fábricas, trabalhadores eram contratados para longas jornadas de trabalho em troca de salários, muitas vezes em condições precárias.

Uma das principais causas da Revolução Instrial foi que o processo de industrialização provocou um grande êxodo rural, com pessoas migrando do campo para as cidades em busca de oportunidades de trabalho nas fábricas. Essa migração acelerou o crescimento urbano e gerou novos desafios sociais, como a necessidade de moradia, saúde e educação para a crescente população urbana.

3. Causas Tecnológicas da Revolução Industrial

A Revolução Industrial foi marcada por um período de intensa inovação tecnológica, com o desenvolvimento de novas máquinas, ferramentas e processos produtivos. Invenções como a máquina fiadora Jenny, o tear Jacquard e a locomotiva a vapor representaram um salto tecnológico fundamental para a industrialização da época.

Além disso, o desenvolvimento de novos meios de transporte, como ferrovias e navios a vapor, facilitou o transporte de matérias-primas e produtos industrializados, impulsionando o comércio e a integração dos mercados.

surgimento de novas formas de comunicação, como o telégrafo, possibilitou uma comunicação mais rápida e eficiente entre empresas e mercados, facilitando a coordenação da produção e a expansão dos negócios.

4. Causas Políticas e Ideológicas:

relativa estabilidade política em alguns países europeus, como Grã-Bretanha e França, durante o período da Revolução Industrial, proporcionou um ambiente favorável ao investimento em novas tecnologias e à criação de empresas.

As ideias do Iluminismo, que valorizavam a razão, o progresso e a liberdade individual, influenciaram o desenvolvimento da Revolução Industrial. O pensamento iluminista incentivava a busca por novas tecnologias e a criação de novas formas de organização social e econômica.

Novas políticas governamentais: Alguns governos europeus adotaram políticas públicas que incentivaram a industrialização, como a concessão de subsídios, a criação de leis de proteção à propriedade intelectual e a construção de infraestrutura como portos e estradas.

5. Fatores Geográficos

disponibilidade de recursos naturais, como carvão mineral, ferro e outros minerais, em alguns países europeus facilitou o desenvolvimento da indústria. Esses recursos eram essenciais para a produção de energia, máquinas e ferramentas.

localização estratégica de alguns países europeus, com acesso ao mar e portos naturais, facilitava o comércio internacional e o transporte de matérias-primas e produtos industrializados.

clima temperado predominante na Europa durante o período da Revolução Industrial era favorável ao desenvolvimento da agricultura e à produção de alimentos para a crescente população urbana.

Referências de pesquisa

Livros:

  • “A Insustentabilidade da Revolução Industrial”, de Jorge Caldeira (2017)
  • “A Quarta Revolução Industrial”, de Klaus Schwab (2016)
  • “O Capital no Século XXI”, de Thomas Piketty (2013)
  • “O Desafio do Século XXI”, de Lester R. Brown (2012)
  • “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, de Yuval Noah Harari (2011)

Artigos sobre Revolução Industrial:

  • “A Insustentabilidade Ambiental da Revolução Industrial”, por Eduardo Gudynas (2011)
  • “As Consequências Sociais da Revolução Industrial”, por Eric Hobsbawm (1997)
  • “Os Impactos da Revolução Industrial na Saúde Pública”, por Michael F. Gill (2007)
  • “A Revolução Industrial e o Clima”, por Naomi Klein (2015)
  • “O Futuro do Trabalho na Era da Automação”, por Martin Ford (2015)

Sites:

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