Economia Verde, a salvação da Economia e do planeta – será?
Em 2009, através do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), um novo conceito de desenvolvimento surgiu. A promessa era eliminar as contradições entre o desenvolvimento das forças produtivas e a conservação dos recursos naturais. Assim, a chamada Economia Verde nasceu ancorada em um tripé que advogava pelo:
A noção de Economia Verde surge, portanto, para solucionar a crise no sistema econômico e salvar seus lucros. O objetivo desse modelo econômico não é preservar a natureza para que as próximas gerações possam usufruir de seus benefícios, mas sim preservar a natureza para que o sistema econômico possa usufruir de seus benefícios.
O Consumo Consciente
Em suma, a Economia Verde nasceu como uma rearticulação do sistema econômico mundial e encontrou no mercado de produtos sustentáveis o seu carro chefe de lucros. Mas como vender esses produtos? A crescente preocupação, por parte da sociedade, com a temática ambiental era e é o ponto de partida para a inserção dos produtos sustentáveis no mercado.
O que é Revolução Verde? (Abre numa nova aba do navegador)
Os impactos ambientais provenientes de um século de consumo desenfreado passaram a afetar diretamente a população mundial. Passamos a compreender, enquanto sociedade, que mudanças estruturais deveriam ser feitas.
O surgimento do Consumo Consciente passou a ser o caminho para a salvação do planeta Terra. em conclusão, o consumidor consciente se tornou a última fronteira frente às Mudanças Climáticas e suas implicações.
O que é consumo consciente? (Abre numa nova aba do navegador)
O meio ambiente foi violentado pois a sociedade não soube controlar sua ânsia de consumo. A lógica do Consumo Consciente, da economia verde e da sustentabilidade, joga no colo das pessoas comuns, como eu e você, o pesadíssimo fardo da degradação ambiental.
As Mudanças Climáticas são resultado direto do consumo excessivo e a única saída possível para esta situação periclitante é o processo de conscientização do consumidor.
O consumo consciente vai salvar o planeta? (Abre numa nova aba do navegador)
Quem ganha com a chamada economia verde?
A resposta é óbvia: Neste ponto do texto é importante lembrar que os precursores da Economia Verde são os mesmos economistas que defendem a lógica de acumulação de capital, bem como do desenvolvimento econômico continuo.
Entregar as rédeas do Desenvolvimento Sustentável nas mãos do consumidor e alegar que somente ele pode reverter essa situação significa, astutamente, isentar as grandes indústrias poluidoras de todo o processo de degradação que elas perpetraram em nome do lucro. Portanto, a criação do mito do Consumo Consciente é desde a sua gênese uma falácia.
Vamos por partes. Se agora os consumidores precisam ser conscientes, o que eles eram antes? Consumidores inconscientes? Pessoas que compravam sem saber que estavam comprando? Quais opções tinham esses consumidores inconscientes?
Quais opções eram dadas pela indústria? Ou, por um acaso, as linhas de detergentes biodegradáveis, que custam o dobro do preço e contém a metade do conteúdo, já existiam e estavam apenas escondidas em uma prateleira secreta dos supermercados?
E agora o ônus ambiental desta aventura de prosperidade pertence somente aos consumidores?
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