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ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis – Metas, desafios e avanços

Produção e Consumo consciente - consumir e identificar produtos insustentáveis
A ODS 12: Consumo e Produção Responsáveis, trata das metas e desafios diminuirmos o uso dos recursos naturais no Brasil e no mundo

Tempo estimado de leitura: 26 minutos

O que é o ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis?

O ODS 12, também conhecido como Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12, é um dos 17 objetivos definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015 que apresenta desafios e metas para o Brasil e o mundo. O foco do ODS 12 é garantir padrões de consumo e produção sustentáveis.

Isso significa basicamente mudar a forma como produzimos e consumimos as coisas. A ideia é usar recursos naturais de maneira eficiente, evitando o desperdício e adotando práticas de produção e consumo que não causem danos ao meio ambiente.

Não existe uma forma de pensar em um mundo sustentável sem pensar no consumo. Afinal, o impacto ambiental das nossas escolhas é enorme e o principal causador das ameaças que o planeta sofre, como, por exemplo, o aquecimento global.

E você? Como tem observado o seu consumo e a consequência dele para a sustentabilidade do planeta? Vem comigo vamos analisar o ODS 12!

Ods 12 metas e desafios
ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis – metas e desafios

Justificativas para o ODS 12

O grande problema do padrão atual de produção e consumo é que é linear, ou seja, baseado em “pegar-produzir-descartar”. Isso leva ao esgotamento de recursos naturais, à poluição ambiental e à geração excessiva de resíduos.

Outro problema é a extração desenfreada de recursos, uso intensivo de energia e geração de resíduos qu estão causando desmatamento, perda de biodiversidade, aquecimento global, acidificação dos oceanos e outros problemas ambientais graves. Lembrando que, a redução da poluição e a melhoria da gestão de resíduos têm impactos positivos diretos na saúde e bem-estar da população.

Além disso, o sistema atual beneficia principalmente os países desenvolvidos e as grandes corporações, enquanto gera impactos negativos desproporcionais sobre os países em desenvolvimento e as populações vulneráveis.

A crença da manutenção do capitalismo com o argumento de que é possivre crescer economicament através da transição para padrões de consumo e produção sustentáveis pode gerar novas oportunidades econômicas (para poucos), como na criação de tecnologias limpas, desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos e na economia circular.

E ai aí reside outro problema, ou seja, o consumo continua e a produção também. Então, a questão que se discute é: será que precisamos frear o consumo e o crescimento populacional? A resposta é sim, no entanto, o sistema capitalista faz com que os que estão no poder não aceitem deixar de lucrar cada vez mais.

ODS 12 desafios e metas no Brasil
Produzir, usar e retornar – um desafio para as metas do ODS 12 no Brasil

Economia Circular, O Caminho Natural Que Imita A Natureza (abre em outra janela para você ler depois)

Uma coisa é certa, precisamos mudar a forma como consumimos e produzimos. Isso sim é fundamental para garantir um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras.

O futuro do capitalismo em face da insustentabilidade ambiental

O futuro do capitalismo em face da insustentabilidade ambiental (abre em outra janela para você ler depois)

Análise da metas do ODS 12 – ONU- Consumo e Produção Responsáveis

Análise da meta 12.1 – do ODS 12ONUDesenvolvimento dos países

Implementar o Plano Decenal de Programas sobre Produção e Consumo Sustentáveis, com todos os países tomando medidas, e os países desenvolvidos assumindo a liderança, tendo em conta o desenvolvimento e as capacidades dos países em desenvolvimento.

Indicadores: Número de países que incorporam o consumo e a produção sustentáveis em planos de ação nacionais ou como uma prioridade ou uma meta nas políticas nacionais.

Situação atual da meta 12.1 do ODS 12 no Brasil – Desenvolvimento dos países

O Brasil ainda não incorporou plenamente o consumo e a produção sustentáveis em seus planos de ação nacionais ou como uma prioridade ou uma meta nas políticas nacionais.

Em 2021, o Brasil ocupava a 65ª posição no Índice de Sustentabilidade Ambiental (Índice ESI), elaborado pela EPI.

O país apresenta um desempenho fraco em indicadores como eficiência energética, gestão de resíduos sólidos e emissões de gases de efeito estufa. Por exemplo: O Brasil consome mais energia por unidade de PIB do que a média mundial. Grande parte da matriz energética nacional ainda depende de combustíveis fósseis, como carvão e óleo diesel, que são menos eficientes e mais poluentes. A perda de energia na rede elétrica brasileira é superior à média global.

Apesar dos desafios, o Brasil vem tomando algumas medidas para promover o consumo e a produção sustentáveis, como a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a Lei de Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC).

Desafios da meta 12.1 do ODS 12 no Brasil Desenvolvimento dos países

As políticas públicas relacionadas ao tema ainda são fragmentadas e setoriais. Além disso, a implementação de políticas públicas para o consumo e a produção sustentáveis exige investimentos significativos em infraestrutura, tecnologia e pesquisa.

Principalmente, a população ainda não tem um nível adequado de conscientização sobre a importância da redução do consumo e da produção para um equilíbrio sustentável à capacidade da natureza em repor.

Desigualdade social: A desigualdade social dificulta o acesso da população mais pobre a produtos e serviços sustentáveis.

Influência de padrões de consumo insustentáveis: A mídia e a publicidade ainda promovem, em grande parte, padrões de consumo insustentáveis.

Análise da meta 12.2 do ODS 12 – ONUConsumo e Produção Responsáveis

Alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais.

Indicador: Razão de extração de materiais domésticos (MRR) per capita.

Situação atual da meta 12.2 do ODS 12 no Brasil Consumo e Produção Responsáveis

O Brasil ainda enfrenta grandes desafios para alcançar a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais. Em 2020, a razão de extração de materiais domésticos (MRR) per capita no Brasil era de 8,1 toneladas. Ou seja, esse valor é superior à média mundial de 6,2 toneladas.

O país apresenta um alto consumo de recursos naturais, como água, madeira e minerais. Por isso, o consumo excessivo de recursos naturais está pressionando o meio ambiente e colocando em risco a segurança hídrica e alimentar do país.

Apesar dos desafios, o Brasil vem tomando algumas medidas para promover a gestão sustentável dos recursos naturais. Por exemplo: a implementação do Código Florestal Brasileiro e a Lei de Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC).

Desafios da meta 12.2 do ODS 12 no Brasil Consumo e Produção Responsáveis

Consumo excessivo de recursos naturais: O consumo excessivo de recursos naturais está pressionando o meio ambiente e colocando em risco a segurança hídrica e alimentar do país.

Desmatamento: O desmatamento é um dos principais problemas ambientais do Brasil e contribui para a emissão de gases de efeito estufa.

Poluição da água: A poluição da água é um problema grave que afeta a qualidade da água potável e dos rios e lagos do país.

Degradação do solo: A degradação do solo é um processo que reduz a fertilidade do solo e sua capacidade de produção.

Falta de infraestrutura para o manejo de resíduos sólidos: A falta de infraestrutura para o manejo de resíduos sólidos contribui para a proliferação de doenças e a contaminação do meio ambiente.

Avanços da meta 12.2 do ODS 12 no Brasil Consumo e Produção Responsáveis

O Código Florestal Brasileiro estabelece normas para a proteção das florestas e a promoção do uso sustentável dos recursos florestais.

Lei de Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC): A PNMC estabelece diretrizes para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas no Brasil.

Programa Nacional de Florestas: O Programa Nacional de Florestas visa promover o reflorestamento e a conservação das florestas no Brasil.

Programa Nacional de Saneamento Básico: O Programa Nacional de Saneamento Básico visa ampliar o acesso da população à água potável e ao esgotamento sanitário.

Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): A PNRS estabelece diretrizes para o gerenciamento adequado de resíduos sólidos urbanos.

Análise da meta 12.3 do ODS 12 – ONURedução do Desperdício de Alimentos no Brasil

Até 2030, reduzir pela metade o desperdício per capita global de alimentos em varejo e consumidores e reduzir as perdas alimentares ao longo das cadeias de produção e fornecimento, incluindo perdas pós-colheita e perdas na cadeia de frio.

Indicador: Razão per capita de perda e desperdício de alimentos.

Situação atual da meta 12.3 do ODS 12 no Brasil – Redução do Desperdício de Alimentos no Brasil

O Brasil ainda desperdiça uma grande quantidade de alimentos. Estima-se que o país desperdice cerca de 41,6 milhões de toneladas de alimentos por ano. Em suma, esse valor representa cerca de 12% da produção nacional de alimentos.

O desperdício de alimentos ocorre em todas as etapas da cadeia alimentar, desde a produção até o consumo.

ODS 12 - metas e desafios no Desperdício de Alimentos

Desperdício de Alimentos – O que fazer para reduzir? (abre em outra janela para você ler depois)

As principais causas do desperdício de alimentos no Brasil:

Perdas na colheita, armazenamento e transporte devido à falta de infraestrutura e tecnologia adequadas. A produção maior do que a demanda do mercado, levando ao desperdício de alimentos dos que não são vendidos. O descarte de alimentos que não atendem aos padrões estéticos rígidos do mercado, mesmo que estejam aptos para o consumo. Principalmente, o desconhecimento da população sobre a importância de evitar o desperdício de alimentos e sobre práticas de armazenamento e consumo adequados.

O desperdício de alimentos gera diversos impactos negativos, como por exemplo:
  • Impactos ambientais: Aumento da emissão de gases de efeito estufa, desmatamento para produção de alimentos que não serão consumidos e poluição da água por resíduos alimentares.
  • Impactos sociais: Aumento da insegurança alimentar, pois o desperdício reduz a disponibilidade de alimentos para a população.
  • Impactos econômicos: Perda de recursos financeiros investidos na produção de alimentos que não serão consumidos.

Desafios da meta 12.3 do ODS 12 no Brasil – Redução do Desperdício de Alimentos no Brasil

Dificuldade em quantificar o desperdício de alimentos em cada etapa da cadeia alimentar. Faltam dados precisos. Temos também, a necessidade de investimentos em infraestrutura para armazenamento, transporte e logística dos alimentos, além de tecnologias para reduzir as perdas na produção, bem como no processamento.

Por isso, temos a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de evitar o desperdício de alimentos e de promover práticas de consumo mais sustentáveis. Isso nos leva à necessidade de políticas públicas que incentivem a redução do consumo, da produção e desperdício de alimentos em todas as etapas da cadeia alimentar.

ODS 12 metas e desafios no desperdício de alimentos
Foto feita por: D A V I D S O N L U N A on Unsplash

Avanços da meta 12.3 do ODS 12 no Brasil – Redução do Desperdício de Alimentos no Brasil

  • A Criação da Lei de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece a obrigatoriedade da doação de alimentos excedentes para instituições de caridade.
  • A Criação do Programa Nacional de Redução do Desperdício de Alimentos (PNDA) que visa reduzir o desperdício de alimentos no Brasil por meio de ações como a promoção da doação de alimentos, a conscientização da população e o apoio à pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para reduzir as perdas na produção.

Além disso, diversas iniciativas no Brasil doam alimentos excedentes para instituições de caridade e comunidades carentes. As empresas estão começando a comercializar, por preços menores, alimentos que seriam descartados por não atenderem aos padrões estéticos do mercado.

Principalmente, estão surgindo cada vez mais campanhas de conscientização, realizadas para informar a população sobre a importância de evitar o desperdício de alimentos.

Análise da meta 12.4 do ODS 12 – ONUGestão de Produtos Químicos e Resíduos no Brasil

Até 2020, alcançar o manejo ambientalmente adequado dos produtos químicos e todos os resíduos, ao longo de todo o ciclo de vida destes, de acordo com marcos internacionais acordados, e reduzir significativamente a liberação destes para o ar, água e solo, para minimizar seus impactos negativos sobre a saúde humana e o meio ambiente.

Indicador: Proporção de estabelecimentos industriais com processos de produção que usam e liberam produtos químicos perigosos e que relatam ter implementado um sistema de gestão ambientalmente correto, de acordo com um marco nacional definido.

Situação atual da meta 12.4 do ODS 12 no Brasil – Gestão de Produtos Químicos e Resíduos no Brasil

O Brasil ainda enfrenta desafios para alcançar o manejo ambientalmente adequado de produtos químicos e resíduos. Assim, apesar de avanços nas últimas décadas, a gestão de produtos químicos e resíduos ainda é um problema ambiental no país.

Por exemplo: A falta de infraestrutura adequada para o tratamento e disposição final de resíduos perigosos é um dos principais desafios. A fiscalização do uso e do descarte de produtos químicos também precisa ser fortalecida.

Principalmente, a população nem sempre tem consciência dos riscos associados ao uso inadequado de produtos químicos e ao descarte incorreto de resíduos.

Desafios da meta 12.4 do ODS 12 no Brasil – Gestão de Produtos Químicos e Resíduos no Brasil

  • Falta de aterros sanitários e incineradores licenciados para o tratamento e disposição final de resíduos perigosos.
  • Falta de recursos humanos e tecnológicos para a fiscalização efetiva do uso e do descarte de produtos químicos e resíduos.
  • O crescimento da indústria gera um aumento na produção de resíduos industriais, exigindo um sistema de gestão eficiente.

Avanços da meta 12.4 do ODS 12 no Brasil – Gestão de Produtos Químicos e Resíduos no Brasil

O Brasil possui uma legislação ambiental relativamente avançada, que regulamenta o uso, o transporte, o armazenamento, o tratamento e a disposição final de produtos químicos e resíduos perigosos. Exemplos:

  • A Lei nº 6.938/1981 (Lei do Produto Químico): Regulamenta a produção, a importação, a exportação, a comercialização, o transporte, o armazenamento, o uso, a reciclagem, a disposição final, o registro e o controle de agrotóxicos, defensivos sanitários industriais, fertilizantes, corretivos, inoculantes e outros produtos químicos.
  • O Sistema Nacional de Gerenciamento de Resíduos Industriais (SNGRI): É um sistema informatizado que registra e acompanha o ciclo de vida dos resíduos industriais desde a geração até a disposição final.

Principalmente, algumas indústrias estão investindo em tecnologias limpas que reduzem a geração de resíduos e o uso de produtos químicos perigosos.

Análise da meta 12.5 do ODS 12 – ONURedução da Geração de Resíduos no Brasil

Reduzir significativamente a geração de resíduos, inclusive por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso.

Indicador: Taxa de reciclagem de resíduos sólidos urbanos.

Situação atual da meta 12.5 do ODS 12 no Brasil – Redução da Geração de Resíduos no Brasil

O Brasil continua a produzir uma grande quantidade de rejeitos que poderiam ser reaproveitados como resíduos sólidos. Estima-se que o país gere cerca de 106,7 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) por ano. Desse total, apenas cerca de 30% são reciclados. Os demais 70% são destinados para aterros sanitários ou lixões a céu aberto.

Assim, o alto índice de geração de resíduos e a baixa taxa de reciclagem geram diversos impactos negativos, como por exemplo:

  • Poluição do solo e da água: O descarte inadequado de resíduos contamina o solo e a água, afetando a qualidade ambiental, bem como a saúde da população.
  • Problemas de saúde pública: O acúmulo de lixo em áreas urbanas favorece a proliferação de vetores de doenças, como mosquitos e ratos.
  • Aumento dos custos com coleta e disposição final: O alto volume de resíduos gera um aumento nos custos com coleta e disposição final, onerando os municípios e a população.

Desafios da meta 12.5 do ODS 12 no Brasil – Redução da Geração de Resíduos no Brasil

  • Falta de usinas de reciclagem e cooperativas de catadores em diversos municípios brasileiros.
  • A população ainda não tem um nível adequado de conscientização sobre a importância da redução da geração de resíduos e da reciclagem.
  • Principalmente, falta de políticas públicas que incentivem a redução da geração de resíduos, a reciclagem e o reuso.
  • O custo da reciclagem ainda é elevado em comparação com o custo do descarte em aterros sanitários.

Avanços da meta 12.5 do ODS 12 no BrasilRedução da Geração de Resíduos no Brasil

  • A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece diretrizes para a gestão integrada de resíduos sólidos urbanos.
  • Criação do Programa Nacional de Reciclagem (PNR): O PNR visa ampliar a infraestrutura para reciclagem no Brasil e incentivar a participação da população na coleta seletiva.

Contudo, o número de municípios que oferecem coleta seletiva vem aumentando gradativamente. Por isso, o mercado de produtos reciclados vem crescendo no Brasil, impulsionado pela demanda por produtos sustentáveis.

Principalmente, precisamos de mais campanhas de conscientização, realizadas para informar a população sobre a importância da redução da geração de resíduos e da reciclagem.

Análise da meta 12.6 do ODS 12 – ONU – Adoção de Práticas Sustentáveis por Empresas no Brasil

Incentivar as empresas, especialmente as empresas grandes e transnacionais, a adotar práticas sustentáveis e a integrar informações de sustentabilidade em seu ciclo de relatórios.

Indicador: Número de empresas que adotam práticas de produção sustentáveis e que relatam publicamente sobre seu desempenho de sustentabilidade.

Situação atual da meta 12.6 do ODS 12 no Brasil – Adoção de Práticas Sustentáveis por Empresas no Brasil

O Brasil ainda tem um número relativamente baixo de empresas que adotam práticas sustentáveis e que relatam publicamente sobre seu desempenho de sustentabilidade.

Uma pesquisa realizada em 2021 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indicou que apenas 12% das empresas brasileiras possuem um programa de sustentabilidade formalizado. Além disso, apenas 4% das empresas brasileiras publicam relatórios de sustentabilidade.

A falta de adoção de práticas sustentáveis pelas empresas gera diversos impactos negativos, como:

  • Poluição, desmatamento, emissão de gases de efeito estufa e outros impactos negativos ao meio ambiente.
  • Desigualdade social, condições de trabalho precárias e outros impactos negativos à sociedade.
  • Perda de competitividade no mercado global, aumento dos custos de produção e outros impactos negativos à economia.

Desafios atual da meta 12.6 do ODS 12 no Brasil Adoção de Práticas Sustentáveis por Empresas no Brasil

  • Muitas empresas ainda não têm conhecimento dos benefícios da adoção de práticas sustentáveis.
  • O governo brasileiro ainda não oferece incentivos suficientes para que as empresas adotem práticas sustentáveis.
  • Falta de infraestrutura para a produção e o consumo de produtos sustentáveis.

Custo elevado da implementação de práticas sustentáveis: O custo da implementação de práticas sustentáveis ainda é elevado para muitas empresas.

Avanços da meta 12.6 do ODS 12 no Brasil Adoção de Práticas Sustentáveis por Empresas no Brasil

  • Criação da Lei Geral de Sustentabilidade (Lei nº 12.305/2010) estabelece princípios e diretrizes para a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil.
  • Criação do Índice de Sustentabilidade Empresarial Bovespa (ISE), um índice de ações que reúne empresas brasileiras com as melhores práticas em governança corporativa, responsabilidade social e ambiental.
  • Aumento do número de empresas que aderem aos Princípios da ONU para Empresas: um conjunto de diretrizes para empresas que visam promover o respeito aos direitos humanos, o meio ambiente e a luta contra a corrupção.
  • A demanda por produtos sustentáveis por parte dos consumidores está crescendo, o que incentiva as empresas a adotarem práticas mais sustentáveis.

Análise da meta 12.7 do ODS 12 – ONU – Aquisições Públicas Sustentáveis no Brasil

Procurar adquirir produtos e serviços sustentáveis ​​pelas instituições públicas.

Indicador: Porcentagem de compras públicas totais em bens e serviços que incorporam critérios de sustentabilidade ambiental e social.

Situação atual da meta 12.7 do ODS 12 no Brasil – Aquisições Públicas Sustentáveis no Brasil

O Brasil ainda está em fase inicial de implementação de compras públicas sustentáveis. Por exemplo, em 2021, apenas 3,4% das compras públicas federais incorporaram critérios de sustentabilidade ambiental e social. Assim, a falta de adoção de compras públicas sustentáveis pelas instituições públicas geram impactos negativos, como por exemplo:

  • Impactos ambientais: Aumento da poluição, do desmatamento e da emissão de gases de efeito estufa e um dos desafios das empresas em relação ao ODS 12 no Brasil.
  • Impactos econômicos: Perda de oportunidades para empresas que adotam práticas sustentáveis, aumento dos custos de compras públicas, bem como outros impactos negativos à economia.

Desafios da meta 12.7 do ODS 12 no Brasil – Aquisições Públicas Sustentáveis no Brasil

Muitas instituições públicas ainda não têm conhecimento sobre os benefícios das compras públicas sustentáveis e sobre como implementá-las. Além disso, o governo brasileiro ainda não oferece incentivos suficientes para que as instituições públicas adotem compras públicas sustentáveis. Também, um dos desafios do ODS 12 no Brasil é a falta de infraestrutura para a compra e o consumo de produtos e serviços sustentáveis.

Principalmente, o custo de produtos e serviços sustentáveis ainda pode ser mais elevado do que o de produtos e serviços tradicionais.

Avanços da meta 12.7 do ODS 12 no Brasil – Aquisições Públicas Sustentáveis no Brasil

  • A criação da Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/1993) permite que as instituições públicas adotem critérios de sustentabilidade ambiental e social nas licitações.
  • A criação da Política Nacional de Compras Públicas Sustentáveis (PNCPS) estabelece diretrizes para a implementação de compras públicas sustentáveis no Brasil.
  • Aumento do número de instituições públicas que aderem à Compra para Mudança (CPM) é uma iniciativa global que visa estimular a compra de produtos e serviços sustentáveis pelas instituições públicas.

A oferta de produtos e serviços sustentáveis no mercado brasileiro vem crescendo, o que facilita a compra por parte das instituições públicas.

Outras metas

  • Meta 12.a do ODS 12: Facilitar a adoção de padrões de consumo e produção sustentáveis ​​por todos.
  • Meta 12.b: Desenvolver e implementar ferramentas para monitorar e reportar o progresso em direção à produção e ao consumo sustentáveis.
  • Meta 12.c: Promover práticas de gestão sustentável da cadeia de suprimentos e contratos públicos.

Metas Locais:

  • Meta 12.3.1: Reduzir o desperdício de alimentos per capita em nível de varejo e consumidor e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e abastecimento, incluindo perdas pós-colheita.
  • Meta 12.5.1: Reduzir consideravelmente a geração de resíduos perigosos bem como outros resíduos de acordo com os quadros nacionais de classificação.
  • Meta 12.c.1: Adotar políticas de compras públicas sustentáveis ​​que promovam práticas de produção e consumo sustentáveis ​​conforme definido na Estrutura 10Y no Plano de Ação de Marrakech para a Produção e o Consumo Sustentáveis.

Realidade e Críticas ao ODS 12

Alguns argumentam que as metas focam demais em aumentar a eficiência da produção e do consumo, em vez de diminuir a quantidade total de recursos utilizados e produtos consumidos.

Essa crítica se baseia na ideia de que o crescimento econômico contínuo sob o sistema capitalista atual é incompatível com a sustentabilidade a longo prazo, e que a redução do consumo é essencial para proteger o planeta e assim garantir um futuro justo para todos.

Pontos de vista dos que defendem essa crítica:

Os movimentos ambientalistas argumentam que o foco na eficiência permite que empresas e governos continuem a explorar recursos naturais de forma insustentável, mesmo que com maior eficiência.

Os críticos do capitalismo argumentam que o sistema capitalista, por sua natureza, incentiva o consumo excessivo e a geração de resíduos, e que as metas do ODS 12 não fazem o suficiente para desafiar esse sistema.

A proposta mais interessante se fundamenta em um modelo de desenvolvimento baseado na suficiência, onde as pessoas consomem apenas o que realmente precisam, em vez de serem pressionadas a consumir cada vez mais.

Reflexão do desenvolvimento sustentável – análise profunda do conceito

Reflexão do desenvolvimento sustentável – análise profunda do conceito (abre em outra janela para você ler depois)

É importante considerar diferentes perspectivas:

Reduzir drasticamente o consumo global enfrenta desafios políticos, sociais e econômicos complexos. Mudar sistemas arraigados exige tempo, esforço e consenso global.

Então, as metas do ODS 12 podem ser vistas como um passo na direção certa, mesmo que não sejam perfeitas. Aumentar a eficiência pode ganhar tempo para que outras alternativas mais transformadoras sejam desenvolvidas e implementadas.

Diversidade de ações: O ODS 12 abrange um conjunto amplo de ações, incluindo incentivar a produção sustentável, reduzir o desperdício e promover mudanças nos padrões de consumo. A redução do consumo é um elemento importante, mas não o único.

Críticas à limitação do consumo:

  • Exclusão social: Limitar o acesso ao consumo pode ser visto como uma forma de perpetuar a exclusão social, impedindo que os mais pobres alcancem um padrão de vida decente.
  • Hipocrisia dos países ricos: Países desenvolvidos, que historicamente exploraram recursos de forma descontrolada, agora pedem aos países em desenvolvimento que limitem o consumo, o que gera críticas de hipocrisia.
  • Falta de acesso a bens básicos: Para muitos na pobreza, o consumo significa acesso a bens básicos como água potável, saneamento, moradia e educação, que são essenciais para o bem-estar e a dignidade humana.

Alternativas:

Em vez de limitar o consumo, o foco poderia estar em promover a suficiência, onde as pessoas consomem apenas o que realmente precisam, independentemente da renda. Além disso, incentivar a escolha de produtos sustentáveis, duráveis ​​e com baixo impacto ambiental, mesmo entre as populações de baixa renda.

Claro, combater a pobreza e promover a inclusão social através de medidas como redistribuição de renda gradual, em conjunto com acesso à educação de qualidade (com conscientização ambiental) – ODS 4 – e oportunidades de trabalho decente previstos no ODS 8.

Principalmente, reconhecer que a responsabilidade pela sustentabilidade deve ser compartilhada de forma justa entre todos os países e indivíduos, considerando as diferentes realidades e necessidades.

Avançando para um futuro sustentável e inclusivo na aplicação do ODS 12

  • Diálogo e colaboração: É fundamental um diálogo aberto e colaborativo entre diferentes grupos da sociedade, incluindo governos, empresas, sociedade civil e indivíduos, para encontrar soluções que sejam justas, equitativas e eficazes.
  • Políticas públicas adequadas: Governos devem implementar políticas públicas que promovam o consumo sustentável e inclusivo, como investimentos em infraestrutura verde, subsídios para produtos sustentáveis ​​e programas de educação ambiental.
  • Mudanças nos modelos de negócios: Empresas precisam repensar seus modelos de negócios, incorporando práticas sustentáveis ​​e éticas em toda a cadeia de valor, desde a produção até o consumo.
  • Empoderamento individual: Principalmente, conscientizar e empoderar os consumidores para que façam escolhas mais conscientes e responsáveis ​​em relação ao consumo.

Conclusão:

A questão do consumo sustentável e da inclusão social é complexa e exige soluções multifacetadas. Limitar o acesso ao consumo não é a única resposta, e sim um conjunto de medidas que promovam a justiça social, a sustentabilidade ambiental e a prosperidade econômica para todos. Através do diálogo, da colaboração e da ação conjunta, podemos construir um futuro onde o consumo beneficie a todos, sem comprometer o planeta para as próximas gerações.

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Referências de pesquisa

Organizações Internacionais:

Relatório Meio Ambiente, População e Desenvolvimento 2020

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)

Divisão de Estatística da ONU (UNSD)

Relatórios e Artigos:

The Club of Rome

Enough is Enough: (Apesar do link aparentemente não tratar diretamente do ODS 12, a iniciativa defende redução do consumo e pode oferecer um ponto de vista interessante)

Outros Recursos:

  • Bright Cities: Classificações de cidades sustentáveis – oferece panorama sobre o Brasil)
  • Amcham Brasil: (Notícias e dados sobre sustentabilidade no Brasil)
  • S&P Global: (Fornece rankings de sustentabilidade empresarial, incluindo empresas brasileiras)

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