Terrorismo Ambiental no Brasil – Interesses e consequências

Terrorismo ambiental

Terrorismo ambiental no Brasil: O que está por trás dos incêndios intencionais?

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado consequências de uma nova e preocupante forma de crime ambiental: o terrorismo ambiental ou climático. Este termo, que inicialmente pode parecer extremo, descreve uma prática cada vez mais comum: a queima intencional de florestas e o desmatamento ilegal promovidos por grupos que buscam lucrar com a destruição ambiental. Em suma, estes atos não apenas causam danos irreparáveis ao meio ambiente, mas também estão conectados a interesses políticos e financeiros ocultos, que favorecem a exploração de recursos naturais de forma criminosa.

Neste artigo, vamos explorar os dados sobre os incêndios criminosos, as possíveis motivações por trás desse terrorismo ambiental e os interesses que alimentam esse problema crescente.

Números alarmantes da destruição ambiental no Brasil

Pois bem, a Amazônia e o Cerrado, dois dos maiores biomas do Brasil, estão entre os mais afetados por incêndios intencionais e o desmatamento ilegal. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 2022, o desmatamento na Amazônia atingiu 13.235 km², um dos maiores índices registrados na última década. Além disso, dados de setembro de 2023 mostram que quase 80 mil focos de incêndio foram detectados na Amazônia somente nesse ano, um aumento alarmante em comparação com anos anteriores. Muitos desses incêndios, provocados para limpar áreas ilegalmente desmatadas, facilitando a grilagem de terras e a expansão da agropecuária.

Diferença entre queimadas e incêndios (Abre numa nova aba do navegador)

No Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil, 16.574 km² foram destruídos em 2022, segundo o MapBiomas. Assim como na Amazônia, grande parte dessa destruição causada pelo terrorismo climático está ligada ao desmatamento ilegal e à apropriação de terras públicas, incentivada pela falta de fiscalização e pela fragilidade nas políticas ambientais dos últimos anos.

Agora, você deve se perguntar: quais são os interesses ocultos por trás desse terrorismo ambiental? Vamos discutir isso a seguir.

Interesses políticos e financeiros por trás dos incêndios intencionais

Os incêndios intencionais e o desmatamento ilegal se alimentam por interesses financeiros de grandes setores econômicos, como a agropecuária e a mineração. Esses setores de terrorismo climático veem a floresta como um obstáculo para a expansão de suas atividades. Assim, em muitos casos, utilizam o fogo para acelerar o processo de desmatamento. Fazem isso sem qualquer consciência, abrindo assim espaço para plantações de soja, pastos para gado e áreas de mineração.

Além disso, grupos de grileiros (grupos de Terrorismo Ambiental no Brasil) têm se beneficiado do desmonte da fiscalização ambiental. Durante o governo anterior (período entre os anos 2018 a 2022), houve uma clara tentativa de enfraquecer órgãos ambientais como o IBAMA e o ICMBio, resultando em uma redução significativa das operações de combate ao desmatamento e à destruição ambiental. Em 2020, o IBAMA realizou 34% menos operações de fiscalização em comparação com 2019, permitindo assim que atividades ilegais se multiplicassem.

Abrindo a “porteira do oportunismo

Além disso, esses grupos criminosos aproveitam-se dos períodos de seca e do caos ambiental, como a redução das chuvas e o aumento das queimadas, para expandir suas atividades ilegais. Com o desmonte da fiscalização ambiental, que ocorreu durante o governo anterior, eles intensificam suas ações, ocultando-as sob o pretexto das condições naturais. Esse cenário “abre a porteira” para ampliar o desmatamento e a grilagem de terras, sem grandes riscos de punição.

Esses grupos de Terrorismo Ambiental no Brasil como grileiros, políticos (inescrupulosos) e empresários criminosos possuem conexões políticas e, em muitos casos, têm apoio de parlamentares que defendem a flexibilização das leis ambientais. Além disso, pressionam por políticas de regularização fundiária, que legalizam terras ocupadas de forma irregular. Interesses políticos também entram em jogo, já que o desmatamento e o uso de fogo em áreas protegidas estão ligados à expansão de zonas de produção agrícola (interesses da bancada ruralista). Assim, aumentam a visível ambição para gerar mais lucros para grandes fazendeiros e setores industriais, já bilionários.

O impacto das políticas ambientais frágeis

Pois bem, a fragilização das políticas ambientais no Brasil entre 2019 e 2022 teve um impacto direto na explosão dos crimes ambientais. De fato, o governo anterior adotou uma postura de desmonte das agências de fiscalização ambiental. Isso resultou em cortes de verbas e a redução da capacidade de monitoramento e controle. Isso abriu caminho para invasões ilegais de terras, queimadas e a expansão descontrolada da agropecuária em áreas protegidas.

Bioma Amazônia – Clima, solo, hidrografia, flora e fauna

Em 2020, o Fundo Amazônia, um dos principais mecanismos internacionais de financiamento para a proteção da floresta, foi paralisado. Isso ocorreu após o governo anterior criticar as condições impostas pelos doadores, como a Noruega e a Alemanha. Em suma, a suspensão desses recursos enfraqueceu ainda mais as ações de combate ao desmatamento. Resultado: uma subida drástica nas taxas de destruição ambiental e das consequências do terrorismo ambiental.

Destruição dos Habitats – O que é, causas e consequências (Abre numa nova aba do navegador)

Em 2023, com a mudança de governo, há uma tentativa de reconstruir as políticas ambientais e fortalecer a fiscalização. No entanto, os danos causados pelo desmonte da proteção ambiental ainda são sentidos. Reverter o quadro de destruição será um desafio de longo prazo, exigindo não apenas vontade política, mas também uma cooperação internacional para restaurar a proteção dos biomas brasileiros.

Consequências e riscos globais

Os atos de terrorismo ambiental (ou climático) no Brasil têm consequências que vão além das fronteiras nacionais. A Amazônia, conhecida como “pulmão do mundo”, é crucial para regular o clima global, e sua destruição contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, acelerando as mudanças climáticas. O Brasil é o quinto maior emissor de CO2 do mundo, em grande parte devido ao desmatamento.

Além disso, o desmatamento ilegal e os incêndios criminosos ameaçam as comunidades indígenas e tradicionais que dependem da floresta para sua sobrevivência. Lideranças indígenas têm denunciado o aumento da violência em suas terras, especialmente após a retirada de políticas de proteção e a flexibilização das leis ambientais.

Diante desse cenário, fica claro que o terrorismo ambiental ou climático no Brasil é movido por interesses financeiros de curto prazo, mas que trazem impactos e consequências irreversíveis para o meio ambiente, a sociedade e o planeta. Combater esses crimes requer ações coordenadas entre governos, sociedade civil e a comunidade internacional.

Ações que a sociedade espera do governo atual

Pergunta: O que o governo atual e os políticos do Congresso estão fazendo para endurecer as leis contra crimes ambientais, como responsabilizar proprietários de terras por queimadas em suas propriedades?

Resposta: O governo atual, junto com parte do Congresso, está discutindo e implementando medidas mais rigorosas para combater crimes ambientais, com foco em responsabilizar os proprietários de terras. Uma das propostas em debate visa punir com mais rigor aqueles que não agem para impedir queimadas em suas propriedades, mesmo que não tenham iniciado o fogo diretamente. Esse tipo de legislação busca aumentar a responsabilidade dos proprietários rurais na preservação do meio ambiente, impondo multas mais pesadas e outras sanções.

Além disso, o Projeto de Lei 2.633/2020, que trata da regularização fundiária, tem gerado polêmica, pois pode incentivar a grilagem de terras e, consequentemente, mais desmatamento. Por outro lado, o governo tenta balancear essa questão com maior fiscalização e reestruturação de órgãos como o IBAMA e o ICMBio, que foram enfraquecidos no governo anterior. A ideia é criar mecanismos de monitoramento mais eficientes e estabelecer um sistema de responsabilidade direta para crimes ambientais que ocorram em terras privadas.

Perguntas polêmicas sobre o terrorismo ambiental ou climático

  • Os incêndios intencionais na Amazônia são realmente combatidos de forma eficaz, ou há conivência política e econômica por parte de grandes setores?
  • Até que ponto o desmonte das agências de fiscalização ambiental, como o IBAMA, beneficiou grileiros e grandes proprietários rurais?
  • Os interesses econômicos do agronegócio justificam a destruição de biomas como a Amazônia e o Cerrado, ou as medidas de preservação ambiental são suficientes para atender ambos os lados?
  • Por que políticas de desmatamento zero são tão difíceis de implementar no Brasil, mesmo com toda a pressão internacional?
  • O governo atual consegue reverter o caos ambiental herdado do governo anterior ou há limitações estruturais que impedem um avanço significativo?
  • A flexibilização das leis ambientais favorece o desenvolvimento econômico ou apenas protege atividades ilegais que lucram com a destruição do meio ambiente?
  • O Brasil deve priorizar seu desenvolvimento econômico a qualquer custo, mesmo que isso implique na destruição de florestas e ecossistemas inteiros?
  • Até que ponto a comunidade internacional deve intervir para pressionar o Brasil a proteger seus biomas, como a Amazônia, ou isso seria uma violação da soberania nacional?
  • As multas ambientais suspensas ou não aplicadas por falta de fiscalização indicam um incentivo ao crime ambiental no Brasil?

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Resumo – Perguntas e respostas sobre o terrorismo ambiental no Brasil

O que é terrorismo ambiental ou climático?

Terrorismo ambiental se refere à destruição deliberada de áreas naturais, como incêndios e desmatamento, com objetivos econômicos e políticos.

Quais são os principais interesses financeiros por trás do desmatamento no Brasil?

Grandes setores da agropecuária e mineração visam lucrar com a expansão de terras para produção, impulsionados pela grilagem e invasão de áreas públicas.

Como o desmonte da fiscalização ambiental contribuiu para o aumento da violência ambiental?

A redução das operações do IBAMA e ICMBio permitiu que atividades ilegais como desmatamento e queimadas prosperassem sem controle.

Quais biomas são os mais afetados pelo terrorismo ambiental no Brasil?

A Amazônia e o Cerrado são os biomas mais impactados, com milhares de hectares destruídos anualmente por incêndios e desmatamento ilegal.

Quais são as consequências globais desse terrorismo ambiental (ou climático)?

A destruição da Amazônia contribui para o aumento das mudanças climáticas e afeta a biodiversidade global, além de ameaçar comunidades indígenas e tradicionais.


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