O século XXI aproximou muitas pessoas de seus sonhos. Ou seja, as facilidades econômicas, o acesso à informação e desenvolvimento tecnológico permitiram que milhares pudessem se dedicar a seus negócios próprios. Mas gerir um negócio e arcar com os custos necessários para expor seu trabalho ao mundo nem sempre estão disponíveis para todos. Foi na busca para eliminar essas barreiras e aproximar empreendedores de seus clientes que surgiu um novo conceito, as Lojas Colaborativas ou espaços compartilhados. Quer saber mais? Vem comigo!
O que são Lojas Colaborativas?
Lojas Colaborativas são espaços físicos compartilhados. Permitem que diversas marcas, pequenas empresas, artesãos, Designers e afins, exponham seus trabalhos e possuam um ponto fixo de vendas.
As lojas funcionam em formato de nichos de produtos e possuem prateleiras e espaços específicos disponíveis para aluguel. Ou seja, um pequeno artesão que não possui capital para montar sua própria loja mas deseja ver seus produtos expostos em uma vitrine de Shopping. Então ele pode optar por alugar um espaço em uma loja Colaborativa.
Existem também os modelos em que a Loja Colaborativa não cobra aluguel, mas cobra uma taxa em cima de cada venda. Em suma, essa é a conhecida taxa por serviço e é esse valor que permite o funcionamento da Loja, assim como o pagamento dos custos fixos.
As Loja Colaborativas não são interessantes apenas para os lojistas, também oferecem uma experiência diferenciada para o consumidor, uma vez que podem ter acesso a um leque variado de produtos. Em uma única loja o consumidor pode encontrar desde um par de sapatos exclusivos a peças de decoração e cosméticos artesanais.
Como a arquitetura pode contribuir para a sustentabilidade ambiental?
A Sustentabilidade nas Lojas Colaborativas
Não é a primeira vez que falamos sobre a Sustentabilidade nos espaços Compartilhados, mas esse é um ponto muito importante, então sempre vale a pena relembrar.
Espaços Colaborativos e Compartilhados tem tudo a ver com a Sustentabilidade. Propiciam uma significativa economia de recursos, sejam eles naturais essenciais, como energia elétrica e água, ou sejam eles recursos alocados em bens. Por exemplo, o mobiliário e os equipamentos eletrônicos essenciais ao funcionamento da loja.
Digamos que em uma determinada Loja Colaborativa em um Shopping estejam expostos produtos de 5 pequenas empresas, dos mais variados nichos. Podemos dizer que essa, é praticamente uma loja 5 em 1, pois ali existem 5 empresas funcionando. Porém, os gastos energéticos e ambientais são de apenas uma loja.
Podemos usar como exemplo didático um carro compartilhado, onde 5 pessoas têm a possibilidade de ir de um ponto ao outro de uma cidade utilizando apenas 1 veículo. Se esse veículo não fosse compartilhado, provavelmente existiriam 5 carros fazendo o mesmo trajeto com apenas uma pessoa dentro e talvez algumas dessas pessoas nem tivessem a possibilidade de fazer o percurso.
O exemplo do carro também nos permite pensar sobre as possibilidades de crescimento dessas pequenas lojas. É provável que caso essa loja colaborativa não existisse, algumas dessas marcas nunca teriam a possibilidade de ter seus produtos expostos em um Shopping com grande movimentação.
A Sustentabilidade para além do Ambiental
Lojas Colaborativas representam um formato de Empreendedorismo Sustentável que abrange aspectos muito mais amplos do que apenas o apelo ambiental. A criação de oportunidade e visibilidade para pequenas empresas se configura como um forte braço da sustentabilidade econômica e social.
As Lojas Colaborativas tem seu conceito sustentado pelos princípios da Economia Circular e representam um ponto de ruptura no que diz respeito à visibilidade e acesso aos empreendedores locais.
As Lojas Colaborativas possuem a capacidade de posicionar pequenas empresas nos mesmos locais onde tradicionalmente só estavam disponíveis produtos de grandes marcas e conhecidas grifes, a concorrência assim acaba ficando mais justa e no fim do dia vai vender quem oferecer o melhor produto com o melhor atendimento.
Acessibilizar esses grandes mercados é essencial para o fortalecimento das economias locais.
A Economia Circular funciona neste tipo de construção
O fortalecimento da Economia Circular local só tem benefícios a trazer, uma vez que as matérias primas e a mão de obra são essencialmente regionais, os custos financeiros e ambientais se tornam menores, consequentemente a pegada ambiental diminui.
Economia Circular, o caminho natural que imita a natureza
Isso fica mais claro se pensarmos em um exemplo concreto. Ao comprar uma Luminária de uma determinada grife em uma loja de departamentos, estamos comprando um produto fabricado do outro lado do mundo, que teve que cruzar um oceano para chegar ao alcance de nossas mãos.
O lucro pela venda dessa peça também vai voltar para o outro lado do mundo e no fim das contas, nós acabamos por um produto que já chega com uma pegada ambiental impossível de ser apagada. E isso sem mencionar que não temos a mínima ideia dos processos trabalhistas empregado na produção deste bem.
Do outro lado moeda, se comprarmos uma Luminária, que possui características estéticas semelhantes a essa de grife, mas que foi produzida por um artesão local, podemos nos deparar com um produto de qualidade semelhante, e até superior. Podemos ter pleno acesso aos métodos de produção empregados e podemos comprar consciente tem um produto originário de matéria prima local, com baixa pegada ambiental.
Como a arquitetura sustentável pode ser economicamente viável?
Os lucros permanecem na comunidade, fazem a economia local girar, criam empregos e renda. Fortalecem a cidadania de nossos vizinhos e combatem a criminalidade.
Os benefícios das Lojas Colaborativas afetam um amplo conjunto da sociedade e contribuem diretamente para o desenvolvimento local. Quanto mais Lojas Colaborativas, mais Sustentabilidade no mercado, a conta é simples.
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