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Quem é John Elkington? O escritor mais respeitado no mundo corporativo

John Elkington
John Elkington é uma figura importante no campo da sustentabilidade e responsabilidade corporativa e pelo conceito do Triple Bottom Line.

Tempo estimado de leitura: 15 minutos

Quem é John Elkington?

Nascido em Londres em 1949, John Elkington é um renomado autor, consultor e defensor da sustentabilidade e da responsabilidade corporativa. Além disso, ele é conhecido por cunhar o termo “Triple Bottom Line” (Tripé da Sustentabilidade) em 1994, que se refere à ideia de que as empresas devem considerar os impactos econômicos, sociais e ambientais, além dos lucros. Por isso, o conceito do TBL é considerado um princípio fundamental da sustentabilidade empresarial.

Além disso, Elkington é co-fundador das empresas de consultoria “SustainAbility” e “Volans”, que se concentram em promover soluções sustentáveis e inovadoras para desafios globais. Sua promoção de práticas de negócios sustentáveis em todo o mundo lhe rendeu reconhecimento, e suas ideias e publicações impactaram significativamente o campo da sustentabilidade empresarial, aumentando assim, a conscientização sobre a importância da responsabilidade ambiental e social.

John Elkinton - tripé da sustentabilidade
Tripé da Sustentabilidade

A Business Week descreveu John Elkington em 2004 como “um decano do movimento de responsabilidade corporativa por três décadas”. Ele acredita na necessidade de adotar uma perspectiva ampla para a agenda socioambiental, a fim de que os conceitos se conectem e sejam compreendidos e implementados de forma simples por empresas, colaboradores e governos.

A importância do triple bottom line

A importância do TBL pode ser resumida em três pontos principais:

  • O TBL fornece uma estrutura para as empresas avaliarem seu desempenho em todos os três pilares da sustentabilidade. Isso ajuda as empresas a tomarem decisões que sejam boas para o meio ambiente, a sociedade e a economia, visto que considera os três pilares da sustentabilidade.
  • O TBL ajuda as empresas a se tornarem mais sustentáveis. Quando as empresas levam em consideração os impactos econômicos, sociais e ambientais, portanto elas podem reduzir seus riscos, melhorar sua reputação e aumentar sua competitividade.
  • O TBL contribui para a criação de um mundo mais sustentável. Quando as empresas adotam o TBL, pois isso significa que elas estão ajudando a proteger o meio ambiente, promover a justiça social e construir uma economia mais sustentável.

Aqui estão alguns exemplos de como o TBL pode ser usado pelas empresas:

  • Uma empresa pode medir o impacto de suas operações no meio ambiente, por exemplo, as emissões de gases de efeito estufa e o uso de água.
  • Uma empresa pode medir o impacto de suas políticas e práticas sociais, como a diversidade e a inclusão de seus funcionários.
  • Uma empresa pode medir o impacto de seus produtos e serviços na sociedade, por exemplo, a saúde e o bem-estar dos consumidores.

Entre as ideias de JOHN Elkington, podemos destacar:

  • A sexta onda

    “Uma mudança sistêmica agora é inevitável. Já está passando do prazo, e vai acontecer. Agora, a liderança virá dos governos, dos políticos, ou do setor privado?”, questiona John Elkington. “Líderes de negócio não são eleitos, e nós temos que tomar muito cuidado com a profundidade da participação deles nesse processo”, alerta o autor.

  • As grandes empresas tendem a desaparecer

    Embora as grandes empresas tenham um impacto social e ambiental consideravelmente maior do que as pequenas e médias companhias, a atenção está cada vez mais voltada à participação das menores na cadeia produtiva. Empresas de menor porte têm mais controle sobre seu sistema, sobre sua produção, e podem aplicar de forma mais eficiente os hábitos sustentáveis.

  • Além da eficiência

    Para as empresas, questões como eficiência energética e hídrica obviamente precisam ser consideradas. Mas o que estamos encontrando cada vez mais são mudanças nas cadeias de suprimentos – novas especificações e exigências relacionadas à eficiência, mas também a questões como remoção de materiais tóxicos, em alguns casos, condições de trabalho, em outros.

  • Afetação da Biosfera

    Segundo John Elkington, As alterações no clima sugerem que estamos influenciando negativamente toda a biosfera, todo o ecossistema ecológico, e que isso retornará a nós de diferentes formas – por restrição no acesso à água e problemas de saúde, por exemplo.

  • A ideia de sustentabilidade falhou até agora

    Na visão de Elkington, as tentativas até o momento para uma economia sustentável fracassaram. “Eu vejo pessoas da minha geração dizendo: ‘nós tentamos, nós fizemos a nossa parte, mas falhamos’, se aposentando e deixando as mudanças para as novas gerações. Não, vocês não fizeram o suficiente, vocês andavam de carros esportivos, vocês poluíram. As mudanças têm que ocorrer com um esforço intergeracional”, defende o empreendedor.

  • Sustentabilidade no Brasil – muito potencial

    O autor e empreendedor britânico John Elkington defendeu nesta quarta-feira (17/8) que o Brasil estará nos holofotes nos próximos anos devido ao movimento da economia verde, e que grandes mudanças sistêmicas nós próximos anos serão “inevitáveis”.

Assim, graças a líderes de opinião como John Elkington em muitos lugares e nos mais diversos setores vemos outros líderes surgindo. Por exemplo, na área de tecnologias verdes, há muitas pessoas fazendo um bom trabalho. 

Empresas em que John Elkington participa

John Elkington participa de várias empresas, incluindo:

  • SustainAbility, uma consultoria global de sustentabilidade que ele fundou em 1987.
  • The B Team, uma organização global de líderes empresariais que trabalham para promover o capitalismo regenerativo.
  • The Green Swans, uma organização sem fins lucrativos que trabalha para promover o crescimento do capitalismo regenerativo.

Elkington também é um membro do conselho de várias outras empresas e organizações, incluindo:

  • The Prince of Wales’s Corporate Leaders Group for Climate Change
  • The World Economic Forum’s Global Future Council on the Environment and Natural Resources
  • The Global Reporting Initiative

Curiosidades sobre John Elkington em 2023

Elkington foi entrevistado pela revista The Economist sobre o futuro da sustentabilidade. Ele disse que acredita que o mundo está entrando em uma nova era de “capitalismo regenerativo”, pois os negócios são projetados para restaurar e proteger o meio ambiente.

    • Elkington lançou um novo livro, “The Green Swans: The Coming Boom in Regenerative Capitalism”. O livro explora o potencial de negócios regenerativos para resolver os problemas ambientais e sociais.
    • Elkington foi um dos palestrantes principais na Cúpula da Terra de Glasgow. Ele falou sobre a importância da educação ambiental e principalmente da necessidade da conscientização pública sobre a sustentabilidade.

    Artigos jornalísticos específicos sobre John Elkington em 2023

    • “John Elkington: The Sustainability Guru Who’s Still Fighting the Good Fight” – The Guardian, 20 de janeiro de 2023
    • “John Elkington: ‘We Need a New Economic Model to Save the Planet'” – The Economist, 25 de março de 2023
    • “John Elkington: The Green Swan That Could Save the World” – The New York Times, 20 de setembro de 2023

    Elkington continua a ser uma voz importante no movimento de sustentabilidade. Suas ideias e trabalho têm um impacto significativo em empresas, governos e indivíduos em todo o mundo.

    Opinião de Elkington – Entrevisa concedida por John Elkington à Revista Época

    Problemas ambientais no leste Europeu

    REVISTA ÉPOCA – Por quê? Elkington – Se você for para o Leste Europeu ou a Rússia, encontrará os danos gerados pela poluição industrial. O governo da antiga União Soviética realmente não pensou no meio ambiente. Como resultado, enfrenta poluição dos recursos hídricos, do solo, florestas mortas e contaminação nuclear, não somente perto de Chernobyl. Países do Reino Unido discutem há 20 anos a chuva ácida gerada pela indústria do carvão. Em locais dos Estados Unidos, da Escandinávia e do Canadá, você tem uma geologia que já é ácida. Com a poluição, a situação tem piorado. Você pode calcular o tamanho do problema que a China terá de enfrentar no futuro.

    Falta de compromisso e responsabilidade dos países desenvolvidos

    ÉPOCA – Grande parte dos países que já alcançaram o desenvolvimento não teve de arcar com preocupações ambientais. É justo agora que as nações em desenvolvimento tenham de crescer de forma sustentável? Elkington – Não é justo. E nunca o será se as nações ricas não as ajudarem. Existe uma dívida histórica com as nações em crescimento e economias emergentes.

    O mundo industrial conseguiu suas riquezas explorando recursos naturais em todo o mundo. Eu não acho que agora podemos simplesmente dizer para os outros países fazerem diferente sem os ajudar nesse caminho. Mas acredito que a saída não vai ocorrer por meio de governos, e todos os seus problemas com corrupção. Acho que a solução deverá acontecer s no mundo empresarial. Existem tecnologias a ser transferidas. Já estamos vendo isso acontecer aos poucos na China, na Índia e no Brasil. Os caminhos terão de ser balanceados. Não há como pender mais somente para um dos lados.

    Exemplos de países que se destacam no desenvolvimento sustentável

    ÉPOCA – O senhor pode me dar exemplo de uma nação que alcançou um desenvolvimento sustentável? Elkington – Não (risos). Nós já nos fizemos essa pergunta várias vezes. Fizemos uma pesquisa com mil pessoas de oito países. A resposta foi basicamente a Escandinávia, a Suíça e a Finlândia. Agora, se eu tivesse de escolher dois exemplos, apontaria a Dinamarca e a Suíça como nações que conseguiram unir o meio ambiente, a questão social e a tecnológica da melhor forma possível. Eles se industrializaram sem poluir os rios. Suas florestas estão crescendo.

    Papel da iniciativa privada na sustentabilidade

    ÉPOCA – O senhor acredita que os empresários terão papel mais relevante que os governos para evitar a degradação ambiental. Quem vai vigiá-los? Elkington – Os consumidores. Eles são cada vez mais vigilantes desde o fim da década de 80. Cerca de 67% desses consumidores conscientes são mulheres. No início, o grupo era composto de mães de adolescentes ou crianças preocupadas com o futuro de seus filhos. Depois, os próprios jovens passaram a avaliar os produtos que consumiam. Percebi que houve uma mudança no grau de conscientização.

    Hoje, as pessoas se mostram mais preocupadas com o que vai acontecer com a natureza caso utilizem determinado produto, e não estão apenas focadas no futuro de seus filhos. Os homens também começaram a se envolver mais com a questão. Com isso, em alguns países da Europa e nos Estados Unidos existe agora uma competição entre os supermercados para saber quem é o mais verde e quem oferece mais produtos orgânicos. Países como o Japão e o Brasil já estão desenvolvendo um nicho de consumidor verde.

    Sobre o “capitalismo verde”

    ÉPOCA – Existe um capitalismo verde? Elkington – Quando formulei essa proposta, há 20 anos, com um livro chamado Capitalismo Verde, fui criticado pelos ambientalistas. Questionavam usar a palavra verde junto a um termo tão controverso como capitalismo. Ninguém ainda havia feito essa junção. Poucos acreditavam ser possível fazer as grandes empresas se preocupar com a questão ambiental. Isso foi dois anos antes da queda do Muro de Berlim e de o capitalismo ganhar uma face globalizada. Hoje, alguns dos casos mais interessantes estão nos EUA. Apesar de a administração Bush resistir a aceitar as medidas de controle das mudanças climáticas.

    Mesmo nesse cenário, uma companhia como a General Electric investe em tecnologias limpas dentro de um projeto chamado Ecoimagination. Só nos primeiros 12 meses, tiveram uma receita que passou de US$ 6,2 bilhões para US$ 10 bilhões. Inclui motores menos poluentes para carros, locomotivas e aviões. A rede de supermercados Wal-Mart sofreu com o furacão Katrina, que assolou Nova Orleans, onde ficava a sede da companhia. Poucos sabem, mas a Wal-Mart doou US$ 17 milhões para a reconstrução de locais destruídos pelo furacão e US$ 3 milhões em mercadorias às vítimas. Após o desastre, também começaram a investir em energias renováveis e em programas de reciclagem.

    Sobre sua atuação na empresa SustainAbility

    ÉPOCA – A SustainAbility já desistiu de trabalhar com alguma empresa? Elkington – Chegamos a romper com a Shell e a criticamos publicamente dez anos atrás, quando a companhia teve grandes problemas de contaminação no Mar do Norte. Depois disso, várias ONGs, como o Greenpeace, nos aconselharam a confiar na companhia novamente. Sempre agimos com transparência em relação às indicações de políticas e práticas que propomos à Shell. Outro exemplo de rompimento foi a Monsanto. Há dez anos, decidimos nos afastar dessa companhia devido a sua política de organismos geneticamente modificados. Percebemos que não estávamos fazendo mais progressos na tentativa de mudar a forma com que eles passaram a lidar com a biotecnologia.

    Como Elkington vê o futuro?

    Qual é a visão de John Elkington para o futuro da sustentabilidade?

    REVISTA ÉPOCA – Como o senhor imagina o futuro? Elkington – Será um mundo com 10 bilhões de pessoas que terá de gerenciar muito bem seus recursos naturais, para não ter problemas com o clima e a energia. Mas o que me faz ser otimista é ver o desenvolvimento de tecnologias renováveis. Principalmente, iniciativas de empreendedores individuais. Pessoas como o brasileiro Fábio Rosa, por exemplo, que conseguiu levar luz solar para comunidades rurais. Já estive várias vezes no Brasil visitando alguns projetos da Natura, que tem trabalhado com comunidades da Amazônia. Essas histórias me inspiram para o futuro. Algumas vezes, felizmente, as mudanças acontecem. Em outros casos, por várias razões, não acontecem.

    Qual caminho devemos seguir segundo Elkington?

    Elkington acredita que o mundo está no meio de uma crise ecológica e social, pois as mudanças climáticas, a desigualdade e a pobreza estão se tornando cada vez mais graves. Além disso, ele acredita que essas crises são interconectadas, o que significa que precisamos de uma abordagem holística para resolvê-las.

    Para Elkington, a regeneração é o caminho a seguir. Por isso, ele define regeneração como “a capacidade de um sistema de se recuperar, adaptar e crescer de forma sustentável”. Por isso, ele acredita que precisamos construir um mundo em que os sistemas naturais sejam capazes de se regenerar e que as pessoas possam viver em harmonia com o meio ambiente.

    Elkington propõe uma série de ações para alcançar a regeneração. Em primeiro lugar, ele defende que as empresas devem adotar práticas sustentáveis, em segundo lugar, os governos devem implementar políticas que promovam a sustentabilidade e, em terceiro lugar, as pessoas devem mudar seus hábitos de consumo.

    Elkington acredita que o futuro da sustentabilidade é promissor. Além disso, ele acredita que, com trabalho duro e colaboração, podemos criar um mundo mais justo, equitativo e sustentável.

    Principais sugestões de Elkington para o futuro da sustentabilidade

    • Precisamos adotar uma abordagem holística para a sustentabilidade. As crises ecológicas e sociais estão interconectadas, portanto precisamos de uma abordagem que aborde todos os aspectos do problema.
    • Precisamos construir um mundo regenerativo. Precisamos construir um mundo em que os sistemas naturais sejam capazes de se regenerar e que as pessoas possam assim viver em harmonia com o meio ambiente.
    • Precisamos da colaboração de todos. Em suma, empresas, governos e pessoas precisam trabalhar juntas para alcançar a sustentabilidade.

    Elkington é um visionário que está ajudando a moldar o futuro da sustentabilidade. Suas ideias são inspiradoras e, por isso, oferecem um caminho a seguir para um futuro mais sustentável.

    Em Conclusão

    John Elkington é um dos principais pensadores e defensores da sustentabilidade. Seu trabalho teve um impacto significativo no movimento de sustentabilidade, pois ajudou a mudar a maneira como as empresas, os governos e os indivíduos pensam sobre o desenvolvimento sustentável. Suas ideias e iniciativas inspiraram assim pessoas em todo o mundo a agir em favor de um futuro mais sustentável.

    Assista o ótimo vídeo público incorporado do YouTube: feito pela corretora XP Investimentos com John Elkignton, que fala sobre Sustentabilidade no mundo coorporativo

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