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Mudança climática é uma variação significativa e de longo prazo nos padrões climáticos médios de uma região ou do planeta como um todo. Essas mudanças podem incluir alterações nas temperaturas médias, nos padrões de precipitação, nos níveis do mar e na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos.
A mudança climática é causada principalmente pelas atividades humanas, que liberam gases de efeito estufa na atmosfera. Esses gases retêm o calor do sol, causando o aquecimento global.
Uma fronteira que não pode ser ultrapassada
A mudança climática é uma das fronteiras planetárias mais urgentes que estão sendo transgredidas. Segundo o Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a atividade humana já causou um aquecimento de aproximadamente 1,0°C acima dos níveis pré-industriais.
Dessa forma, sem ações significativas e rápidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, estamos a caminho de exceder o limite de aquecimento de 2,0°C estabelecido pelo Acordo de Paris, possivelmente nas próximas décadas. Ou seja, chegamos a um ponto, por exemplo, em que a perda de gelo marinho no verão polar é quase irreversível.
Estamos no limite
A ultrapassagem dessa fronteira planetária pode desencadear uma série de eventos de mudança climática perigosos, como o aumento do nível do mar, ondas de calor extremas e alterações nos padrões de precipitação que ameaçam a produção agrícola e a disponibilidade de água.
Só para você ter uma ideia, segundo evidências científicas, antes da Revolução Industrial, o nível de CO2 variava, mas não ultrapassava a marca de 300 ppm (partes por milhão). Agora, segundo a Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA), chegamos em 2021 a 413.93 ppm. Este nível nunca foi visto nos últimos 800 mil anos!
Essas tendências são o resultado de nossas atividades, especialmente a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento, que liberam grandes quantidades de CO2 na atmosfera. E isso acelera o aquecimento global e intensifica os impactos climáticos.
Para Refletir
Quanto tempo podemos permanecer além dessa fronteira antes que mudanças grandes e irreversíveis se tornem inevitáveis?
O que pode ser feito?
A fim de evitar as piores consequências das mudanças climáticas, precisamos nos conscientizar e tomar algumas medidas, como por exemplo:
Investimento em energias renováveis: aumentar a produção de energia através de fontes renováveis, como solar e eólica, pode ajudar a reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa.
Eficiência energética: melhorar a eficiência energética em casas, empresas e indústrias pode reduzir significativamente a quantidade de energia que consumimos e, portanto, as emissões de gases de efeito estufa.
Reflorestamento: as árvores absorvem dióxido de carbono, um dos principais gases de efeito estufa. Portanto, plantar mais árvores e restaurar florestas pode ajudar a combater as mudanças climáticas.
Mudança de dieta: a produção de carne é uma grande fonte de gases de efeito estufa. Portanto, uma mudança para uma dieta baseada em plantas pode ter um impacto significativo.
Mobilidade sustentável: Promover formas de transporte mais sustentáveis, como andar de bicicleta, usar transporte público ou veículos elétricos, também pode contribuir para a redução de emissões.
Atenção: adotar estas ações no dia a dia não significa que as mudanças climáticas serão revertidas por completo. Afinal, estamos vivendo em um nível crítico. Mas, pelo menos, vamos contribuir de alguma forma para que a situação não se agrave ainda mais.
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