O que são mudanças climáticas?
Mudanças climáticas são alterações a longo prazo nos padrões climáticos do planeta, causadas principalmente pelas atividades humanas, com origem na Revolução Industrial e impactos como eventos climáticos extremos, derretimento das geleiras e perda de biodiversidade.
Essa mudança podem incluir alterações nas temperaturas médias, nos padrões de precipitação, nos níveis do mar e na frequência e intensidade de eventos climáticos extremos.
As mudanças climáticas não se limitam apenas ao aumento da temperatura global, mas representam um conjunto de alterações complexas no sistema climático da Terra.
Uma fronteira que não pode ser ultrapassada
A mudança climática é uma das fronteiras planetárias mais urgentes que estão sendo transgredidas. Segundo o Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a atividade humana já causou um aquecimento de aproximadamente 1,0°C acima dos níveis pré-industriais.
Dessa forma, sem ações significativas e rápidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, estamos a caminho de exceder o limite de aquecimento de 2,0°C estabelecido pelo Acordo de Paris, possivelmente nas próximas décadas. Ou seja, chegamos a um ponto, por exemplo, em que a perda de gelo marinho no verão polar é quase irreversível.
Origem das mudanças climáticas
1. Causas normais (naturais) das mudanças climáticas
As mudanças climáticas são causadas por uma combinação de fatores, naturais e humanos. Os fatores naturais que dão origem às mudanças climáticas são:
Variações no Ciclo Solar e seus Efeitos na mudança climática
O Sol, como toda estrela, apresenta um ciclo de atividade que se manifesta através de manchas solares, erupções e outros eventos. Esse ciclo, conhecido como ciclo solar, tem um período médio de 11 anos, com picos de máxima atividade e períodos de mínima atividade.
As variações no ciclo solar podem afetar o clima da Terra de diversas maneiras:
- Irradiação solar: A quantidade de radiação solar que chega à Terra varia durante o ciclo solar. Durante o máximo solar, a Terra recebe mais radiação, enquanto no mínimo solar, a quantidade de radiação diminui. Em suma, essa variação pode influenciar a temperatura global da Terra, com um aumento durante o máximo solar e uma ligeira diminuição no mínimo solar.
- Composição da atmosfera: A atividade solar pode influenciar a composição da atmosfera terrestre, principalmente no que diz respeito à concentração de ozônio. O ozônio é um gás que protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol. Além disso, durante o máximo solar, a produção de ozônio na atmosfera pode diminuir, o que pode aumentar a quantidade de raios ultravioleta que chegam à superfície da Terra.
- Circulação atmosférica: As variações no ciclo solar podem influenciar a circulação atmosférica da Terra, alterando os padrões de vento e precipitação. Portanto, isso pode levar a mudanças nos climas regionais, como o aumento da frequência de secas em algumas regiões e o aumento da precipitação em outras.
Erupções Vulcânicas e Emissão de Gases de Efeito Estufa: Uma Relação Complexa
As erupções vulcânicas liberam na atmosfera uma grande quantidade de gases e partículas, incluindo gases de efeito estufa (GEE) como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). Essa emissão pode ter um impacto significativo no clima da Terra, tanto a curto quanto a longo prazo.
Efeitos a curto prazo:
- Resfriamento global: A erupção de grandes vulcões pode lançar na atmosfera uma enorme quantidade de cinzas e aerossóis, que bloqueiam a luz solar e causam um resfriamento global temporário. Esse efeito pode durar vários anos, como no caso da erupção do Monte Pinatubo em 1991, que causou um resfriamento global de cerca de 0,5°C.
- Mudanças nos padrões climáticos: A emissão de gases vulcânicos pode influenciar os padrões de precipitação e temperatura em diferentes regiões do planeta, levando a secas, inundações e outros eventos climáticos extremos.
Efeitos a longo prazo:
- Aquecimento global: Apesar do resfriamento temporário que pode ocorrer após grandes erupções vulcânicas, a longo prazo, as emissões de GEE provenientes dos vulcões contribuem para o aquecimento global. O CO2 vulcânico, por exemplo, permanece na atmosfera por centenas de anos, aprisionando o calor e intensificando o efeito estufa.
- Acidificação dos oceanos: A emissão de gases como o dióxido de enxofre (SO2) e o ácido clorídrico (HCl) durante as erupções vulcânicas pode contribuir para a acidificação dos oceanos, o que impacta negativamente a vida marinha.
Variações na Órbita da Terra e seus Efeitos Climáticos: Uma Jornada Através do Tempo
A Terra, em sua dança eterna ao redor do Sol, traça uma órbita que, embora pareça estável, apresenta variações sutis ao longo do tempo. Essas mudanças, que podem ser de forma, inclinação e posição, exercem uma influência discreta, porém significativa, no clima do nosso planeta.
As Três Faces da Órbita Terrestre:
- Excentricidade: A forma da órbita da Terra varia entre quase circular e um pouco mais elíptica. Essa mudança se completa em um ciclo de cerca de 100 mil anos. Atualmente, a órbita terrestre é próxima de um círculo, o que significa que a quantidade de luz solar que chega à Terra é relativamente constante.
- Inclinação: O eixo da Terra também oscila, variando entre 22° e 24,5° em um ciclo de cerca de 41 mil anos. Essa inclinação é responsável pelas estações do ano. Quando o hemisfério norte está inclinado em direção ao Sol, recebe mais luz solar e experimenta o verão, enquanto o hemisfério sul vive o inverno.
- Precessão: O eixo da Terra, como um pião, gira em torno de um cone imaginário, completando um ciclo a cada 26 mil anos. Essa mudança altera a orientação da Terra em relação ao Sol e aos pontos equinociais, influenciando assim a distribuição da luz solar nas diferentes estações.
Impactos da mudança climática: Uma Dança Cósmica com Sutil Influência:
As variações na órbita da Terra, embora sutis, podem ter efeitos climáticos perceptíveis, especialmente quando combinadas com outros fatores, como as erupções vulcânicas e as flutuações na atividade solar.
- Mudanças na insolação: A quantidade de luz solar que chega a diferentes regiões da Terra varia de acordo com a forma, inclinação e posição da órbita. Essa variação pode levar a mudanças na temperatura, precipitação e padrões climáticos regionais.
- Épocas glaciais e interglaciais: As variações na órbita terrestre, em conjunto com outros fatores, podem contribuir para o início e o fim de eras glaciais. No passado, a Terra já vivenciou diversas glaciações, com períodos de intenso frio e recuo das geleiras, intercalados por períodos mais amenos.
2. Ações humanas – a principal causa atual das mudanças climáticas
As mudanças climáticas são um problema complexo com diversas causas, mas a principal raiz está na atividade humana, principalmente na emissão de gases de efeito estufa (GEE) em excesso.
As principais fontes de emissão de de gases de efeito estufa (GEE)
Queima de combustíveis fósseis: Carvão, petróleo e gás natural liberam CO2 na atmosfera quando queimados.
Desmatamento: As árvores absorvem CO2 da atmosfera. Sendo assim, o desmatamento reduz essa capacidade e libera CO2 armazenado.
Agricultura: O uso de fertilizantes nitrogenados e a criação de gado liberam metano, bem como o óxido nitroso na atmosfera.
Indústria: O uso de fertilizantes nitrogenados e a criação de gado liberam metano, bem como o óxido nitroso na atmosfera.
Impactos das mudanças climáticas
As mudanças climáticas são um problema global que afeta todos os países e regiões do mundo. Elas estão causando impactos significativos no meio ambiente, na economia e na sociedade.
1. Impactos ambientais:
Aumento da temperatura global: A temperatura média global da Terra aumentou cerca de 1,1°C desde o início da Revolução Industrial. Além disso, esse aumento está causando uma série de mudanças nos padrões climáticos, incluindo: Mudanças nos padrões de precipitação; aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos; aumento do nível do mar.
Aumento do nível do mar: O nível do mar está subindo em média 3,6 mm por ano. Como resultado, esse aumento está inundando áreas costeiras e ameaçando comunidades e ecossistemas.
Mudanças na distribuição de plantas e animais: As mudanças climáticas estão levando à migração de plantas e animais para áreas mais frias. Por isso, esse deslocamento está causando perda de biodiversidade e habitat.
Aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos: Eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e inundações, estão se tornando mais frequentes e intensos. Sendo assim, esses eventos estão causando danos à infraestrutura, perdas de vidas e deslocamentos populacionais.
Aumento do nível de acidez dos oceanos: O aumento do nível de dióxido de carbono na atmosfera está causando o aumento do nível de acidez dos oceanos. Esse aumento está prejudicando os recifes de coral e outros organismos marinhos.
Derretimento das geleiras e calotas polares: O derretimento das geleiras e calotas polares está causando o aumento do nível do mar e a mudança nos padrões climáticos.
O Desaparecimento dos Glaciares: O que está Acontecendo?
2. Impactos econômicos da mudanças climáticas
Os impactos das mudanças climáticas na economia são variados e podem ser sentidos em todos os setores econômicos. Por exemplo, alguns dos setores mais afetados:
Danos à infraestrutura:
Eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e inundações, estão causando danos a infraestruturas importantes, como estradas, pontes e aeroportos.
A mudanças climática está afetando a infraestrutura de várias maneiras, por exemplo:
- Danos às estradas, pontes e outros edifícios: Eventos climáticos extremos estão danificando infraestruturas essenciais, como estradas, pontes e edifícios.
- Aumento do nível do mar: O aumento do nível do mar está inundando áreas costeiras, danificando infraestruturas importantes.
- Aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos: Eventos climáticos extremos estão causando danos a infraestruturas, como estradas, pontes e edifícios.
Perdas na agricultura
As mudança climática está afetando a agricultura, causando perdas de safras e aumento dos custos de produção.
- Danos às safras: Eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades, estão danificando safras e causando perdas financeiras para os agricultores.
- Mudanças nos padrões de cultivo: As mudanças nos padrões de precipitação e temperatura estão tornando mais difícil cultivar algumas culturas em certas regiões.
- Aumento do nível do mar: O aumento do nível do mar está inundando terras agrícolas costeiras, forçando os agricultores a se deslocarem.
Perdas na pesca:
As mudanças climáticas estão afetando a pesca, pois estão causando a migração de peixes e a redução da produtividade das pescarias.
- Mudanças nos padrões de migração de peixes: As mudanças nos padrões de temperatura e precipitação estão levando os peixes a migrar para novas áreas.
- Aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos: Eventos climáticos extremos estão destruindo habitats de peixes e capturas.
- Aumento do nível do mar: O aumento do nível do mar está inundando áreas costeiras, destruindo portos e frotas de pesca.
Turismo
As mudanças climáticas estão afetando o turismo de várias maneiras, por exemplo:
- Perda de atrações: Eventos climáticos extremos estão destruindo atrações turísticas, como praias, parques e monumentos.
- Mudanças nos padrões climáticos: As mudanças nos padrões climáticos estão tornando algumas regiões menos atrativas para turistas.
- Aumento do nível do mar: O aumento do nível do mar está inundando áreas costeiras, tornando-as menos acessíveis aos turistas.
Aumento dos custos de seguros:
As mudanças climáticas estão afetando o setor de seguros de várias maneiras, por exemplo:
- Aumento dos custos de seguros: Eventos climáticos extremos estão causando mais danos, o que está levando a aumentos nos custos de seguros.
- Dificuldades em obter cobertura: Algumas seguradoras estão se recusando a oferecer cobertura para propriedades em áreas vulneráveis às mudanças climáticas.
- Ajustes de políticas: As seguradoras estão ajustando suas políticas para refletir os riscos crescentes das mudanças climáticas.
Eventos climáticos extremos mais significativos de 2023
Os eventos climáticos extremos, como ondas de calor, secas, inundações e tempestades, estão se tornando cada vez mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas.
Essas mudanças geram perdas de vidas e impactos socioeconômicos devastadores, principalmente em comunidades mais vulneráveis.
O ano de 2023 foi marcado por uma série de eventos climáticos extremos e intensos, que causaram danos e prejuízos em todo o mundo.
De acordo com o Observatório Europeu Copernicus (EMS), o ano deve ser o mais quente da história.
- Ondas de calor: O mundo registrou ondas de calor recordes em 2023, com temperaturas que chegaram a 50 graus Celsius em algumas regiões. Essas ondas de calor causaram mortes, doenças e danos à agricultura.
- Inundações: O mundo também registrou uma série de inundações em 2023, que causaram mortes, destruição e deslocamento de pessoas. As inundações foram causadas por chuvas intensas e pelo aumento do nível do mar.
- Secas: O mundo também sofreu com secas severas em 2023, que causaram perdas na agricultura e na pecuária. As secas foram causadas pelo aquecimento global e pelas mudanças nos padrões de chuva.
- Incêndios florestais: O mundo também registrou uma série de incêndios florestais em 2023, que causaram destruição e danos à saúde humana. Os incêndios foram causados por altas temperaturas e secas.
Eventos Climáticos Extremos: o aumento da frequência e da intensidade
3. Impactos das mudanças climáticas na sociedade
As mudanças climáticas estão causando uma série de impactos negativos na sociedade, por exemplo:
Deslocamentos populacionais:
Eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e inundações, estão causando deslocamentos populacionais, pois as pessoas são forçadas a deixar suas casas, devido a danos à infraestrutura, perda de meios de subsistência e risco de morte.
Os deslocamentos populacionais causados pelas mudanças climáticas estão afetando principalmente as comunidades mais vulneráveis, como as comunidades pobres e as comunidades que vivem em áreas costeiras.
As Mudanças Climáticas e os Refugiados Climáticos: Logo Serão Bilhõ
Riscos de conflitos
As mudanças climáticas estão aumentando o risco de conflitos, pois estão causando disputas por recursos naturais. A escassez de água, alimentos e terras férteis pode levar a disputas entre comunidades e países. Portanto, os conflitos causados pelas mudanças climáticas estão afetando principalmente as regiões mais pobres e vulneráveis do mundo.
Doenças
As mudanças climáticas estão aumentando o risco de doenças, pois estão criando condições favoráveis à propagação de doenças infecciosas. O aumento das temperaturas e o aumento do nível do mar estão criando novos habitats para vetores de doenças, como mosquitos e roedores.
As doenças causadas pelas mudanças climáticas estão afetando populações em todo o mundo, mas estão afetando mais as populações mais vulneráveis, como as populações que vivem em áreas de pobreza, bem como as populações que vivem em áreas com acesso limitado a serviços de saúde.
Qual é o futuro das mudanças climáticas?
O futuro das mudanças climáticas é incerto, mas as evidências científicas sugerem que as mudanças climáticas continuarão a se agravar nos próximos anos.
Se não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, a temperatura média global pode aumentar em 3,5°C até o final do século XXI.
Enfrentamento Mundial das Mudanças Climáticas: Uma Jornada Coletiva
Como vimos, as mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças à humanidade no século XXI. Seus efeitos já são sentidos em todo o planeta, com o aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos, como secas, inundações, tempestades e ondas de calor.
Combater essa crise exige um esforço conjunto e coordenado de todas as nações. O Acordo de Paris, firmado em 2015, representa um marco histórico na luta contra as mudanças climáticas, estabelecendo metas ambiciosas para, por exemplo:
a. Limitar o aumento da temperatura global em 2°C até o final deste século, com esforços para limitar o aumento a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
b. Promover a revisão dos compromissos climáticos dos países a cada cinco anos, para garantir progressão e ambição crescente.
c. Mobilizar recursos financeiros para auxiliar países em desenvolvimento na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, na adaptação à nova realidade e no fortalecimento da resiliência.
O Acordo de Paris é suficiente para combater as mudanças climáticas?
O Acordo de Paris, firmado em 2015, é um marco histórico na luta contra as mudanças climáticas. Reunindo 195 países, o acordo estabelece o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a “bem abaixo” de 2°C, de preferência a 1,5°C, em comparação aos níveis pré-industriais.
Para alcançar esse objetivo, os países signatários se comprometeram a apresentar e implementar planos nacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa (NDCs). O acordo também prevê mecanismos de financiamento e cooperação para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com os impactos das mudanças climáticas.
Apesar de ser um passo importante, o Acordo de Paris não é suficiente para combater as mudanças climáticas. As NDCs apresentadas pelos países até o momento não são suficientes para limitar o aquecimento global a 1,5°C. Além disso, o acordo não possui mecanismos vinculantes para garantir que os países cumpram seus compromissos.
Acordo de Paris: resultados e consequências para a sustentabilidade
Para que o Acordo de Paris seja eficaz, é necessário:
Aumentar a ambição das NDCs (NDC significa “Contribuições Nacionalmente Determinadas” (em inglês, Nationally Determined Contributions). ou seja, os países precisam se comprometer a reduzir suas emissões de forma mais significativa. Por enquanto está só na teoria e políticas.
Fortalecer os mecanismos de financiamento e cooperação. Os países desenvolvidos precisam fornecer mais recursos para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas.
Criar mecanismos vinculantes para garantir o cumprimento dos compromissos. Os países precisam ser responsabilizados por suas ações, ou seja, deixer de ter vantagens econômicas no mercado internacional.
Mas:
Como garantir que os países cumpram seus compromissos assumidos nos acordos internacionais?
Garantir que os países cumpram seus compromissos assumidos em acordos internacionais, como o Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, é um desafio complexo que exige uma combinação de medidas:
1. Fortalecer os mecanismos de governança:
Criar e reforçar a transparência e a responsabilização, com mecanismos que permitam monitorar o cumprimento das metas e responsabilizar os países que não as cumprirem. Além disso, estabelecer mecanismos eficazes para resolver disputas entre países sobre a interpretação e implementação dos acordos. Principalmente envolver a sociedade civil no processo de monitoramento e avaliação do cumprimento dos acordos.
Por exemplo: A Finlândia vem fazendo um bom trabalho neste sentido. Leia sobre: A 3ª Nação Mais Sustentável Do Mundo – Conscientização
2. Incentivar a cooperação internacional
Facilitar o acesso a tecnologias verdes e conhecimento técnico entre os países, especialmente para os países em desenvolvimento. Além disso, aumentar o financiamento climático para ajudar os países em desenvolvimento a cumprirem seus compromissos. Portanto, apoiar os países em desenvolvimento na criação de instituições e políticas eficazes para lidar com as mudanças climáticas.
Como os países desenvolvidos podem ajudar os países em desenvolvimento a lidar com os impactos das mudanças climáticas?
Precisam aumentar o volume de recursos financeiros disponibilizados para os países em desenvolvimento, através de fundos públicos e privados. Além disso, podem simplificar os processos de acesso aos recursos e garantir que os países em desenvolvimento tenham capacidade para utilizá-los de forma eficaz.
É urgente que seja direcionado parte significativa dos recursos de cada país desenvolvido para financiar medidas de adaptação às mudanças climáticas, que são particularmente importantes para os países em desenvolvimento. Hoje se gasta mais em financiamento militar que para o problema climático.
Dados importantes:
Gastos militares em 2023: Estima-se que os países do mundo gastarão cerca de US$ 2 trilhões em despesas militares.
Investimentos em ações climáticas: Em 2022, os investimentos globais em ações climáticas totalizaram cerca de US$ 632 bilhões.
Ainda podemos reverter a situação dos problemas climáticos?
O que sabemos?
A ciência é clara: as mudanças climáticas são reais, causadas principalmente pela atividade humana e representam uma grave ameaça ao planeta.
O ritmo de aquecimento global e seus impactos podem ser amenizados com medidas urgentes e ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
A reversão completa das mudanças climáticas, no sentido de retornar ao estado pré-industrial, é considerada improvável pelos cientistas.
No entanto, se as emissões de gases de efeito estufa forem reduzidas drasticamente, é possível limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C. Isso reduziria os impactos das mudanças climáticas, mas ainda causaria alguns impactos negativos.
O futuro das mudanças climáticas é determinado pelas ações que tomarmos hoje. Assim, se agirmos para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, podemos limitar os impactos das mudanças climáticas e construir um futuro mais sustentável para todos.
Ação Contra A Mudança Global Do Clima – ODS 13: O Grave Problema Atual
É necessário aumentar a pressão social
É urgente e necessário informar o público ( Conscientizar a população) sobre a importância dos acordos internacionais e a necessidade de seu cumprimento. Além disso, incentivar a participação da sociedade civil em campanhas de cobrança dos governos, ou seja, a sociedade civil precisa se mobilizar.
Incentivar as empresas a adotarem práticas sustentáveis e a pressionarem os governos a cumprirem seus compromissos. Em conclusão, incentivar, exigir e promover a ação empresarial.
O você pode fazer para combater as mudanças climáticas?
As mudanças climáticas são um desafio que requer uma ação. Assim, todos nós temos um papel a desempenhar no combate às mudanças climáticas, tanto em nossas vidas pessoais quanto em nossas ações coletivas.
Reduzir nossas próprias emissões de gases de efeito estufa
A melhor maneira de combater as mudanças climáticas é reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Portanto, isso pode ser feito fazendo pequenas mudanças em nosso estilo de vida, como dirigir menos, desligar as luzes quando sair de uma sala e reciclar.
Dicas sobre como reduzir suas emissões de gases de efeito estufa:
- Reduza o uso de combustíveis fósseis. Isso pode ser feito andando, pedalando ou pegando transporte público sempre que possível, cozinhando com menos frequência e usando eletrodomésticos eficientes.
- Economize energia. Desligue as luzes quando sair de uma sala, desconecte os aparelhos eletrônicos quando não estiverem em uso e lave a roupa com água fria.
- Reduza o desperdício de alimentos. Compre apenas o que você precisa e cozinhe apenas o que vai comer.
- Coma menos carne. A produção de carne é um grande contribuinte para as mudanças climáticas.
- Compre produtos sustentáveis. Procure produtos feitos com materiais reciclados ou renováveis.
30 formas de combater o aquecimento global no dia a dia!
Apoiar políticas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa
Uma das maneiras mais importantes de combater as mudanças climáticas é apoiar políticas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa. Dessa forma, é necessário votar em candidatos que apoiam políticas climáticas fortes e pressionar nossos representantes eleitos para tomar medidas sobre as mudanças climáticas.
Os Principais Gases Causadores do Efeito Estufa – não eram nossos inimigos
Mneiras de apoiar políticas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa:
- Vote em candidatos que apoiam políticas climáticas fortes. Quando você vota em um candidato, está enviando uma mensagem sobre o que é importante para você. Portanto, ao votar em candidatos que apoiam políticas climáticas fortes, você está mostrando que você se importa com o futuro do planeta.
- Entre em contato com seus representantes eleitos. Escreva ou ligue para seus representantes eleitos para expressar sua preocupação com as mudanças climáticas. Além disso, peça que eles apoiem políticas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa.
- Participe de protestos e eventos. Existem muitos eventos e protestos acontecendo em todo o mundo para chamar a atenção para as mudanças climáticas. Por isso, participar desses eventos é uma ótima maneira de mostrar seu apoio ao combate às mudanças climáticas.
Dicas de leitura:
Replantio Urbano: A Solução Verde para Cidades Saudáveis
As Mudanças Climáticas e os Refugiados Climáticos: Logo Serão Bilhões
Referências de pesquisa
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a mudança climática, você pode consultar:
- Relatório do IPCC sobre Mudanças Climáticas (2022)
- Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)
- Plataforma Global para Redução do Risco de Desastres (UNISDR)
- Relatório Brundtland (1987)
- Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
- Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES)
- PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Bases de Dados e Ferramentas:
- Climate Change Knowledge Portal: Um portal de conhecimento que fornece acesso a informações sobre mudanças climáticas de diversas fontes.
- CDIAC: Carbon Dioxide Information Analysis Center: Um centro de dados que fornece informações sobre emissões de gases de efeito estufa.
- NASA Earth Observatory: Um site que fornece imagens e vídeos da Terra, incluindo imagens que demonstram os impactos das mudanças climáticas.
O que é uma COP? Você sabe o que é uma conferência das partes? (Abre numa nova aba do navegador)
Resumo sobre mudança climática
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