A COP 22, também conhecida como a 22ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Realizada em Marrakesh, Marrocos, entre os dias 7 e 18 de novembro de 2016. Esse evento teve como principal objetivo começar a definir os detalhes para a implementação do Acordo de Paris, que havia sido adotado no ano anterior, durante a COP 21 em Paris.
Enquanto a COP 21 se concentrou em estabelecer um acordo global para combater as mudanças climáticas, a COP 22 foi voltada para a criação de um plano de ação que transformasse as promessas e metas do Acordo de Paris em medidas concretas.
Assim, a conferência de Marrakesh foi conhecida como a COP da Ação. Afinal, buscou delinear estratégias e mecanismos para garantir que todos os países pudessem alcançar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Além disso teve como objetivo, fortalecer suas políticas de adaptação e mitigação.
Neste artigo, vamos entender os principais resultados da COP 22, a importância dessa conferência para a implementação do Acordo de Paris e como ela ajudou a moldar as políticas climáticas globais.
O Que Foi a COP 22?
A COP 22 ocorreu em Marrakesh e contou com a presença de mais de 20 mil participantes de cerca de 200 países. O principal foco da conferência foi transformar as metas do Acordo de Paris em um conjunto de regras e orientações práticas que os países poderiam seguir para garantir que suas políticas climáticas fossem implementadas de maneira eficaz e transparente.
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Outro tema central foi garantir que os compromissos financeiros assumidos na COP 21 fossem cumpridos. Isso incluiu a necessidade de definir um plano de financiamento climático para apoiar países em desenvolvimento, permitindo que eles pudessem implementar projetos de mitigação e adaptação e desenvolver resiliência aos impactos das mudanças climáticas.
Principais Resultados e Decisões da COP 22
1. Criação do Roteiro de Implementação do Acordo de Paris
Um dos principais resultados da COP 22 foi a criação de um roteiro detalhado para a implementação do Acordo de Paris, estabelecendo metas para 2018, ano em que os países deveriam apresentar um livro de regras para regular as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Esse livro de regras serviria como um guia para que cada país pudesse medir, relatar e verificar suas ações climáticas, garantindo transparência e confiança no processo.
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O roteiro incluiu orientações sobre como monitorar as emissões, aumentar a ambição das metas ao longo do tempo e como os países poderiam desenvolver seus próprios planos de adaptação e resiliência climática.
2. Fortalecimento do Mecanismo de Adaptação
A COP 22 deu uma ênfase significativa à adaptação, com a criação do chamado Plano de Trabalho de Marrakesh, que se concentrou em desenvolver estratégias para aumentar a resiliência das comunidades mais vulneráveis. Durante a conferência, foi reforçada a necessidade de apoiar as nações em desenvolvimento para que pudessem se preparar para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, especialmente nas áreas de segurança alimentar, agricultura e gestão de recursos hídricos.
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A criação de um fórum específico de adaptação para discutir ações regionais e compartilhar experiências entre países foi outro avanço importante. Afinal, isso garantiu que as medidas de adaptação fossem adaptadas às realidades locais.
3. Financiamento Climático e Mobilização de Recursos
O financiamento climático continuou sendo um tema central na COP 22, com discussões voltadas para garantir que a meta de mobilizar 100 bilhões de dólares anuais até 2020 fosse cumprida. Houve um esforço para desenvolver um roteiro de financiamento, que incluísse o apoio a países em desenvolvimento na implementação de suas NDCs e no fortalecimento de suas capacidades de adaptação.
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Também se discutiu os mecanismos para o Fundo Verde para o Clima, com o objetivo de operacionalizar o financiamento e aumentar a transparência no uso dos recursos. Os países desenvolvidos reafirmaram seus compromissos financeiros, mas ainda havia desafios em relação à distribuição equitativa desses fundos.
4. Lançamento da Parceria de Marrakesh para Ação Climática Global
A Parceria de Marrakesh foi uma iniciativa lançada durante a COP 22 para promover a cooperação entre governos, setor privado, ONGs e comunidades locais. Seu objetivo é acelerar as ações climáticas e fortalecer a colaboração para implementar os compromissos assumidos no Acordo de Paris.
Essa parceria buscou envolver atores não estatais no processo. Por exemplo: incentivando cidades, empresas e outras organizações a se comprometerem com metas de redução de emissões, eficiência energética e uso sustentável dos recursos.
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5. Reconhecimento das Necessidades dos Países Mais Vulneráveis
A COP 22 destacou a situação dos países mais vulneráveis, como as pequenas ilhas em desenvolvimento e as nações africanas, que enfrentam riscos climáticos severos. Houve um foco em garantir que esses países recebessem suporte técnico e financeiro. Isso se tornou importante para esses países para lidar com a adaptação e as perdas e danos causados por eventos climáticos extremos.
O Mecanismo Internacional de Varsóvia para Perdas e Danos, criado na COP 19, ficou fortalecido, com a inclusão de novas diretrizes para monitorar e abordar os impactos climáticos irreversíveis em comunidades vulneráveis.
A Participação do Brasil na COP 22
O Brasil teve uma participação ativa durante a COP 22, defendendo a necessidade de aumentar a ambição das metas climáticas. Além disso de promover uma transição para uma economia de baixo carbono. Assim, o país reforçou seu compromisso com a implementação de suas NDCs, que incluem a redução de 37 por cento das emissões até 2025 e 43 por cento até 2030, em comparação aos níveis de 2005.
Além disso, o Brasil destacou seu papel na proteção das florestas tropicais e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis. A delegação brasileira enfatizou a importância de receber apoio financeiro para projetos de adaptação e resiliência. Principalmente em áreas como a Amazônia e o Cerrado, que são particularmente vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.
Impacto e Legado da COP 22
A COP 22 foi um passo importante para a implementação prática do Acordo de Paris. Afinal, ao criar o roteiro para as regras e reforçar a necessidade de ação imediata para alcançar as metas climáticas globais, deu um passo muito importante. Em suma, a conferência ajudou a consolidar o compromisso internacional com o combate às mudanças climáticas. Ou seja, apesar das incertezas políticas que surgiram logo após o evento, como a possível saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris.
O legado da COP 22 ficou marcado pela ênfase em adaptação, financiamento climático e ações locais. Ela estabeleceu as bases para um sistema de transparência que permite monitorar o progresso dos países. Além disso, procurou garantir que todos os atores, sejam governos ou empresas, estejam comprometidos com a transição para um futuro sustentável.
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Resumo – Perguntas e Respostas sobre a COP 22
A COP 22 foi a 22ª Conferência das Partes da UNFCCC, realizada em Marrakesh, Marrocos, em 2016. Focada na implementação do Acordo de Paris e no desenvolvimento de um plano de ação para transformar as metas em realidade.
A criação de um roteiro detalhado para a implementação do Acordo de Paris e o fortalecimento de medidas de adaptação e financiamento climático. Principalmente para países em desenvolvimento.
Iniciativa lançada durante a COP 22 para promover a cooperação entre governos, setor privado e sociedade civil, com o objetivo de acelerar as ações climáticas.
A COP 22 definiu diretrizes e cronogramas para que o Acordo de Paris fosse implementado de maneira prática e eficaz. Com isso garantiu que todos os países pudessem seguir um conjunto de regras claras.
O Brasil defendeu a ampliação das metas climáticas e destacou a importância de apoio financeiro para proteger suas florestas e implementar projetos de baixo carbono.
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