Biografia de Svante Arrhenius
Svante August Arrhenius (1859-1927) foi um renomado cientista sueco que fez contribuições significativas em várias áreas da ciência, incluindo química, física e climatologia. A biografia de Svante Arrhenius o tornou amplamente reconhecido como um dos fundadores da química física moderna e foi o primeiro a sugerir que o dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera poderia afetar o clima da Terra, estabelecendo assim as bases para o que hoje conhecemos como ciência do clima e aquecimento global.
Primeiros Anos e Educação – biografia de Svante Arrhenius
Svante Arrhenius nasceu em 19 de fevereiro de 1859, na vila de Vik, perto de Uppsala, na Suécia. Ele era filho de Svante Gustaf Arrhenius, agrimensor e funcionário da Universidade de Uppsala, e Carolina Thunberg. De fato, desde muito jovem, Svante Arrhenius mostrou um talento excepcional para a matemática e as ciências naturais. Assim, aos oito anos, ele já havia aprendido a ler e escrever sozinho e demonstrava habilidades impressionantes em cálculo.
Svante Arrhenius ingressou na Universidade de Uppsala em 1876, onde estudou matemática, física e química. No entanto, ele encontrou a atmosfera acadêmica em Uppsala um pouco desmotivante e, eventualmente, mudou-se para o Instituto de Física da Academia Real Sueca de Ciências, em Estocolmo, onde trabalhou sob a orientação de Erik Edlund. Foi aqui que ele começou a realizar experimentos que mais tarde o levariam à formulação de sua teoria da dissociação eletrolítica.
Vida Pessoal e Legado de Svante Arrhenius
Svante Arrhenius foi casado duas vezes e teve um filho e uma filha. Seu primeiro casamento foi com Sofia Rudbeck em 1894, que resultou no nascimento de seu filho, Olof. Após a morte de Sofia em 1895, Svante Arrhenius casou-se com Maria Johansson, com quem teve uma filha, Ester.
Arrhenius foi um grande defensor da educação científica e desempenhou um papel importante na organização de instituições científicas na Suécia. Além disso, ele foi um dos fundadores do Instituto Nobel em Estocolmo e serviu como diretor do Instituto de Física da Academia Real de Ciências da Suécia. Ele também foi o primeiro presidente do Comitê Nobel de Química.
Svante Arrhenius morreu em 2 de outubro de 1927, em Estocolmo, Suécia, mas seu legado continua vivo. Seu trabalho lançou as bases para muitas disciplinas científicas modernas, incluindo química física, eletroquímica e climatologia. A cratera lunar “Arrhenius” e o asteroide “5697 Arrhenius” foram nomeados em sua homenagem, refletindo assim sua influência duradoura na ciência.
Contribuições Científicas de Svante Arrhenius
Teoria da Dissociação Eletrolítica
Uma das principais contribuições de Svante Arrhenius para a ciência foi sua teoria da dissociação eletrolítica, apresentada em 1884 em sua tese de doutorado. Em suma, Svante Arrhenius propôs que, quando certos compostos químicos, como sais, ácidos e bases, são dissolvidos em água, eles se dissociam em íons carregados. Ele sugeriu que a condutividade elétrica de soluções era devida à presença desses íons. Essa teoria revolucionou a química e ajudou a lançar as bases da química física moderna.
Embora sua tese tenha sido inicialmente recebida com ceticismo, foi eventualmente reconhecida como um trabalho pioneiro. Em 1903, Arrhenius recebeu o Prêmio Nobel de Química por suas contribuições à compreensão da dissociação eletrolítica e sua aplicação em estudos de condutividade elétrica.
A Teoria do Efeito Estufa
Além de suas contribuições à química, Svante Arrhenius também é conhecido por seu trabalho pioneiro em climatologia. Além disso, em 1896, ele publicou um artigo no qual propôs que o aumento do dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera poderia causar um aumento na temperatura da Terra, um efeito que agora chamamos de efeito estufa. Pois bem, usando cálculos matemáticos, Svante Arrhenius estimou que a duplicação da concentração de CO₂ na atmosfera poderia aumentar a temperatura global em 5 a 6 graus Celsius.
Embora sua teoria tenha sido inicialmente vista com ceticismo, ela é hoje uma parte fundamental da ciência do clima, e Arrhenius é frequentemente lembrado como um dos primeiros cientistas a sugerir que as atividades humanas poderiam influenciar o clima global.
Outras Contribuições de Svante Arrhenius
Além desses trabalhos, Arrhenius fez contribuições significativas em diversas outras áreas da ciência:
- Teoria dos Ácidos e Bases de Brønsted-Lowry: Embora não tenha sido o criador desta teoria, Arrhenius desenvolveu o conceito de ácidos e bases como substâncias que, respectivamente, liberam íons H⁺ e OH⁻ em solução aquosa. Mais tarde essa ideia se expandiu pelos cientistas Brønsted e Lowry.
- Astronomia e Panspermia: Arrhenius também teve interesse em astronomia e desenvolveu a teoria da panspermia, que sugeria que a vida poderia se espalhar entre planetas através de esporos bacterianos transportados pelo espaço.
- Eletroquímica: Ele contribuiu para o desenvolvimento da eletroquímica, particularmente na compreensão de como os íons se movem em soluções e como isso afeta a condução elétrica.
Resumo – Perguntas e Respostas sobre Svante Arrhenius
Arrhenius é mais conhecido por sua teoria da dissociação eletrolítica e pelo desenvolvimento do conceito de efeito estufa.
Ela revolucionou a química ao explicar a condutividade elétrica em soluções, estabelecendo assim as bases da química física moderna.
Ele propôs que o aumento de CO₂ na atmosfera poderia levar a um aumento na temperatura global, criando o efeito estufa.
Sim, ele também fez importantes contribuições para a climatologia, astronomia, bem como a eletroquímica.
Sim, ele recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1903 por sua teoria da dissociação eletrolítica.
Respostas