Leah Namugerwa é uma jovem ativista climática de Uganda, no continente africano, que ganhou destaque mundial por sua atuação firme e corajosa em defesa do meio ambiente. Nascida em 2004, ela começou a se envolver com o ativismo ainda na adolescência e, desde então, se tornou uma das principais vozes do movimento climático na África.
Inspirada por Greta Thunberg, Leah criou a versão africana do movimento Fridays For Future, que mobiliza jovens de vários países para fazer greves escolares pelo clima. Mas ela foi além: adaptou o movimento às necessidades locais, denunciando problemas ambientais que afetam diretamente seu país e sua região.
Desde a adolescência, Leah tem se envolvido ativamente no movimento climático, emergindo como uma das principais vozes da África. Sua atuação se destaca pela firmeza e coragem em abordar questões ambientais urgentes, buscando soluções e conscientizando sobre a crise climática.
Neste artigo, você vai descobrir quem é Leah Namugerwa, como surgiu seu ativismo, quais causas ela defende, os impactos que já causou com suas ações e por que sua luta é essencial para o futuro do continente africano e do planeta na totalidade.
Conforme o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os países africanos estão entre os mais vulneráveis aos efeitos da crise climática. E é nesse cenário que Leah Namugerwa se levanta como uma liderança jovem poderosa e determinada.
Mas como tudo isso começou?
Infância de Leah Namugerwa – despertar de seu ativismo
Leah Namugerwa nasceu e cresceu em Uganda, um país da África Oriental com rica biodiversidade, mas também com muitos desafios ambientais. Desde muito pequena, ela viu sua comunidade sofrer com secas prolongadas, enchentes destrutivas e erosão do solo. Esses eventos se tornaram mais frequentes e severos com o avanço das mudanças climáticas.
O ponto de virada aconteceu em 2019, quando ela assistiu a uma conferência de Greta Thunberg e se inspirou a agir. Naquele mesmo ano, ela decidiu começar suas próprias greves escolares às sextas-feiras, protestando diante do Parlamento de Uganda e exigindo ações do governo para proteger o meio ambiente.
Além disso, Leah sentiu que era hora de mostrar ao mundo que os jovens africanos também têm voz. Com isso, ela fundou o Fridays For Future Uganda, que logo se espalhou para outras partes do continente, reunindo adolescentes e jovens com o mesmo propósito: defender o clima, o meio ambiente e o futuro.
Mas seu ativismo não se resume a protestos. Leah é uma líder que age com criatividade e ação prática.
Principais ações e projetos liderados por Leah Namugerwa
Uma das campanhas mais impactantes criadas por Leah Namugerwa é a “Birthday Trees”, que propõe que as pessoas plantem uma árvore no dia do seu aniversário em vez de somente comemorar com festas. Essa ideia simples, mas poderosa, já inspirou milhares de plantações de árvores em diferentes partes de Uganda.
Ela mesma começou plantando árvores no seu bairro, nas escolas e em áreas degradadas. Depois, passou a mobilizar voluntários, estudantes e comunidades para reflorestar áreas afetadas por desmatamento.
Outro projeto importante é a defesa da aplicação de leis ambientais que já existem, mas muitas vezes são ignoradas. Leah organizou protestos contra a falta de fiscalização da proibição de sacolas plásticas, que continuam sendo usadas mesmo com a lei vigente.
Ela também faz parte de ações educativas, como palestras, oficinas e atividades em escolas, visando ensinar crianças e adolescentes sobre meio ambiente, reciclagem, energia limpa e principalmente justiça climática. Com isso, ela está formando novos ativistas.
Essas ações mostram que Leah não espera pelos adultos ou pelas autoridades. Ela transforma palavras em atitudes.
Mas em quais espaços sua voz já foi ouvida?
O reconhecimento internacional de Leah Namugerwa e sua presença em conferências globais
Leah Namugerwa não ficou restrita a Uganda. Sua voz atravessou fronteiras e chegou a palcos internacionais. Em 2019, ela participou da Cúpula das Nações Unidas sobre Ação Climática, realizada em Nova York. Nesse evento, ela fez um discurso direto, cobrando compromissos reais dos líderes mundiais.
Ela também representou a juventude africana na COP 25, em Madrid, e na COP 27, no Egito. Nessas conferências, Leah sempre reforça que os países africanos sofrem com problemas ambientais que não foram causados por eles, mas pelas grandes potências econômicas.
Sua presença nesses eventos ajuda a colocar a África no centro da discussão climática. Ela lembra não haver justiça climática verdadeira se os países mais afetados forem deixados de lado nas decisões e nas soluções.
Além das conferências, Leah já foi entrevistada por veículos como BBC, Al Jazeera, Deutsche Welle e The Guardian. Suas palavras tocam pessoas no mundo inteiro, principalmente jovens que buscam um caminho para fazer a diferença.
Mas o que exatamente ela defende em sua luta?
Causas defendidas por Leah Namugerwa
A principal causa de Leah é a justiça climática. Ela defende que os efeitos da crise do clima não atingem todas as pessoas da mesma forma. Os países africanos, por exemplo, poluem muito menos, mas enfrentam mais consequências, como fome, falta d’água, desastres naturais e migrações forçadas.
Ela também defende o reflorestamento de áreas degradadas, especialmente em regiões que sofrem com a agricultura predatória e a extração ilegal de madeira. Leah acredita que plantar árvores é uma forma concreta e simbólica de regenerar o planeta.
Outra causa importante é o acesso à água limpa. Muitas comunidades de Uganda não têm acesso regular à água potável. A degradação ambiental piora esse cenário. Por isso, Leah pressiona por políticas públicas que protejam rios, lagos e nascentes.
Por fim, ela cobra o cumprimento das leis ambientais que já existem. Para ela, não basta criar regras. É preciso garantir que sejam aplicadas e fiscalizadas, principalmente em países onde o desrespeito à natureza ainda é tratado com descaso.
Mas como ela inspira tantos jovens em um cenário tão difícil?
O impacto de Leah Namugerwa na juventude africana e o poder de representar a luta climática do continente
Leah Namugerwa se tornou um símbolo para milhões de jovens africanos que antes não se viam representados nas pautas ambientais globais. Ela mostrou que o ativismo climático não é só coisa de países ricos, mas uma urgência em todas as partes do mundo.
Sua liderança inspira jovens a falarem, agirem, estudarem e se organizarem em seus bairros, escolas e comunidades. Ela sempre reforça que ninguém é pequeno demais para fazer a diferença, e que as soluções precisam começar onde cada um está.
Além disso, Leah conecta ativismo com cultura, espiritualidade e identidade africana. Ela valoriza o conhecimento tradicional e a conexão com a terra como parte da luta ambiental.
Sua mensagem é clara: o futuro da África depende das decisões que tomamos agora. E os jovens têm um papel fundamental nisso.
Mas ela já enfrentou obstáculos por ser jovem e africana?
Desafios enfrentados por Leah Namugerwa como jovem ativista
Como muitos jovens ativistas, Leah enfrenta vários obstáculos. Um dos principais é o pouco apoio político para pautas ambientais em Uganda. Muitas vezes, as autoridades não escutam os jovens ou consideram seus protestos como algo sem importância.
Ela também lida com a falta de recursos financeiros e de infraestrutura, odificultando assim a organização de eventos, campanhas e plantios. Em vários momentos, Leah precisa usar suas redes sociais para arrecadar fundos ou buscar voluntários.
Outro desafio é a invisibilidade da África nas decisões climáticas globais. Mesmo com milhões de pessoas sofrendo com a crise ambiental, o continente recebe pouca atenção e menos investimentos do que deveria. Leah luta para mudar isso.
E ainda existe o preconceito por ser uma jovem mulher ativista em uma sociedade marcada por desigualdade de gênero. Apesar disso, ela segue com firmeza e coragem, sem deixar que o desânimo a paralise.
Resumo com perguntas e respostas
Leah Namugerwa é uma jovem ativista climática de Uganda, conhecida por sua atuação no Fridays For Future África e por projetos ambientais como a campanha Birthday Trees.
Ela começou em 2019, aos 15 anos, realizando greves escolares, bem como plantando árvores como forma de protesto e educação ambiental.
É uma campanha que incentiva pessoas a plantarem árvores em seus aniversários, como um presente ao planeta.
Justiça climática, reflorestamento, acesso à água limpa, proteção dos ecossistemas e cobra principalmente a aplicação de leis ambientais.