Quem é Samela Sateré Mawé?
Samela Sateré Mawé é uma jovem ativista indígena brasileira do povo Sateré-Mawé, originário da região amazônica. Ela se destaca por sua atuação firme e corajosa na defesa dos direitos dos povos indígenas, especialmente das mulheres, e na luta por justiça climática. Samela é uma voz potente que une tradição, juventude e resistência.
Ela faz parte de uma nova geração de lideranças indígenas que mostram ao Brasil e ao mundo que proteger a floresta é proteger vidas, culturas e saberes milenares. Samela Sateré Mawé faz parte do quadro brasileiro do Fridays For Future (movimento fundado pela sueca Greta Thunberg).
Neste artigo, vamos conhecer sua trajetória. Os projetos que apoia, as causas que defende e principalmente a importância de sua presença como mulher indígena em espaços de decisão.
Em um país onde mais de 60% das terras indígenas estão ameaçadas por desmatamento, garimpo ilegal e conflitos fundiários, segundo dados do Instituto Socioambiental (ISA), lideranças como Samela são essenciais para garantir um futuro mais justo e sustentável.
A origem de Samela – raízes e conexão com a Amazônia
Samela nasceu em Manaus, capital do estado do Amazonas, mas sua família é originária do território do povo Sateré-Mawé, localizado na região Norte do Brasil, principalmente entre os estados do Amazonas e do Pará. Desde pequena, Sateré Mawé foi criada com os ensinamentos dos mais velhos sobre a importância da floresta, do rio e do modo de vida indígena.
Mesmo vivendo parte do tempo na cidade, Samela nunca se desconectou de sua cultura. Pelo contrário, ela passou a usar seu lugar de fala como forma de resistência. Seu maior objetivo é mostrar que ser indígena não é algo do passado, e sim do presente e do futuro.
Ela estudou Comunicação Social e encontrou uma arma poderosa na informação para combater o preconceito, denunciar injustiças e valorizar os saberes ancestrais. Com isso, Samela passou a ocupar espaços de mídia e então em eventos ambientais, sempre falando com firmeza sobre os desafios enfrentados pelos povos indígenas.
Você já imaginou o quanto é importante a comunicação na luta pelos direitos indígenas e ambientais?
Samela usa a comunicação digital como arma contra o preconceito e o apagamento cultural
Samela entende que a internet pode ser uma aliada poderosa no ativismo. Por isso, ela produz conteúdos nas redes sociais para informar, engajar e mostrar a realidade dos povos indígenas além dos estereótipos. Seus vídeos, textos e imagens têm alcance nacional e internacional.
Ela também denuncia as ameaças aos territórios indígenas, como o avanço do garimpo, os incêndios criminosos e a retirada de direitos por parte de políticas públicas. Mas, ao mesmo tempo, ela compartilha a beleza e a força da cultura indígena, mostrando haver muito mais do que dor e resistência: há alegria, sabedoria e orgulho.
Além das redes sociais, Samela Sateré Mawé participa de entrevistas, debates, documentários e reportagens. Sua imagem já apareceu em grandes veículos de comunicação, sempre reforçando a urgência de proteger a Amazônia, assim como valorizar quem a habita.
Você sabe por que a presença de lideranças indígenas mulheres em eventos globais é tão importante para o futuro do planeta?
Impactos da voz e presença de Samela em eventos internacionais
Nos últimos anos, Samela Mawé levou sua mensagem para eventos internacionais de grande importância. Ela já participou da COP, a conferência global sobre mudanças climáticas, e de encontros organizados pela ONU e outras instituições internacionais.
Em todas essas ocasiões, ela reforça que os povos indígenas são os verdadeiros defensores das florestas, e que suas vozes precisam ser ouvidas nas decisões sobre o clima, os recursos naturais, bem como os direitos humanos. Samela também lembra que o conhecimento indígena pode oferecer soluções sustentáveis para os problemas ambientais que o mundo enfrenta hoje.
Sua participação nesses espaços mostra que as mulheres indígenas não querem somente ser lembradas como símbolo de resistência. Elas querem e devem ocupar os centros de decisão. O impacto da fala de Samela é sempre forte, porque ela fala com verdade, com história e com representatividade.
Reconhecimentos
Ela foi uma das vencedoras da segunda edição do Prêmio Megafone de Ativismo, na categoria “Perfil de Redes Sociais”, em 2023. Essa premiação brasileira reconhece iniciativas e pessoas destacadas no ativismo no país, e Samela foi reconhecida por sua atuação em questões prioritárias como direitos indígenas, temas socioambientais e feminismo.
Além disso, em 2021, ela foi eleita uma das mulheres que mais se destacaram no ano pela revista Glamour, sendo premiada na categoria “Ativismo” no Geração Glamour 2021 Gamechangers, por sua atuação em ações pelo clima e em defesa dos povos amazônicos.
Agora que você já entendeu a força de sua atuação, vamos refletir sobre o que podemos aprender com o exemplo de Samela.
O que podemos aprender com o exemplo de Samela Sateré Mawé?
Samela nos ensina que lutar pelo meio ambiente vai além de plantar árvores ou reciclar. Além disso, nos convida a lutar por justiça, por igualdade e pelo direito de existir com dignidade. Ela mostra que a defesa da floresta não pode estar separada da defesa das pessoas que vivem nela há séculos.
Seu trabalho nos convida a ouvir mais, a respeitar mais e a agir com responsabilidade. Afinal, a crise climática não afeta todos da mesma forma, e os povos indígenas estão entre os mais impactados, mesmo sendo os que mais protegem os recursos naturais.
Com coragem, inteligência e compromisso, Samela Mawé representa o futuro que queremos: um mundo onde a diversidade seja valorizada, onde a floresta seja respeitada e onde todas as vozes sejam ouvidas.
Será que nós também podemos fazer parte dessa mudança? A resposta está na forma como escolhemos agir, escutar e nos posicionar todos os dias.
Resumo – Perguntas e respostas sobre Samela
Ela é uma jovem ativista indígena do povo Sateré-Mawé que luta pelos direitos dos povos indígenas, das mulheres e principalmente pela proteção da Amazônia.
Ela defende a justiça climática, o protagonismo feminino indígena, os direitos territoriais, assim como o combate ao preconceito e ao apagamento cultural.
Samela utiliza redes sociais, vídeos, textos e eventos para informar, engajar e, assim, denunciar as ameaças aos povos indígenas e à floresta.
Sim, ela já representou o Brasil em conferências globais como a COP e em encontros organizados pela ONU, levando então a voz indígena ao centro das discussões.
Porque une tradição e juventude, usa o conhecimento para transformar realidades e representa uma nova geração de mulheres indígenas comprometidas com a justiça ambiental e social.
