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Piscicultura – O que é, tipos, vantagens e como funciona

Várias pessoas observam o resultado da Piscicultura

O que é psicultura?

A piscicultura é a criação controlada e planejada de peixes para fins comerciais. Essa atividade, que faz parte do setor da aquicultura, acontece em ambientes como tanques, viveiros e represas, e pode ser praticada tanto em água doce quanto em água salgada.

Ao contrário da pesca tradicional, a piscicultura garante uma produção constante de proteína, ajudando a suprir a demanda global por alimentos de forma mais sustentável. No Brasil, essa atividade vem crescendo rapidamente, impulsionada pela grande disponibilidade de água, clima favorável, bem como a diversidade de espécies nativas.

Você sabia? Segundo o IBGE, o Brasil produziu mais de 860 mil toneladas de peixes em 2023, um crescimento significativo em relação aos anos anteriores. Isso mostra o quanto essa atividade está ganhando espaço no agronegócio brasileiro.

Neste guia completo, você vai entender tudo sobre piscicultura: como ela funciona, os tipos de sistemas de criação, as principais espécies cultivadas no país, seus benefícios e os desafios que o produtor precisa superar para ter sucesso.


Por que a Piscicultura está em Expansão no Brasil?

A piscicultura não é uma prática nova — há registros de sua existência há mais de 4 mil anos na China. No Brasil, a atividade ganhou força a partir dos anos 1970 e hoje o país é um dos maiores produtores de peixes de água doce do mundo.

Esse crescimento se deve a diversos fatores:

  • Aumento da demanda: A alta nos preços de carnes tradicionais e a busca por uma alimentação mais saudável e leve impulsionam o consumo de peixe.
  • Recursos naturais: O Brasil possui abundância de água e um clima ideal para a criação de diversas espécies, facilitando a produção em diferentes regiões.
  • Produção eficiente: O ciclo de criação de peixes, como a tilápia, é rápido, permitindo assim, ao produtor, ter um retorno financeiro em poucos meses.

Principais Tipos de Sistemas de Piscicultura

Existem diferentes métodos para criar peixes, e a escolha do sistema ideal depende dos recursos do produtor e do espaço disponível.

  • Piscicultura Extensiva: É o tipo mais simples. Acontece em grandes lagos ou represas com pouca intervenção humana. Os peixes se alimentam do que encontram no ambiente, resultando assim em menor custo, mas também em menor controle sobre a produção.
  • Piscicultura Semi-Intensiva: Neste sistema, os peixes são criados em tanques ou viveiros e recebem ração complementar. A produtividade é maior do que no sistema extensivo, com um controle mais preciso da qualidade da água e do crescimento dos peixes.
  • Piscicultura Intensiva: Este método utiliza tanques-rede ou tanques de alvenaria com alta densidade de peixes. A alimentação balanceada e o ambiente monitorado constantemente, garantindo alta produtividade, mas exigindo um maior investimento inicial.
  • Piscicultura Superintensiva: É a técnica mais avançada, com uso de tecnologias como, por exemplo, sistemas de recirculação de água. Permite a criação em espaços reduzidos, inclusive em áreas urbanas, com produção contínua ao longo do ano.

Espécies de Peixes mais Cultivadas no Brasil

A tilápia é, de longe, a espécie mais popular no Brasil, representando mais de 60% da produção nacional. Afinal, seu sucesso se deve à rápida taxa de crescimento, resistência e facilidade de adaptação a diferentes ambientes.

Outras espécies importantes na piscicultura brasileira incluem:

  • Tambaqui: Peixe nativo da Amazônia com carne saborosa, ideal para regiões de clima quente.
  • Pacu: Conhecido por sua resistência e dieta variada.
  • Pintado e Jundiá: Famosos na região do Centro-Oeste e Sul do país.
  • Pirarucu: Gigante da Amazônia, com potencial crescente de cultivo.

A escolha da espécie é um passo crucial, pois cada peixe exige cuidados específicos de temperatura, qualidade da água e alimentação.


Benefícios e Desafios da Piscicultura

A piscicultura se destaca por seus benefícios econômicos e ambientais. Ela gera renda e empregos no campo, otimiza o uso de pequenas áreas e oferece um retorno financeiro rápido.

Quando bem planejada, a atividade é sustentável: a água pode ser reutilizada em lavouras e o impacto ambiental é muito menor se comparado a outras formas de pecuária.

No entanto, a criação de peixes também apresenta desafios que exigem planejamento do produtor.

  • Qualidade da água: É o fator mais crítico. A água deve ser constantemente monitorada para evitar doenças e garantir o crescimento saudável dos peixes.
  • Escolha da espécie: Aclimatar um peixe a um ambiente diferente de seu habitat natural pode ser prejudicial à produção e, em caso de fuga, ao ecossistema local.
  • Licenciamento e burocracia: O produtor precisa seguir todas as exigências legais e sanitárias para garantir a segurança da produção e, principalmente, a sustentabilidade do negócio.

Apesar dos desafios, o setor continua em crescimento e se mostra uma excelente oportunidade para quem deseja empreender no agronegócio de forma inovadora e consciente.

Piscicultura e Sustentabilidade

A piscicultura pode ser uma atividade altamente sustentável quando bem planejada. Um dos principais pontos é o uso eficiente da água. Em muitos sistemas, como, por exemplo, os de recirculação, a mesma água pode ser filtrada e reutilizada, reduzindo drasticamente o consumo e os efluentes lançados no meio ambiente.

Além disso, a água proveniente dos tanques, rica em nutrientes, pode ser aproveitada para irrigar plantações, transformando um subproduto em um recurso valioso. Outro fator importante é que a criação de peixes exige uma área muito menor do que a pecuária tradicional para produzir a mesma quantidade de proteína, ajudando assim a preservar o solo e as áreas de mata nativa.

Resumo – Principais perguntas e respostas

O que é piscicultura?

É a criação de peixes em ambientes controlados para fins comerciais, alimentares, bem como científicos.

Quais são os tipos de piscicultura?

Extensiva, semi-intensiva, intensiva e superintensiva, variando assim conforme o nível de controle e tecnologia usados.

Quais espécies são mais criadas no Brasil?

Tilápia, tambaqui, pacu, pintado, jundiá e pirarucu são as mais comuns, por sua adaptação, assim como valor comercial.

A piscicultura é sustentável?

Sim, desde que bem planejada, com controle da água, escolha adequada de espécies e principalmente respeito às normas ambientais.

Vale a pena investir em piscicultura?

Sim. A atividade oferece retorno rápido, demanda crescente por peixe, principalmente se realizada em pequenas áreas com bom manejo.

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