Plásticos nos oceanos – Causas, consequências e dados alarmantes

um ambiente criado por inteligência artificial representa uma praia inundada por produtos plásticos vindo pelas marés dos oceanos

plástico nos oceanos consiste em todo resíduo plástico que, de alguma forma, alcança nossos mares. Sua origem é diversa: pode vir de centros urbanos, rios, embarcações e até mesmo de atividades de pesca. Essa contaminação não só prejudica os ecossistemas marinhos, mas também representa um risco direto à saúde humana.

Com o tempo, o lixo plástico se acumula, se quebra em pedaços decrescentes e se transforma em microplásticos. Esses fragmentos minúsculos se espalham, são ingeridos por peixes e outras criaturas marinhas, e assim, o plástico pode entrar na cadeia alimentar, chegando até nossos pratos.

Por toda parte, o plástico já marca presença em nossos oceanos, uma cena lamentavelmente comum.

De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2023, cerca de 11 milhões de toneladas de plástico entram nos oceanos todos os anos são despejadas nos oceanos a cada ano. No entanto, o que muitos não imaginavam é que essa poluição alcançaria as profundezas mais remotas. E, se nada for feito, esse número pode triplicar até 2040! É por isso que entender esse assunto é tão importante.

Neste artigo, vamos detalhar as principais causas do plástico nos oceanos, explorar seus impactos ambientais e econômicos, apresentar dados atualizados sobre a situação e, finalmente, discutir como podemos agir para combater esse problema urgente.


Principais causas do plástico nos oceanos

  • Descarte incorreto de lixo: Sacolas, garrafas e embalagens que não são descartadas adequadamente ou que não encontram sistemas eficientes de coleta e reciclagem.
  • Atividades pesqueiras: Redes e equipamentos plásticos perdidos ou abandonados no mar (“redes fantasmas”).
  • Indústria e portos: Vazamentos de matéria-prima plástica (pellets) e lixo gerado em operações marítimas.
  • Escoamento de águas da chuva: Lixo plástico nas ruas é arrastado para rios e, daí, para o oceano.
  • Microplásticos de produtos: Fibras de roupas sintéticas e microesferas de cosméticos que passam pelos sistemas de tratamento de esgoto.

Como esse lixo chega aos oceanos?

A maioria do lixo plástico que polui os oceanos vem da terra firme. Isso acontece, principalmente, devido ao descarte incorreto de resíduos em cidades e áreas urbanas.

Quando jogamos plástico nas ruas, ele pode ser carregado pela chuva até os bueiros. Depois disso, esse lixo vai parar em rios e, finalmente, nos oceanos. Cerca de 80% do lixo plástico marinho tem origem terrestre, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA)..

Além disso, navios e atividades pesqueiras também contribuem muito. Redes de pesca perdidas, plásticos usados para embalar alimentos e até produtos de higiene pessoal caem no mar durante essas atividades. Esses resíduos não recolhidos, acabam virando parte da poluição marinha.

Outro ponto importante é o uso excessivo de plásticos descartáveis, como copos, canudos, sacolas e embalagens. Muitas vezes, esses objetos são usados por poucos minutos e depois jogados fora, acumulando-se rapidamente na natureza.


As Consequências do Plástico nos Oceanos

O plástico nos oceanos causa impactos devastadores, afetando assim a vida marinha, os ecossistemas e até os seres humanos. As principais consequências são:

  • Danos à Vida Marinha: Animais marinhos engolem ou ficam presos em plásticos, resultando em ferimentos, sufocamento e morte.
  • Destruição de Ecossistemas: O acúmulo de plástico prejudica habitats vitais como recifes de coral e manguezais, essenciais para a biodiversidade.
  • Contaminação da Cadeia Alimentar: Microplásticos são ingeridos por organismos marinhos e podem transferir toxinas para peixes e frutos do mar, que eventualmente chegam à nossa mesa.
  • Prejuízos Econômicos: A poluição por plástico afeta o turismo e a pesca, comprometendo a renda de comunidades costeiras.
  • Impacto na Saúde Humana: O consumo de frutos do mar contaminados e o contato com praias poluídas podem representar riscos à saúde humana.

Impactos do plástico nos oceanos

O plástico nos oceanos causa consequências devastadoras para os animais marinhos. Tartarugas, golfinhos, aves e peixes confundem o plástico com comida e o ingerem. Isso causa bloqueios em seus sistemas digestivos, levando-os à morte.

Além disso, muitos animais ficam presos em redes de pesca abandonadas ou em pedaços de plástico maiores, como anéis de embalagens. Isso pode causar ferimentos graves e impedir que eles se movimentem,ou seja, caçando ou fugindo de predadores.

Segundo o relatório da WWF (Fundo Mundial para a Natureza), publicado em 2023, mais de 700 espécies marinhas já estão afetadas pela poluição plástica. E o número só tende a aumentar.

O ser humano também não escapa das consequências. Quando os peixes e frutos do mar consomem microplásticos, essas partículas acabam entrando na nossa alimentação. Estudos evidenciam que uma pessoa pode ingerir até 5 gramas de plástico por semana, o equivalente a um cartão de crédito, de acordo com pesquisa da Universidade de Newcastle, na Austrália.

Além disso, o plástico também prejudica a economia de regiões litorâneas. O turismo diminui em praias sujas, e a pesca sofre com a morte de espécies. Portanto, os impactos não são só ambientais, mas também sociais e financeiros.

Mas como saber se a situação está piorando ou se estamos conseguindo melhorar? Vamos aos dados mais recentes.


Dados atualizados sobre a quantidade de plástico nos oceanos e previsões futuras

Conforme o relatório da Fundação Ellen MacArthur, de 2024, se o ritmo de poluição continuar como está, em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos, em peso. Isso é alarmante!

Em média, produzimos mais de 400 milhões de toneladas de plástico por ano no mundo, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Deste total, cerca de 36% se tornam embalagens plásticas, usadas uma única vez antes do descarte

E não para por aí! Somente 9% de todo o plástico produzido desde os anos 1950 passou por reciclagem. O restante foi para aterros, incinerado ou descartado incorretamente na natureza.

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) alerta que os microplásticos já foram encontrados em todos os oceanos, desde a superfície até as profundezas abissais.

Isso nos mostra que o problema é global e urgente. Entâo, se nada fizermos, nos próximos anos, o cenário pode se tornar irreversível em algumas regiões do planeta.

Então, existe algo que possamos fazer para mudar esse destino?


Como podemos evitar o plástico nos oceanos?

Evitar que o plástico chegue aos oceanos exige um esforço coletivo e individual. Principalmente:

  • Reduzir o consumo: Diminuir drasticamente o uso de plásticos descartáveis (sacolas, garrafas, canudos).
  • Reutilizar: Preferir produtos e embalagens duráveis que possam ser usados várias vezes.
  • Reciclar corretamente: Separar o lixo e garantir que o plástico tenha destino para a reciclagem, sempre que houver infraestrutura disponível.
  • Descarte adequado: Não jogar lixo na rua, em rios ou praias, e utilizar as lixeiras apropriadas.
  • Apoiar empresas e políticas sustentáveis: Escolher produtos com menos embalagem plástica ou de materiais alternativos, e defender leis que incentivem a redução e principalmente a gestão correta do plástico.
  • Participar de limpezas: Juntar-se a mutirões de limpeza de praias e rios para remover o plástico existente.
  • Conscientizar: Educar amigos e familiares sobre os impactos do plástico e a importância de mudarmos nossos hábitos.

A boa notícia é que todos podemos fazer a diferença. Pequenas mudanças no dia a dia ajudam a evitar que mais plástico vá parar nos oceanos.


O que governos e organizações estão fazendo para combater o plástico nos oceanos?

Governos e organizações internacionais vêm criando leis e acordos para enfrentar essa crise. No Brasil, Política Nacional de Resíduos Sólidos, criada em 2010, é uma das principais ferramentas de controle. Ela incentiva a reciclagem e responsabiliza empresas pelo descarte correto de embalagens.

Além disso, várias cidades brasileiras já proibiram o uso de canudos e sacolas plásticas, como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis.

No cenário internacional, o Acordo Global para acabar com a poluição plástica, liderado pela ONU, está sendo negociado desde 2022. Esse tratado pretende reduzir drasticamente a produção de plásticos e incentivar a economia circular até 2040.

Organizações como a WWF, Greenpeace e a Fundação Ellen MacArthur também pressionam governos e empresas para adotar soluções sustentáveis.

Outro projeto importante é o The Ocean Cleanup, criado pelo jovem inventor Boyan Slat. Ele desenvolveu barreiras flutuantes que já conseguiram retirar toneladas de plástico do oceano Pacífico.


Resumo – perguntas e respostas sobre plástico nos oceanos

O que é considerado plástico nos oceanos?

É todo tipo de resíduo plástico que acaba chegando aos mares, como sacolas, garrafas, redes de pesca e microplásticos.

Qual é a principal causa da poluição plástica nos oceanos?

A principal causa é o descarte incorreto de lixo nas cidades, que acaba indo para rios e, depois, para o mar.

Como o plástico afeta os animais marinhos?

Animais confundem o plástico com comida, ingerem o material e, portanto, podem morrer sufocados ou intoxicados.

Existem leis no Brasil para reduzir o plástico nos oceanos?

Sim, como por exemplo a Política Nacional de Resíduos Sólidos e leis municipais que proíbem plásticos descartáveis.

O que posso fazer para combater esse problema?

Reduzir o uso de plásticos, reciclar corretamente, participar de ações de limpeza e principalmente apoiar empresas sustentáveis.



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Categoria: Oceanos Impactos

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