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O ser humano adoece por causa de suas ações insustentáveis na natureza
Olá estudante, seja muito bem vindo (a), a este artigo. Aqui vamos conhecer 3 doenças ambientais causadas por desequilíbrios ambientais. Para começar quero te fazer uma pergunta: Você já analisou como as agressões ao meio ambiente podem interferir na saúde do ser humano?
Quem causa esta contaminação? Evidente, nós os seres humanos e nossa inconsciência.
Por exemplo:
- Acúmulo de lixo nos centros urbanos;
- Má gestão de efluentes (resíduos industriais, esgotos, gases tóxicos);
- Desmatamento de florestas, dentre outros.
Veja bem, o ser humano causa o problema e depois entra em contato com o vírus e ajuda na propagação de doenças. Portanto, vamos conhecê-las para você se prevenir e ficar mais atento aos danos ambientais?
1 – A Leptospirose
A Leptospirose é causada pelo contato humano com a urina de roedores. O que propicia? Veja bem, isso tem tudo a ver com a má gestão de resíduos nas cidades. Sabe o porquê? Porque o lixo não tratado adequadamente entope as vias de escoamento da chuva (bueiros, esgotos).
Cidades e Comunidades Sustentáveis – ODS 11 (Abre numa nova aba do navegador)
Daí que vem o grande problema, afinal os ratos são animais que se adaptaram bem ao ambiente urbano, eles vivem nos esgotos e podem estar infectados com a bactéria Leptospira. Ou seja, eles são hospedeiros da bactéria causadora da leptospirose.
O que acontece é que quando as vias de escoamento entopem, a água contaminada transborda e espalha-se pela cidade. É justamente nestes episódios que o ser humano é infectado pela bactéria.
Saúde e bem-estar para todos – ODS 3 (Abre numa nova aba do navegador)
Sintomas da leptospirose
Acontece que a bactéria Leptospira têm a capacidade de entrar na pele por pequenos machucados. Causando:
- Dores de cabeça e no corpo (principalmente na panturrilha);
- Diarreia, vômito e tosse;
- Nos quadros mais graves pode levar icterícia (olhos amarelados).
Outros afetados são as pessoas que moram nas ruas ou que têm suas moradias em bairros pobres, ou seja, onde menos atenção é dada em relação ao saneamento.
Então, você percebe que se trata de um problema socioambiental?
Por isso cabe uma reflexão: Os problemas ambientais são gerados por nossas ações coletivas, mas existem populações que estão mais expostas às suas consequências. Você concorda? Por isso, é tão urgente cuidarmos da gestão dos resíduos em nossas cidades.
2 – Dengue – Os impactos das doenças ambientais
Outra doença que está diretamente relacionada com a falta de consciência ambiental e caos urbano é a dengue.
A dengue é uma doença causada por um vírus e tem como vetor o mosquito Aedes aegypti. Com certeza você já estudou sobre a dengue que: é uma doença endêmica, ou seja, própria de países tropicais é intensificada por causa de desequilíbrios ambientais.
O mosquito vetor tornou-se uma praga urbana, adaptando-se muito bem em locais quentes e úmidos com a presença de:
- Lixo
- Entulhos;
- Terrenos baldios.
Ou seja, áreas em que fica evidente o descaso do homem com os espaços por ele ocupados.
Para seus estudos é importante relembrar: a dengue é causada por quatro variações de vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Todos eles causam a forma clássica da doença. Assim como a hemorrágica, que por sua vez, é mais grave e pode levar o indivíduo ao óbito.
Assim, quanto mais os resíduos urbanos se espalham, mais casos da doença são notificados. Percebe o quanto isso é problemático? Porque para o controle da doença é necessário educação ambiental e conscientização da população. Afinal não adianta apenas um grupo de indivíduos fazer sua parte. Enquanto outros poluem e espalham criadouros de mosquito.
3- A esquistossomose
A doença ambiental esquistossomose é uma verminose causada pelo Schistosoma mansoni. Ou seja, é uma verminose que acomete pessoas que entram em contato com água poluída com esgoto.
Com isso, a falta de tratamento de esgoto e de educação ambiental das populações fazem com que a esquistossomose seja uma das 3 doenças causada por desequilíbrios ambientais.
Por isso conseguem infectar as pessoas! É isso mesmo! Eu tenho certeza que você já estudou sobre isso em suas aulas de biologia! Então relembrando: como o homem se infecta com este verme? Nadando ou entrando em contato com águas de esgoto… Que nojo! Afinal as larvas do verme penetram na pele da pessoa, causando um quadro de infecção.
Portanto, veja bem, existem vários países em que boa parcela da população não tem acesso à saneamento básico. Ou seja, não tem o mínimo para viver uma vida em um ambiente saudável, e, por isso, ficam mais susceptíveis a esta contaminação.
Além disso, a Esquistossomose, essa doença ambiental é conhecida como barriga d’água, porque fica distendida pelo acúmulo de líquido na região abdominal e pode evoluir para a forma crômica – que causa:
- Aumento do fígado e do baço
- Hipertensão pulmonar
- Hemorragia digestiva.
Percebe como isso tudo é triste? No Brasil existem cerca de 1,5 milhão de pessoas vivendo em áreas com risco de contrair esquistossomose. Portanto isso é inaceitável em um país com o nível de desenvolvimento como o Brasil.
O que deve ser feito para conter as doenças ambientais?
Tratando-se de sustentabilidade, a vida humana só pode ser plena quando a relação com o meio ambiente estiver em equilíbrio. Vimos que pessoas pobres e em situação de vulnerabilidade são as que mais adoecem.
Por isso lidamos com a urgente necessidade de:
- Criar ambientes urbanos com um eficiente tratamento de resíduos;
- Promover acesso ao saneamento básico para todas as populações humanas;
- Controlar por meio de ações ambientais os vetores e hospedeiros das doenças
Estas ações são responsabilidade do poder público, mas não se engane. Afinal isso também tem a ver com você, meu caro estudante.
Precisamos lutar e agir coletivamente para um planeta mais sustentável!
- Quais são as principais causas de doenças em todo o mundo?
- O problema do esgoto e da falta de saneamento básico
- Quais são as principais doenças causadas pela falta de saneamento básico adequado?
- Qual é a importância do saneamento básico para a saúde pública?
- Os impactos da poluição: quais são e o que podemos fazer?
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