Parque Estadual do Palmito – história, espécies e conservação

Devian Zutter
Produtor de vídeos e ambientalista com larga experiência internacional em produções voltadas para proteção ambiental
Parque Estadual do Palmito, entrada do parque tem muros gravados com o nome do parque e estrada margeada por vegetação diversa
Nome: Parque Estadual do Palmito
Área: 1.782,44 hectares
Data de Criação: 17 de junho de 1988
Lei de criação: Decreto Estadual nº 4.493
Endereço: Parque Estadual do Palmito – Paranaguá, Paraná


O Parque Estadual do Palmito, localizado em Paranaguá, no litoral do Paraná, é uma área de proteção ambiental que evidencia a importância da conservação da Mata Atlântica e do cultivo sustentável do palmito. Ademais, com uma extensão de 1.782,44 hectares, o parque configura-se como um dos principais destinos para aqueles que desejam explorar trilhas ecológicas e, ao mesmo tempo, aprender sobre a biodiversidade local.

Localização do Parque Estadual do Palmito

O Parque Estadual do Palmito está localizado no município de Paranaguá, no litoral do Paraná. Situado a aproximadamente 70 km de Curitiba, o acesso ao parque se dá pela PR-407, conhecida como Estrada das Praias, no km 4,3. A proximidade com o Rio dos Correias, que atravessa a unidade e assim ressalta a importância hídrica da região.

De que maneira o parque contribui, portanto, para a preservação dos ecossistemas litorâneos?

História do Parque Estadual do Palmito

O Parque Estadual do Palmito foi criado em 17 de junho de 1998, por meio do Decreto Estadual n.º 4.493. Inicialmente, a área pertencia à Reflorestadora Banestado S.A.; posteriormente, foi transferida para o Instituto Ambiental do Paraná. Assim, a criação do parque teve como objetivo preservar trechos da Mata Atlântica e, além disso, incentivar o cultivo sustentável do palmito-juçara (Euterpe edulis) e da pupunha (Bactris gasipaes), reduzindo, desse modo, a exploração ilegal dessas espécies.

Quais são as principais características naturais protegidas pelo parque?

Características Naturais do Parque Estadual do Palmito

Dentre as principais características do Parque Estadual do Palmito, destacam-se, sobretudo:

  • Preservação de remanescentes de Mata Atlântica, incluindo Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e áreas de restinga.
  • Proteção de diversas espécies de flora, como maçaranduba, guanandi e figueiras, além de orquídeas e bromélias.
  • Abrigo para fauna nativa, incluindo mamíferos como o cachorro-do-mato e o tamanduá-mirim.

Ecossistemas Protegidos

O parque protege, ainda, ecossistemas variados, como Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, restingas arbóreas e herbáceas, além de manguezais. Nesse sentido, esses ambientes abrigam uma rica biodiversidade e desempenham papel crucial na manutenção dos serviços ecossistêmicos.

Fauna e Flora

A flora do parque inclui, especialmente, espécies de grande porte, como a maçaranduba (Manilkara subsericea), o guanandi (Calophyllum brasiliense) e diversas figueiras (Ficus spp.). Além disso, a fauna é diversificada, com presença de mamíferos como o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous) e o tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), bem como uma variedade de aves e répteis.

Confira com mais detalhes abaixo:

A Vegetação do Parque Estadual do Palmito

A flora do parque constitui uma rica representação da Mata Atlântica, destacando-se, entre outras, as seguintes espécies:

  • Palmito-juçara (Euterpe edulis): Uma planta nativa que dá nome ao parque e é vital para o ecossistema local. Além disso, suas sementes servem de alimento para muitas aves.
  • Pupunha (Bactris gasipaes): Cultivada de forma sustentável, representa, por sua vez, uma alternativa econômica ao palmito nativo.
  • Manguezais: Áreas de vegetação adaptada à salinidade, com espécies como o mangue-vermelho e o mangue-branco, que, consequentemente, abrigam uma rica fauna aquática.
  • Espécies Arbóreas da Mata Atlântica: Árvores como guanandi, peroba-rosa e cedro integram o ecossistema do parque e, além disso, fornecem abrigo e alimento para diversos animais.

Essas formações vegetais, além disso, desempenham um papel essencial na regulação climática, na preservação do solo e, consequentemente, na manutenção da qualidade da água.

A Fauna do Parque Estadual do Palmito

A diversidade animal do parque, portanto, reflete a riqueza ecológica da região. Nesse contexto, entre os animais mais observados estão:

Mamíferos

  • Gato-do-mato (Leopardus tigrinus): Um predador ágil que se alimenta de pequenos roedores e aves.
  • Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus): Encontrado em solos mais secos, auxilia no controle de insetos.

Aves

  • Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus): Conhecido por sua beleza e papel como dispersor de sementes.
  • Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris): Uma ave símbolo do Brasil, facilmente avistada durante o dia.

Répteis e Anfíbios

  • Jacaré-de-papo-amarelo (Caiman latirostris): Presente nos manguezais, é um indicador da saúde ambiental.
  • Rãs e Pererecas: Essenciais no controle de insetos e sensíveis a alterações na qualidade da água.

Peixes e Crustáceos

  • Caranguejo-uçá (Ucides cordatus): Habita os manguezais e é vital para a manutenção desses ecossistemas.
  • Tilápias e Traíras: Populações adaptadas aos cursos de água do parque.

Trilhas e Atrações do Parque Estadual do Palmito

O parque oferece trilhas que permitem, além disso, aos visitantes explorar diferentes ecossistemas:

  • Trilha do Palmito: Um percurso leve que conduz os visitantes por áreas de manguezais e da floresta de restinga.
  • Trilha do Rio dos Correias: Um caminho que, por sua vez, passa por trechos de mata ciliar, proporcionando contato direto com os cursos d’água locais.
  • Pontos de Observação: Mirantes estrategicamente posicionados permitem, ainda, vistas panorâmicas e a observação da fauna local.

Essas trilhas são acessíveis e ideais para atividades educativas, recreativas e de contemplação da natureza.

Conservação e Sustentabilidade

Criado em 17 de junho de 1998, o Parque Estadual do Palmito tem como missão principal proteger a Mata Atlântica e, além disso, incentivar práticas sustentáveis. O cultivo do palmito-pupunha, por exemplo, contribui para reduzir a pressão sobre o palmito-juçara, uma espécie ameaçada.

Do mesmo modo, iniciativas como programas de educação ambiental e manejo sustentável fortalecem a preservação da biodiversidade do parque. Ademais, ações como a recuperação de áreas degradadas e o monitoramento da fauna e flora garantem, consequentemente, a saúde dos ecossistemas.

Visitação e Infraestrutura do Parque Estadual do Palmito

O Parque Estadual do Palmito encontra-se aberto à visitação pública de segunda a sexta-feira, no período das 8h às 17h. Ademais, para grupos superiores a 30 pessoas, torna-se necessário o agendamento prévio. O espaço disponibiliza trilhas interpretativas que conduzem ao Rio dos Correias, possibilitando aos visitantes o contato direto com a fauna e a flora típicas de áreas de manguezal. Assim sendo, tais atividades configuram-se como uma experiência educativa e enriquecedora, que contribui, por conseguinte, para a promoção da conscientização ambiental.

Quais são as orientações para os visitantes que desejam conhecer o parque?

Orientações aos Visitantes para um turismo ecológico

Para garantir uma visita segura e agradável ao Parque Estadual do Palmito, recomenda-se:

  • Utilizar repelente, protetor solar e roupas confortáveis.
  • Levar alimentos e água, lembrando-se de recolher todos os resíduos, incluindo orgânicos.
  • Permanecer nas trilhas sinalizadas e locais permitidos.
  • Evitar o uso de equipamentos que causem distúrbios sonoros.

Dessa forma, ao seguir essas orientações, os visitantes contribuem para a conservação do parque e, além disso, garantem uma experiência enriquecedora em contato com a natureza.


Resumo sobre o Parque Estadual do Palmito

Qual é o principal objetivo do parque?


Seu objetivo é preservar remanescentes da Mata Atlântica e incentivar o cultivo sustentável do palmito.

Onde fica o Parque Estadual do Palmito?


O parque está localizado em Paranaguá, no litoral do Paraná.

Que espécies são protegidas no parque?


Espécies como o palmito-juçara, maçaranduba, tamanduá-mirim e diversas orquídeas e bromélias estão protegidas.

O parque permite visitação pública?


Sim, ele está aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com necessidade de agendamento para grupos.

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